domingo, 22 de maio de 2016

Se a poesia é amar





Podem crer que sou muito teimoso
do escrever faço sempre uma luta
e embora não queira ser famoso,
na poesia deixo a lua à escuta

Sou assim deste meu jeito brincalhão,
tantos são os anos quando comecei
a ter nos poemas, minha paixão
dos versos, rimas e estrofes a lei

Podem não gostar e até criticar,
pouco me interessa tal despeito
escreverei sempre deste jeito…

Se a poesia é uma forma de amar
eu serei um eterno apaixonado,
quando p’la metáfora sou amado…

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Que bom seria





Soavam trompetas pelos ares
em melodias perfumadas de amor,
poemas vestidos de cantares
que voam como pétalas de flor

Abre-se o peito ao som encantado
que suave penetra os sentidos
como o êxtase de um beijo roubado
paixão de desejos incontidos

Na sintonia de aromas e sons
há o prazer de neste mundo viver,
a vida é ser feliz e não sofrer…

Que bom seria se todos fossem bons,
num belo sonho de pura utopia
e crer que a felicidade existia…

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Viajante do tempo





Caminhei pelos campos da vida
sobrevivi a fortes tempestades
tive em mim tanta coisa perdida
venci outras tantas adversidades!

A solidão minha companheira
em muitos momentos do meu querer
meditava sob a mulembeira
escrevia a poesia do meu saber!

Este meu percurso pela vida
fez-me viajante pelo tempo,
vivendo alegre cada momento…

Assim, desta maneira sentida,
digo com a emoção da verdade,
sou feliz com esta realidade!

José Carlos Moutinho

domingo, 15 de maio de 2016

Fosse ele realista



Sentado aos pés do Tejo
ouve a guitarra tocar
suave como um beijo
com vontade de beijar
na ilusão de um desejo

Ele que não é poeta
tem sentido musical
fado sua predilecta
a canção de Portugal
que sua alma aquieta

Se ele fosse realista
talvez acordasse o dom
se fizesse artista
e cantando no tom
mostrasse ser fadista

Refrão:

Fosse ele realista
talvez acordasse o dom
e cantando no tom
mostrasse ser fadista

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Olhavas da tua janela





Olhavas a rua da tua janela,
dizias que esperavas que eu passasse,
mas eu sempre achei que era balela
que mentias a quem por ti cruzasse.

Certo dia bati à tua porta e nada,
não abriste, disseste que não podias,
não acreditei pois se tu és ousada
fiquei sem entender o que querias.

Saí arreliado da tua porta
jurei que nunca mais te olharia,
mentiste com teu olhar que me sorria…

Podes chorar, nada mais me importa,
mesmo que te ajoelhes a meus pés
jamais cairei no teu engodo outra vez.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Horas doridas





Há dias em que as horas me doem
tento ignorá-las,
mas elas colam-se em mim,
então fecho-me no meu casulo
e escuto os murmúrios do vento
que melodicamente me acalmam…

Como um provérbio: horas doridas vão,
outras sorridentes, virão
a vida está em constante mutação!

A alegria é um sentir que desabrocha
da flor perfumada da felicidade,
basta deixar que as pétalas
acariciem as nossas mãos
e aspirarmos o néctar da vida
para que os jardins da paz floresçam!

Agora nesta quietude que me sorri,
entrego-me à minha inspiração,
esqueço as dores que eu senti
escrevendo este simples poema,
que vos ofereço com emoção.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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