sábado, 11 de maio de 2019

I have a dream




Dizia alguém, lá longe…
porém, como a minha língua é a portuguesa,
digo simplesmente
que tenho um sonho
que, dificilmente, será realizado,
não porque o meu sonho seja estranho
mas por que vivo num país
em que os sonhos realizáveis
são possíveis só a alguns,
os tais de classe privilegiada, estranhos
como alguns sonhos realizados
que nos colocam pela frente
nas televisões, nas ruas,
nos centros comerciais
e...nas livrarias!

Mas, continuo a ter o sonho,
até por que sonhar é livre,
e eu, livremente, vou sonhando,
despertado pelas minhas emoções
de que um dia…
(metáfora de um sonho lindo)
eu, comum cidadão desconhecido
terei um livro de minha autoria
exposto nos escaparates das ilusões
com que se pintam as montras da vida,
porque este meu sonho,
de louco sonhar, passa por um dia,
o tal dia tão esperado...
de que será considerado o valor das pessoas,
não pelo nome pomposo ou público,
mas sim pela qualidade do que fazem!

Sinceramente, nem sei se tenho direito
à presunção de tal sonho…
tenho, todavia, o direito de o ter,
pois só a mim é permitida capacidade
de poder assim sonhar,
o sonho que é só meu!

Entretanto vou continuando,
candidamente, a voar em sonhos…
só espero, francamente,
espero ter tempo e felicidade
de ver tal acontecer
porque o meu tempo urge velozmente.

José Carlos Moutinho
10/5/19

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

I HAVE A DREAM (Vídeo)

sexta-feira, 10 de maio de 2019

A Felicidade

Cala as palavras
que os teus olhos desmentem,
esconde o sorriso
que teus gestos contrariam,
deixa de caminhar por atalhos dúbios
pois as pedras causar-te-ão dissabores,
não finjas comportamentos
que a tua vontade anula,
sê frontal, assertivo e sincero
e terás um mundo de braços abertos
para te acolher,
a felicidade está primeiro em ti,
só depois poderá ser partilha.

José Carlos Moutinho
10/5/19

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Indolente saudade (Áudio)


Indolente saudade


Seguro os momentos
que tentam escapar-se,
abraço os sorrisos que passam
sorrio com o som dos pés dos passantes
que exibem um encantador bailado,
suspiro com a carícia da brisa
delicio-me com o canto das aves,
estremeço com o buzinar dos automóveis
cuja velocidade me perturba,
olho o céu, absorvo o seu azul...

e quando deixo de conseguir segurar os momentos
fixo o chão negro do asfalto da vida
sem cravos, nem rosas, só pó,
sinto-me sufocar pela loucura urbana...

cresce, então, em mim uma indolente saudade
dos tempos e dos momentos de outrora

José Carlos Moutinho
8/5/19

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Para quem escrevem os poetas?



Que aconteceu neste facebook?
Parece que houve debandada,
além das muitas imagens de look
não há interesse por mais nada

Preocupo-me com tal situação,
se antes havia gente a ler poesia
agora é uma absoluta desilusão
que até confunde noite com dia

Para quem escrevem os poetas
se displicentemente são ignorados,
se são lidos mostram-lhes caretas
em vez de comentários apropriados

Poetas entre si não se comentam
nunca me disseram desta razão
será pela vaidade que ostentam
ou poesia alheia não causa emoção?

E porque poeta não me considero,
sem qualquer preconceito comento
se, do conteúdo do poema considero
haver poesia, harmonia e sentimento

José Carlos Moutinho
6/5/19

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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