segunda-feira, 7 de julho de 2025

#MELANCOLIA (Vídeo)

# Melancolia

Numa certa tarde de melancolia
perguntei ao passado,
notícias do meu outro tempo,
mas o passado, porque já o era,
calou e não me respondeu
 
Desanimado, recorri à memória
que sei ter guardado instantes do tempo,
que agora desejo relembrar
 
E a minha mente, já cansada
pela longa viagem vivida,
serenamente, foi-me oferecendo
pedacinhos simpáticos daqueles momentos
onde eu tivera a felicidade de ter estado
 
Então, de coração mais calmo,
a melancolia foi esmorecendo
dando espaço à nostalgia,
que me ia recordando muito,
do que me parecia esquecido
 
Curiosamente, revivi a minha adolescência,
quando, inocente, eu imaginava o amor
como algo inatingível,
só acessível aos arrojados
que usavam palavras bonitas
e, quiçá, atrevidas…
mas que as meninas gostavam de escutar
deixando-se conquistar
 
Chegou-me, também, nesta viagem mental
a lembrança das paixões,
dos amigos e das farras de garagem…
 
Recordei ainda, a alegria sentida
nas areias douradas das praias,
pela contemplação dos corpos esbeltos
das raparigas e da sua beleza…
 
Então…
 
…Achei que já bastava o que havia recebido
no retorno ao outro meu tempo,
frustrado, porém, mas presente na realidade de agora,
fechei o baú velho, empoeirado, mas valioso,
para quando acontecer outra tarde melancólica
e saudosa, eu volte a abri-lo,
carinhosamente.
 
José Carlos Moutinho 
6/7/2025



domingo, 6 de julho de 2025

# Versos à toa, ou não


Soubesse eu escrever sobre o amor
deixaria aqui no facebook uma carta
não das ridiculas sem qualquer valor
mas sim, um texto de emoção farta

Como não sei, escrevo duas estrofes

como as ridiculas, sem nenhum valor
porém, são serenas, sem apostrofes
para mostrar que talvez saiba d'amor

José Carlos Moutinho
6/7/2025

sábado, 5 de julho de 2025

# Que será, será...

Será que nasci para a poesia
ou a poesia nasceu para mim
pois era jovem e sequer sabia
que poesia é um eterno festim

Hoje faço quadras, até rimadas

tentando achar a raiz do sentir
sei que as palavras são amadas
escrevendo-as gosto de as ouvir

José Carlos Moutinho
5/7/2025

#Brincando com coisas sérias

 Brincando com coisas sérias

....
Escrevo porque gosto e para que gostem
a melhor maneira de sabermos é dizerem
se não sentimos o que realmente sentem
jamais o saberemos se nunca o disserem

Pode ficar a dúvida e levar-nos a desistir
de publicar nosso sentimento em poesia
escrevemos com a felicidade de um sorrir
gostamos de respostas feitas com alegria

José Carlos Moutinho
Qualquer data e hora

quarta-feira, 2 de julho de 2025

#Vontade

 

Dúvidas adormecidas nos sonhos despertos
são atalhos de caminhos por percorrer,
anseios perdidos nas improbabilidades
 
E quando a luz da realidade
ilumina os mares da ansiedade
e os acalma na maresia do sentir,
há todo um querer, quase displicente,
em navegar por rumos jamais navegados
 
Mas, se a vontade se deixar imergir
em oceanos obscuros sem sorrisos
nem esperanças
será, certamente, engolida pela frustração
 
Há sempre, em cada dia,
deste calendário
imparável do nosso tempo,
momentos de salvação
aninhados em catarse de emoções
 
Amanhã é futuro desconhecido,
perturbador, quando visto numa perspectiva
redutora da existência
imbuída de imensa expectativa
 
Hoje, urge viver o presente,
os dias são átomos esvoaçantes
que se perdem nos braços dos meses,
e estes, tais colibris,
vão beijando os anos,
que, por sua vez,
esmorecem inexoravelmente.
 
José Carlos Moutinho

PORTUGAL




sexta-feira, 27 de junho de 2025

# Sem que desejes

Quantas vezes, sem que desejes
encontras pedras no teu caminho
desvia-te delas e jamais as deixes
que te magoem como espinhos

Se procurares tens tantas opções
que te permitem fugir das dores
são momentos feitos de emoções
que surgem como as belas flores

Foi neste repente que aconteceu
esta curta viagem pelas palavras
nascidas autênticas, tal como eu
permitindo dizeres o que calavas
 
José Carlos Moutinho 
27/6/2025

quinta-feira, 26 de junho de 2025

#Interrogações

Porque chora o vento
se ele tem toda a liberdade
de poder viajar por onde desejar
sem que nada, nem ninguém o proíba?
 
E qual a razão que, ao contrário do vento,
que sopra, irrita-se, inflama-se, grita e chora,
a suave brisa, acaricia, beija, murmura e acalma…
 
será que a Brisa existe, somente para contrariar o vento?
 
Mistérios ou talvez não,
Já que são situações meteorológicas
que todos conhecem
no dia a dia do soprar dos tempos…
 
Por outro lado,
existem fenómenos da humanidade
que, esses sim, confundem e talvez sejam inexplicáveis
aqueles que berram, tumultuam, descompõem, ofendem,
provocam arruaças e tropelias, sempre descontentes
com o mundo e com eles próprios
depois…
ah…depois…felizmente,
há os de alma grande, de coração jubilante,
de pura amabilidade, simpatia, cortesia
de abraço sempre pronto e sorriso de amizade,
que servirão, sem dúvida,
para o equilíbrio da balança comportamental!
 
Nesta minha Introspecção meditativa,
sem preocupação pelo correr do tempo
nem sob pressão de alguém interrogador,
levo-me, ave voadora e solitária,
pelos céus do pensamento…
 
e…penso, penso…
sobre a razão da nossa existência
desde o nascer até ao fenecer,
qual é, afinal, o verdadeiro propósito da nossa missão,
no percurso pelas horas, dias e anos desta vida…
e de “só” termos determinado prazo
para realizarmos, o que, na maioria das vezes, não realizamos
porque, talvez, acreditemos
que teríamos muito mais para conseguir?
Isto sim, são para mim, obviamente,
mistérios indesvendáveis,
porque, como leigo, de alma crítica e curiosa,
e simples caminhante pela estrada desta vida
tento encontrar respostas,
que, a existirem,
certamente, só as encontrarei numa outra caminhada
quiçá, bem longe, do pó desta vida.
 
José Carlos Moutinho
22/6/2025 
Portugal

sexta-feira, 20 de junho de 2025

#TENHO SAUDADES (Vídeo)

#De repente...


Podes dizer tudo que te aprouver
mesmo que nada seja verdade
nunca poderás pensar ou dizer
que em mim morreu a saudade

Ainda que te atrevas a contrariar
todas as minhas emoções sinceras
resta dizer-te que não sabes amar,
pois vives, perdido em quimeras

Aceita com humildade o que digo
perde esse teu tom crítico e jocoso
saber viver, ter por perto um amigo
é um caminho sério e maravilhoso
 

José Carlos Moutinho

20/6/2025

quinta-feira, 19 de junho de 2025

#Tenho saudades

Tenho saudades das suaves e cálidas brisas
dos dias de acalmia beijados pelas emoções
 
Tenho saudades dos abraços sinceros
dos amigos desprendidos de preconceitos e vaidades
 
Tenho realmente muitas saudades
de outros tempos, tão recentes,
mas que, dolorosamente, me parecem longínquos
 
Se, por alguma razão, de ordem sentimental
pensarmos que…
o que é bom em determinado momento
o será para sempre nos dias que nos abraçam
e que por nós passam, indeléveis e silentes,
estamos, absolutamente, enganados
 
Nada é o que foi!
Ainda que esse FOI, tenha sido ontem
o HOJE é tão displicente e frio
que perturba até,
os ânimos da menor sensibilidade
 
A cada instante do dia a dia,
deparamos com total indiferença
daqueles que outrora se diziam amigos,
alguns haviam, que se intitulavam de admiradores,
quantas vezes, porém,
ultrapassando os limites do bom senso
numa descarada e hipócrita bajulação!?...
 
Mudam os tempos, mudam as ideias
os comportamentos perdem o valor de antanho
procede-se conforme a ocasião e a conveniência
com total despudor
e sem a menor preocupação de consciência
 
Claro que os tempos são outros
as guerras devem, certamente, perturbar as mentes frágeis
que se deixam levar pela facilidade
“do deixa para lá, que se lixe…
o que importa é que eu esteja bem”….
 
Confesso que abomino os comportamentos de tanta gente,
que fazem parte desta vivência em que me insiro
e eu, que de alma entristecida, permito-me ter saudades
daqueles outros tempos
onde a amizade, a palavra, a dignidade eram valores
inestimáveis.
 
Há desalento na caminhada que se previa airosa, sorridente e longa,
porém, os ventos contrários da emulação, dificultam o prosseguimento.
 
José Carlos Moutinho
19/6/2025

Portugal

segunda-feira, 26 de maio de 2025

# Despertar de memórias

Quando as memórias despertam
neste tempo louco de agora
trazem-nos uma lufada de fresca brisa
que alimenta a saudade dos corações
e, quiçá, acalme os espíritos cansados
pela panóplia de contrariedades e vícios
transeuntes de uma vivência castigada
dos tempos que se vão vivendo
 
Sentimentos escondidos em becos de breu
a verdade a cair das escancaradas janelas da mentira
o moral obscuro e perturbado pela hipocrisia
 
Há um absoluto desequilíbrio
entre o ser e o ter
as mãos crispam-se descontroladas e agressoras
 
Os braços perderam a capacidade de abraçar
as palavras fáceis de pronunciar pela gentileza
tornaram-se vulcões de impropérios e desatinos
 
Quase tudo se metamorfoseou neste planeta
o mal tomou preponderância perante o bem
o sorriso fechou-se em escárnio e provocação
 
…não está, ainda, muito longe
um outro tempo onde imperava a dignidade
e o de bem querer ao seu semelhante
e de saber respeitar para ser respeitado
de amar para ser, simplesmente, amado
de dar, sem se preocupar em receber
de viver com a consciência serena
e receber a chegada de cada aurora
com a esperança feliz de mais um dia de vida
 
José Carlos Moutinho
26/5/2025 
Portugal



domingo, 25 de maio de 2025

#5 livros

 Os meus mais recentes livros publicados, que tenho em stock,

para quem desejar pedi-los:




#Neste mesmo instante, pensei!

Estou aqui, neste momento,
a pensar que já me preocupei
com o que alguns, de mim diziam,
talvez até, tivessem alguma razão
ou talvez não…
Mas, pensando bem, pergunto-me:
com que direito têm esses tais
de me analisarem ou comentarem
sobre o que sou ou o que faço,
ou se escrevo bem ou não,
se tenho muitos ou poucos livros publicados?

Quem são eles,
(continuo no meu pensamento)
para se arvorarem de juízes
e sabichões, julgando-me,
achando-se mais, do que na verdade são?

…E continuando neste meu pensamento
solitário e sereno,
sorrio à presunção de alguns
donos do saber e da arrogância,
que, quantas vezes,
deturpam o léxico desta nossa difícil língua,
enchem-se de prosápia,
sentam-se na cátedra da ignorância
e disparatam sabedoria pelos ares…

Então, desde há algum tempo
a este meu tempo calmo, de agora,
deixei, em absoluto de me preocupar
com o ruído dessas vozes contrárias
às tranquilas brisas, que sopram, doces,
na minha seara de palavras simples,
que poderão respirar poesia, suspirar prosa
ou serem, simples sentires perdidos
nas utopias do meu pensamento.

José Carlos Moutinho
25/5/2025

quinta-feira, 22 de maio de 2025

#viajando pela memória

VIAJANDO PELA MEMÓRIA
José Carlos Moutinho
Portugal.

Quando os meus dias se acinzentam,
cansados,
sento-me nas escadas do tempo
que por mim passou,
e recuo até onde a lonjura,
minha parceira,
me ofereceu tantos e tantos devaneios
em abraços de felicidade!

Deixo-me levar na leveza dos meus pensamentos,
suspiro lembranças que as horas não esqueceram,
recordo instantes de ilusão,
viajo pelos espaços que foram meus abraços,
penso-me a beijar quem gostaria de ter beijado,
caminho sobre as pedras da minha juventude
que me contam histórias de mim,
já esquecidas…

No jardim onde as acácias vermelhas eram rainhas,
havia um banco, onde eu me sentava
nos momentos de instropecção,
voltei a estar sentado nesse mesmo banco,
e aspirar o perfume doce das belas acácias,
sonhando com as paixões, que eram só minhas,
que se perderam, porém, dentro da minha essência!

Há em mim, agora que me desnudo,
uma emoção simbiótica
de catarse e exorcização
que me encanta, acalma e faz sorrir minha alma,
pois este meu tempo, que agora é o meu,
compensou-me de tudo que não realizei
no outro tempo, que deixou de ser meu.

quarta-feira, 21 de maio de 2025

#Deleite de um sonho

 DELEITE DE UM SONHO

Deslizavam como sombras na noite
porque o sol dos pensamentos findara,
escondiam-se no medo do afoite,
ainda a alvorada não despertara
As sombras não eram mais do que ilusão
de mentes cansadas por frustrações
que faziam da noite sua ocasião
para libertarem suas emoções
São mistérios que se desconhecem
nesta vida passageira e terrena
de um planeta onde as coisas acontecem…
Não obstante, como tudo tem um fim,
a noitada das sombras acabou,
para deleite do sonho de mim



terça-feira, 20 de maio de 2025

#HÁ UM SILÊNCIO


 

#ASAS DO VENTO EM DESVARIO

 ASAS DO VENTO EM DESVARIO
José Carlos Moutinho
Portugal.

Os ventos agitavam as asas em desvario,

provocando um redemoinhar de sentimentos,
levantavam do chão negro do asfalto
alguns papeis pintados de desabafos,
que descontrolados esvoaçavam
como borboletas desavindas!

E no redemoinho inusitado,
inventaram-se quietudes
tentando serenar os silvos ventosos
que teimavam em perturbar!

Só depois que o sol se fez presente,
trazendo nos seus braços o aconchego
de um fim de tarde matizado de sorrisos,
é que o soprar desatinado
se vestiu com as cores do zéfiro!

Depois na acalmia do entardecer,
quando a tarde cedeu o lugar à noite
e na meditação floresceram abraços
que docemente foram oferecidos
a quem deambulasse pelas ruas dos sonhos
e que trouxesse em si o luar, fez-se festa!

E fez-se festa até à alvorada…
Com os desabafos dos papeis pintados,
coloridos pelos sorrisos do sol
terminando nos braços,
oferecidos em afectuosos abraços
pelo luar, vindo no carinho da noite.

segunda-feira, 19 de maio de 2025

#Dançavas

 DANÇAVAS
José Carlos Moutinho
Portugal

Vi-te dançar...

deslizavas pela pista de dança
com a graciosidade de uma flor
cujas pétalas bailavam ao vento...

sorrias...
com um sorriso aberto e cintilante
como se tivesses o mundo a teus pés,
e, rodopiavas elegante e segura,
umas vezes com a suavidade da ternura
outras num ritmo de paixão…

e dançavas…alegre e feliz
talvez por que deixasses para trás
um ano velho sem saudades
e quisesses abraçar o novo que chegava
com a felicidade dos teus anseios...

e dançavas...
volteando pela sala iluminada
tal ninfa, sorridente e feliz
sobre as águas dos teus sonhos…

e sorrias
e dançavas
e encantavas.



sábado, 17 de maio de 2025

# Emoções e pensamentos

Do berço das emoções
libertam-se os pensamentos
que sorriem ao mundo, alguns,
outros, que se levam por aí, em desatino,
 
são instantes, tantas vezes
simples hiatos de segundos,
que influem, inexoráveis, nos comportamentos,
 
quando, por acaso, se metamorfoseiam
em atitudes de alguma irracionalidade,
criam situações que podem levar
aos mais inesperados actos!
 
Porém, quando esses mesmos instantes
têm a fragrância do amor,
tudo é diferente, apaixonante
e revelador de que o ser humano
até tem, realmente, o sentir
que da humanidade, dita normal,
é pertença!
 
Sentimentos são pérolas
que das ostras das almas
se mostram ao mundo,
com o brilho da simplicidade
e com a cor vibrante da vida
 
A vida sem emoções
seria, certamente, amorfa,
sem qualquer átomo de felicidade,
talvez fosse como viver na escuridão,
onde o Sol se ausentasse
a cada dia do nosso respirar.
 
José Carlos Moutinho 
Portugal

quinta-feira, 8 de maio de 2025

#SERÁ O PRINCÍPIO DO FIM? (VÍDEO)

#Será o princípio do fim?

Choraram as águas dos rios
gritaram as vozes caladas
emudeceram os ventos
desfaleceram as brisas
calaram-se as aves

As nuvens perderam a alvura
o sol envergonhado esqueceu a luz
o luar escondeu-se por detrás do breu

A mutação é quase total
neste apocalipse terrestre
onde os homens perderam o senso
as vaidades tomaram-se de prepotências
as consciências deturparam-se
as verdades são mentiras
numa paradoxal loucura

O nuclear é o momento

em que se desafiam consequências
em absoluta provocação de poder
dando força à irracionalidade
ignorando a realidade
de que ninguém é ninguém
mesmo que se pense dono
deste transtornado mundo
em que vamos sobrevivendo
em assustadora inquietude
 
José Carlos Moutinho
Portugal 
2025

domingo, 4 de maio de 2025

#A Ti, Querida Mãe

Hoje é o dia das Mães
e tu, minha querida Mãe
estás tão longe, fisicamente,
porém, paradoxalmente, estás pertíssimo
estás em mim,
aconchegada no meu coração
fazes parte do meu sentir
das minhas emoções
és a minha base, a minha raiz!
 
Querida Mãe, a lei da natureza
levou-te, há bastante tempo, de mim
para outro plano,
serás certamente uma Estrela
que, indelevelmente, lá do alto do firmamento
me tem acompanhado!
 
Claro que as saudades estão sempre presentes
mas sei, minha querida velhinha
que um dia, teremos a felicidade de nos encontrarmos
embora numa outra dimensão
é esse o meu anseio que isso seja tão real
como foi o teu amor por mim, aqui na terra!
 
Peço-te perdão, minha doce Mãe,
(eras realmente tão doce, tão carinhosa…)
e peço-te perdão pela minha negligência
tantas vezes displicente em te abraçar
e te dar aquele beijinho
que, gostarias que eu te desse!
 
Hoje, lamento que fossem poucos os abraços
e os beijos que tanto merecias
e que eu, pela pressa da vida,
não tinha tempo para tos dar…
 
Bom, Mãe…
sabes de uma coisa, talvez lamecha?
O teu rosto lindo,
enrugado pelas dificuldades da vida
está, sempre, reflectido no meu pensamento
e na minha Alma!
 
Beijinhos, D. Ana,
minha querida, minha velhota linda
doçura das doçuras de Mãe,
até qualquer dia.
Paz Eterna à Tua Alma
 
José Carlos Moutinho 
4/5/2025



sexta-feira, 2 de maio de 2025

# Momentos de quietude

Do mais alto penhasco dos meus pensamentos
contemplo o horizonte dos meus sonhos
meu olhar vagueia sobre o mar dos meus anseios…
 
Sou invadido por uma paz indelével
transmitida pelo perfume da maresia silenciosa
exalada dos suspiros serenos da ondulação marítima
 
Penso em tudo, sem me deixar envolver por nada
numa profunda exaltação de felicidade
e gratidão à vida
esqueço as mágoas, ofensas e frustrações
sequer penso nas vitórias ou derrotas
nem nas guerras que assolam este mundo de loucos
 
Ali, na doce solidão dos meus sentimentos
sou simplesmente eu, simples ser,
que vive um presente tranquilo
vindo de um passado feliz
que teme um futuro incerto
 
E esse temor pelo futuro
já não é a mim que assusta
mas sim, aos jovens
especialmente meus filhos e netos;
eu já estou na margem deste planeta em desvario
para a viagem final
onde, certamente, tudo será mais sereno
 
Lá, porém, nesse tal lugar sereno,
sentirei falta dos meus filhos e netos
talvez, também, dos bons amigos
deste mar que me fascina
do sol que me aquece e ilumina
e do luar que me faz sonhar
 
José Carlos Moutinho
2/5/2025 
Portugal






quinta-feira, 1 de maio de 2025

#Qual patriotismo, qual quê?!

País meu, em ti não me revejo
perdeste a postura e dignidade
não realizaste um meu desejo
de nos concederes a liberdade

Não é da liberdade da palavra
mas da que interessa ao povo
já nem sequer a humilde lavra
consegue augurar algo de novo

Tens políticos que só enganam
com alguns truques e contas
ao povo as barracas chamam
absoluto desprezo e afrontas 

Portugal meu nem a tua beleza
nos salva desta coisa estranha
uns com tudo, outros pobreza
miséria em tantos se entranha

Talvez, um dia surjam políticos

que pensem nesta triste Nação
não sejam filósofos e raquíticos
que ao povo não ausente pão
 
Demagogia e mentiras já chega
mostrem o vosso patriotismo
condições que a política nega
haja sentimento e altruísmo

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 25 de abril de 2025

#Ao 25 de Abril

No silêncio das ruas, onde as lágrimas caíram

a voz da História jamais cala

 

Agora, com o sol a brilhar

a liberdade se ergue, como um farol

com voos de libertação

e corações abertos

que se elevam para desafiar o passado

e trazer luz ao presente

 

Para aqueles que lutaram por esta terra

a nossa gratidão

 

A liberdade é um rio que flui

e Portugal, com ela, se enche de sonhos

nascidos em tempos de luta

e de esperança que nunca se cansa

 

Que lutamos e vencemos,

mas nunca perdemos a alma

 

José Carlos Moutinho

25/4/2025

 

quarta-feira, 23 de abril de 2025

#Dia mundial do livro

𝐄 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐞́ 𝐨
𝐃𝐈𝐀 𝐌𝐔𝐍𝐃𝐈𝐀𝐋 𝐃𝐎 𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎,
𝐚𝐪𝐮𝐢 𝐟𝐢𝐜𝐚 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐞𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐚𝐨 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨

𝐒𝐮𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨

𝐎 𝐬𝐮𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨, 𝐜𝐫𝐞𝐢𝐨
𝐞𝐬𝐭𝐚́ 𝐧𝐨 𝐥𝐞𝐢𝐭𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐚𝐝𝐪𝐮𝐢𝐫𝐞,
𝐬𝐮𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐚 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐫 𝐜𝐡𝐢𝐥𝐫𝐞𝐢𝐨
𝐞 𝐧𝐚̃𝐨 𝐭𝐞𝐫 𝐭𝐨𝐦 𝐩𝐫𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐞𝐥𝐢𝐫𝐞

𝐃𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐚𝐥𝐞 𝐨 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐞𝐱𝐜𝐞𝐥𝐞𝐧𝐭𝐞
𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐦𝐞𝐬𝐭𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐬𝐚𝐛𝐞
𝐬𝐞 𝐪𝐮𝐢𝐞𝐭𝐨 𝐧𝐚 𝐩𝐫𝐚𝐭𝐞𝐥𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐬𝐢𝐥𝐞𝐧𝐭𝐞
𝐣𝐚𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐭𝐞𝐫𝐚́ 𝐬𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐠𝐚𝐛𝐞

𝐀𝐬𝐬𝐢𝐦 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐨 𝐞𝐮, 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐚𝐝𝐚 𝐬𝐞𝐢
𝐬𝐨𝐫𝐭𝐞, 𝐬𝐞𝐫𝐚́ 𝐩𝐫𝐞𝐜𝐢𝐬𝐚, 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦
𝐞𝐦 𝐥𝐢𝐭𝐞𝐫𝐚𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐞𝐮 𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐞𝐬𝐬𝐞𝐢
𝐧𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐦𝐞 𝐭𝐨𝐫𝐧𝐞𝐢 𝐫𝐞𝐟𝐞́𝐦

𝐉𝐨𝐬𝐞́ 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐌𝐨𝐮𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨
𝐏𝐨𝐫𝐭𝐮𝐠𝐚𝐥



quarta-feira, 16 de abril de 2025

#DIA MUNDIAL DA VOZ

 𝑽𝒐𝒛

𝑽𝒐𝒛, 𝒒𝒖𝒆 𝒑𝒂𝒍𝒂𝒗𝒓𝒂 𝒕𝒂̃𝒐 𝒑𝒆𝒒𝒖𝒆𝒏𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒖𝒎 𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒊𝒎𝒆𝒏𝒔𝒐, 𝒔𝒆𝒎 𝒕𝒊, 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒅𝒆 𝒎𝒊𝒎? 𝑨𝒔 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒑𝒂𝒍𝒂𝒗𝒓𝒂𝒔 𝒎𝒐𝒓𝒓𝒆𝒓𝒊𝒂𝒎 𝒏𝒐 𝒔𝒊𝒍𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒐 𝒅𝒐 𝒗𝒂𝒛𝒊𝒐, 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒆𝒖, 𝒗𝒐𝒛, 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒎𝒊𝒕𝒊𝒓 𝒐𝒔 𝒔𝒐𝒏𝒔 𝒅𝒂𝒔 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒆𝒎𝒐𝒄̧𝒐̃𝒆𝒔 𝒆 𝒇𝒂𝒛𝒆𝒓 𝒔𝒐𝒂𝒓 𝒂𝒍𝒕𝒐 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒐 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒐 𝒅𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒅𝒊𝒛𝒆𝒓? 𝑨 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒑𝒐𝒆𝒔𝒊𝒂 𝒏𝒂̃𝒐 𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒂 𝒇𝒐𝒓𝒄̧𝒂 𝒅𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒆𝒓, 𝒏𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒐𝒛 𝒔𝒊𝒍𝒆𝒏𝒄𝒊𝒐𝒔𝒂, 𝒄𝒂𝒍𝒂𝒅𝒂 𝒏𝒂 𝒈𝒂𝒓𝒈𝒂𝒏𝒕𝒂 𝒔𝒖𝒇𝒐𝒄𝒂𝒅𝒂, 𝒔𝒆𝒎 𝒔𝒐𝒎! 𝑽𝒐𝒛...𝒒𝒖𝒂𝒔𝒆 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂𝒔 𝒅𝒆𝒔𝒑𝒆𝒓𝒄𝒆𝒃𝒊𝒅𝒂 𝒏𝒂 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒅𝒂̃𝒐 𝒅𝒐𝒔 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒄𝒂𝒍𝒂𝒅𝒐𝒔, 𝒎𝒂𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒆 𝒊𝒎𝒑𝒐̃𝒆𝒔 𝒏𝒐𝒔 𝒊𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒅𝒆 𝒆𝒙𝒂𝒍𝒕𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐! 𝑪𝒓𝒊𝒂𝒓𝒂𝒎-𝒕𝒆 𝒖𝒎 𝒅𝒊𝒂, 𝒏𝒂 𝒖𝒕𝒐𝒑𝒊𝒂 𝒅𝒂𝒔 𝒊𝒏𝒗𝒆𝒏𝒄̧𝒐̃𝒆𝒔, 𝒕𝒖, 𝒗𝒐𝒛, 𝒕𝒆𝒏𝒔 𝒕𝒐𝒅𝒐𝒔 𝒐𝒔 𝒅𝒊𝒂𝒔 𝒅𝒂𝒔 𝒏𝒐𝒔𝒔𝒂𝒔 𝒗𝒊𝒅𝒂𝒔! 𝑵𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒎𝒆 𝒂𝒃𝒂𝒏𝒅𝒐𝒏𝒆𝒔, 𝒑𝒐𝒓 𝒇𝒂𝒗𝒐𝒓, 𝒗𝒐𝒛, 𝒇𝒊𝒄𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒔𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝒄𝒐𝒎𝒊𝒈𝒐, 𝒂𝒊𝒏𝒅𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒆𝒔 𝒓𝒐𝒖𝒄𝒂, 𝒇𝒂𝒏𝒉𝒐𝒔𝒂, 𝒏𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒎𝒆 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒆𝒔, 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝒎𝒆𝒏𝒐𝒔, 𝒒𝒖𝒆 𝒐 𝒕𝒆𝒖 𝒔𝒐𝒎 𝒔𝒆𝒋𝒂 𝒔𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝒂𝒖𝒅𝒊́𝒗𝒆𝒍, 𝒒𝒖𝒆 𝒑𝒐𝒔𝒔𝒂𝒔 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒎𝒊𝒕𝒊𝒓 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆 𝒗𝒂𝒊 𝒏𝒂 𝒂𝒍𝒎𝒂 𝒆 𝒈𝒓𝒊𝒕𝒆𝒔 𝒆𝒎 𝒃𝒐𝒎 𝒔𝒐𝒎, 𝒕𝒖𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒄𝒐𝒓𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒕𝒆 𝒑𝒆𝒄̧𝒂. 𝑱𝒐𝒔𝒆́ 𝑪𝒂𝒓𝒍𝒐𝒔 𝑴𝒐𝒖𝒕𝒊𝒏𝒉𝒐 16/4/2012 16/4/2025 𝑷𝒐𝒓𝒕𝒖𝒈𝒂𝒍

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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