quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Assim de repente...


De repente
imagino estrelas
na noite escura da solidão,
invento-me murmúrio
que vagueia por aí
nos braços da nostalgia
até que a alvorada
me traga a serenidade
que me dê coragem
para enfrentar a inquietude
desta vida

José Carlos Moutinho
6/2/19

Sou...único

Sou os instantes que respiro,
lembrança dos momentos vividos,
expectante pelos dias do porvir...

sou a folha que esvoaça, caduca
o tempo de nostalgia
e as horas de melancolia...

sou maresia do meu sentir
perfume de saudade das acácias
e o sorriso do pôr do sol tropical...

sou sonhador com os pés assentes
na terra das ilusões,
viajante pelos caminhos da fantasia
e, ingénuo...
na crença da bondade humana...

sou eu, único, com defeitos e virtudes,
posso ser o que quiserem que eu seja
mas que, ninguém, jamais conseguirá
igualar-me na minha essência
que é exclusividade minha

José Carlos Moutinho
3/2/19

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

domingo, 3 de fevereiro de 2019

Sou...único (Áudio)




Por vezes,
sinto-me amordaçado pelo tempo
tenho dificuldade em respirar,
e ao meu pensamento
surgem mãos que me estrangulam
abraços que me sufocam,
causando-me uma profunda angústia
que a minha imobilidade
não me permite esquivar,

mexo-me e remexo-me agitado,
envolto nos lençóis das memórias,

alaga-se-me o corpo
num suor doentio, escaldante
que me faz saltar da cama,
fugindo sobressaltado
do terrível pesadelo,

sentado na beira do leito,
aquietado, respiro profundamente
sinto um relaxante alívio,
serenamente fico em paz

José Carlos Moutinho
29/1/2019

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Um rio

O teu olhar era quase sempre vadio
fugia do meu, com subtileza
sentia-o imensamente vazio,
pensei que não tivesses certeza
de que o que sentias seria frio
ou se realmente era tristeza,
quando do teu rosto nasceu um rio
de águas cristalizadas pela tua beleza

José Carlos Moutinho
2/2/19

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Voar...

Voar silenciosamente pelo silêncio,
nas asas do amor,
é sentir a carícia da brisa
e o suspiro da alma
no bater rítmico do coração,
tornando a viagem num sonho
cuja emoção é o equilíbrio
sustentável do voo

José Carlos Moutinho
1/2/19

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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