quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

#A ti POESIA

Natal...é, também, poesia, quando se usam as palavras para abraçar quem as lê
Felicidades para todos

A ti POESIA

Poesia é um sentir inacabado de emoções,
é respirar ilusões e murmurá-las suavemente
para que as palavras se façam melodia
quando se aconchegam no alvo papel
e cantam sentimentos de amizade, paixão,
amor...ou até dor!

Poesia é segurar delicadamente a mão de uma mulher
e sorrir-lhe dizendo: Tu és linda!
É olhar as flores de um jardim e aspirar-lhes o perfume,
contemplar o céu e deliciar-se com as nuances matizadas
do pôr-do-sol,
Deixar o olhar percorrer o dorso do mar, sonhar
e permitir à maresia infiltrar-se no peito, é poesia!

Poesia, quem és afinal,
Serás fatalidade, felicidade ou tudo isso?
Ah...como eu gostaria que me respondesses, ó poesia:
Se te sentes mais feliz quando se canta o amor
ou se te dói a alma, quando se chora a dor!
Não me respondes, poesia
e certamente não haverá quem o faça,
mas eu respondo-te o que de mim é sentido:

Escrevo-te ó poesia,
por que em mim existe uma fonte
de onde brotam rios de ilusões
que suavemente vão-se fazendo cataratas de emoções
que irão desaguar caudalosos
no meu mar de paixões!

Estarei errado, por que nem sou poeta
e se algum verdadeiro poeta me disser de sua verdade,
eu direi simplesmente que continuarei a escrever,
pois não o faço para mim,
mas sim para quem diz gostar de me ler!

Vivas tu ó eterna POESIA, na tua singeleza, sem pruridos
e viva eu, ser de sensibilidade sonhadora,
para que possa a ti dedicar os meus versos simples
marcados com profunda sinceridade
que desejo oferecer aos que me leem.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

#Viva a Vida!

 Viva a vida!

Passam os dias,
e...os anos
e o Natal está em cada um deles
sempre Natal, mas sempre desigual,
cada vez mais se vulgariza esta data

Pergunto eu, ingenuamente:

fará sentido festejar o Natal, como o nascimento de Jesus...
ou será mais razoável festejarmos cada dia de todos os anos, como se fosse o último das nossas vidas?

De qualquer modo...
seria tão bom que, pelo menos nesta época festiva, se calassem as armas e se apertassem os abraços, acabassem as vaidades e se aprofundasse a fraternidade, a verdade e a harmonia neste nosso tempo, que contempla a finitude!

Viva a fraternidade, Viva a amizade, Viva a paz!
Viva então, o Natal.

José Carlos Moutinho
20/12/2023


quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

#Saudade ardente

 Saudade ardente

Nasci em terra fria
vivi em terra quente
onde nasceu amor pela poesia,
e me deixou saudade ardente

É a vida com suas artimanhas
complica em certas situações
usando de ardilosas manhas,
só para chatear os corações

José Carlos Moutinho,
13/12/2023

#A VERDADE DO MEU SENTIR

#Penso eu que...


 

#Natal é igualdade?!

 Porque Natal é paz e alegria
escrevo palavras de esperança,
que a felicidade e a harmonia
sejam maravilha de abastança!

Que os momentos de infelicidade
se tornem cada vez mais escassos
que predomine sempre a humildade
e a força fraterna dos abraços!

Natal da família e união
da sincera comunhão do bem
que floresça em cada coração...

Natal é entre os povos, igualdade
por ironia jamais conseguida
na carência de fraternidade. 

José Carlos Moutinho

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

# Em jeito de brincadeira de Natal,

Tivesse eu o poder, neste Universo
daria a toda a humanidade tudo de bom,
como:
saúde para trabalharem
feriados para descansarem
serenidade para ao luar, amarem
bom tempo para apanharem sol na praia
não permitiria mentira e hipocrisia
colocaria generosidade em todos os corações
onde só coubessem amor e muitas paixões
acabaria definitivamente com as guerras
aprisionaria quem ignorasse estas ordens
a quem recusasse fraternidade, amarraria
até que se modificasse essa displicência
quanto ao amor de amar todas as coisas
quem não estivesse imbuído desse sentimento,
lamentaria, mas tentaria modificar essa negatividade
obrigando a caminhar pelas ruas a cantar:
...Só quero amor, só quero amar...
A quem poesia não soubesse escrever
ou escrevesse coisas parvas...
obrigaria a ficar sem escrever, pelo menos 1 hora, de castigo!
Vou pois, cumprir essa hora...
jcm
podem rir...faz muito bem, dizem, aos músculos do rosto!

#Porque choras!

 ...

Porque choras tu, mundo,
se tens a força da natureza
sei que tens amor profundo
por quem vive com tristeza...
existe sentimento vagabundo
em quem transforma beleza
na guerra, sofrer tão rotundo
porque existe tanta safadeza?

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

#Romanticamente

 Romanticamente

Pelos braços da brisa voam pétalas
de flores do jardim, onde nascem sonhos,
pelos raios translúcidos do sol crescem
ilusões, que se aconchegam no luar
e com a fragrância maresia do meu mar
invento poemas abraçados
às areias dos meus sentimentos

José Carlos Moutinho
11/12/2023

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

# Assim, sem mais

Só porque eu quero, sem mais
deixo estas simples quadras a Luanda,
onde vivi em tempos não ancestrais
à qual agora chamam de banda
sei, certamente não será igual jamais
aos bons tempos antes da debanda
antes que para mim seja tarde demais
vou recordando-a à minha varanda,

Confesso que a saudade está viva,

creio mesmo que jamais morrerá
assim faço disto uma bela cantiga
sei que há quem comigo a cantará

José Carlos Moutinho
8/12/2023

# Noites de luar - canção fado de José Carlos Moutinho (INÉDITOS) Antó...

#És poesia, ó mar

#Absorto olhar

 𝐀𝐛𝐬𝐨𝐫𝐭𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫

𝐒𝐞𝐧𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐧𝐮𝐦 𝐛𝐚𝐧𝐜𝐨 𝐝𝐨 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨 𝐯𝐚𝐠𝐮𝐞𝐢𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐬𝐞𝐦 𝐫𝐮𝐦𝐨 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐢𝐧𝐭𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨 𝐦𝐞 𝐚𝐛𝐫𝐚𝐜̧𝐚 𝐧𝐚 𝐞𝐦𝐩𝐚𝐭𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐬𝐨𝐫𝐫𝐢𝐬𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐞𝐧𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐚𝐛𝐬𝐨𝐫𝐯𝐨 𝐚𝐬 𝐢𝐦𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐦𝐞 𝐨𝐟𝐞𝐫𝐞𝐜𝐞𝐦 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐩𝐞𝐥𝐢́𝐜𝐮𝐥𝐚 𝐝𝐨 𝐟𝐢𝐥𝐦𝐞 𝐞𝐦 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐟𝐮𝐢 𝐩𝐫𝐨𝐭𝐚𝐠𝐨𝐧𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐒𝐨𝐫𝐫𝐢𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐚 𝐢𝐧𝐠𝐞𝐧𝐮𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐥𝐨𝐫𝐢𝐝𝐚 𝐝𝐨𝐬 𝐢𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐯𝐢𝐯𝐞𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐦 𝐝𝐨𝐜𝐞 𝐭𝐞𝐫𝐧𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐞𝐬𝐟𝐢𝐥𝐚𝐦 𝐩𝐞𝐫𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐧𝐨𝐬𝐭𝐚𝐥𝐠𝐢𝐚 𝐂𝐨𝐧𝐟𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐯𝐢𝐯𝐞𝐫 𝐞𝐬𝐭𝐞𝐬 𝐟𝐢𝐥𝐦𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨𝐬 𝐭𝐞𝐦𝐩𝐨𝐬 𝐜𝐫𝐞𝐢𝐨 𝐚𝐭𝐞́ 𝐪𝐮𝐞… 𝐞𝐥𝐞𝐬 𝐬𝐞 𝐚𝐜𝐨𝐧𝐜𝐡𝐞𝐠𝐚𝐦 𝐧𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐚𝐥𝐦𝐚 𝐩𝐞𝐫𝐦𝐢𝐭𝐢𝐧𝐝𝐨-𝐦𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐬𝐞𝐧𝐬𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐳 𝐄𝐦 𝐦𝐞𝐮 𝐫𝐞𝐝𝐨𝐫, 𝐨 𝐬𝐢𝐥𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐨, 𝐩𝐨𝐫 𝐯𝐞𝐳𝐞𝐬, 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐚𝐬, 𝐩𝐞𝐫𝐭𝐮𝐫𝐛𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐬𝐢𝐧𝐜𝐨𝐩𝐚𝐝𝐨 𝐭𝐢𝐜-𝐭𝐚𝐜 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐜𝐨𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚 𝐥𝐞𝐯𝐚𝐫 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐞𝐦𝐨𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐒𝐢𝐥𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚-𝐬𝐞 𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐚𝐥𝐚𝐫𝐦𝐞 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐚𝐮𝐭𝐨𝐦𝐨́𝐯𝐞𝐥, 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐟𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐚 𝐣𝐚𝐧𝐞𝐥𝐚 𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐞𝐮 𝐫𝐞𝐯𝐢𝐚 𝐨𝐬 𝐦𝐞𝐮𝐬 𝐟𝐢𝐥𝐦𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨𝐫𝐚 𝐋𝐚́ 𝐟𝐨𝐫𝐚, 𝐚 𝐜𝐡𝐮𝐯𝐚 𝐛𝐞𝐢𝐣𝐚 𝐨 𝐜𝐡𝐚̃𝐨, 𝐪𝐮𝐢𝐜̧𝐚́, 𝐧𝐮𝐦 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐩𝐚𝐢𝐱𝐚̃𝐨 𝐬𝐞𝐧𝐭𝐢𝐝𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐨 𝐦𝐮𝐫𝐦𝐮́𝐫𝐢𝐨 𝐦𝐮𝐬𝐢𝐜𝐚𝐥 𝐝𝐚𝐬 𝐠𝐨𝐭𝐚𝐬 𝐪𝐮𝐞, 𝐝𝐞𝐥𝐢𝐜𝐚𝐝𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞, 𝐬𝐞 𝐚𝐜𝐨𝐦𝐨𝐝𝐚𝐦 𝐧𝐨𝐬 𝐭𝐞𝐥𝐡𝐚𝐝𝐨𝐬 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐚𝐛𝐬𝐨𝐫𝐭𝐨 𝐨𝐥𝐡𝐚𝐫 𝐉𝐨𝐬𝐞́ 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐌𝐨𝐮𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨 𝟕/𝟏𝟐/𝟐𝟎𝟐𝟑



quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

#Versos repentinos

𝑽𝒆𝒓𝒔𝒐𝒔 𝒓𝒆𝒑𝒆𝒏𝒕𝒊𝒏𝒐𝒔

𝑺𝒆𝒈𝒖𝒓𝒐 𝒑𝒐𝒓 𝒊𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒄𝒐𝒎 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒎𝒂̃𝒐𝒔
𝒂 𝒃𝒓𝒊𝒔𝒂 𝒒𝒖𝒆, 𝒔𝒆𝒓𝒆𝒏𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆, 𝒑𝒐𝒓 𝒎𝒊𝒎 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂
𝒒𝒖𝒆𝒓𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒍𝒂 𝒎𝒆 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒆 𝒂𝒎𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒊𝒓𝒎𝒂̃𝒐𝒔
𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒑𝒖𝒓𝒂 𝒆𝒎𝒐𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒅𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒎 𝒂𝒃𝒓𝒂𝒄̧𝒂

𝑺𝒆 𝒑𝒐𝒓 𝒂𝒄𝒂𝒔𝒐 𝒂 𝒃𝒓𝒊𝒔𝒂 𝒂𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒅𝒆𝒔𝒆𝒋𝒐 𝒓𝒆𝒄𝒖𝒔𝒂𝒓
𝒑𝒆𝒅𝒊𝒓-𝒍𝒉𝒆-𝒆𝒊 𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒂̃𝒐 𝒔𝒆 𝒆𝒔𝒒𝒖𝒆𝒄̧𝒂 𝒅𝒐 𝒑𝒆𝒅𝒊𝒅𝒐
𝒒𝒖𝒆 𝒏𝒖𝒎𝒂 𝒐𝒖𝒕𝒓𝒂 𝒔𝒖𝒂 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒇𝒂𝒍𝒆 𝒂 𝒄𝒂𝒏𝒕𝒂𝒓
𝒂𝒍𝒆𝒈𝒓𝒂𝒏𝒅𝒐-𝒎𝒆 𝒔𝒆 𝒎𝒆𝒖 𝒂𝒏𝒔𝒆𝒊𝒐 𝒇𝒐𝒓 𝒄𝒐𝒏𝒄𝒆𝒅𝒊𝒅𝒐

𝑵𝒆𝒔𝒕𝒆 𝒎𝒆𝒖 𝒋𝒆𝒊𝒕𝒐 𝒔𝒐𝒏𝒉𝒂𝒅𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒍𝒐𝒓𝒊𝒓 𝒖𝒕𝒐𝒑𝒊𝒂
𝒒𝒖𝒆 𝒂 𝒏𝒊𝒏𝒈𝒖𝒆́𝒎 𝒑𝒓𝒆𝒋𝒖𝒅𝒊𝒄𝒂, 𝒑𝒐𝒅𝒆 𝒂𝒕𝒆́ 𝒂𝒈𝒓𝒂𝒅𝒂𝒓
𝒑𝒐𝒊𝒔 𝒂 𝒄𝒓𝒊𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒓𝒐𝒇𝒆𝒔 𝒐𝒏𝒊́𝒓𝒊𝒄𝒂𝒔 𝒆𝒎 𝒑𝒐𝒆𝒔𝒊𝒂
𝒆́ 𝒖𝒎𝒂 𝒎𝒂𝒏𝒆𝒊𝒓𝒂 𝒅𝒆 𝒗𝒐𝒔 𝒎𝒐𝒔𝒕𝒓𝒂𝒓 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒆́ 𝒂𝒎𝒂𝒓

𝑨𝒔𝒔𝒊𝒎 𝒗𝒐𝒔 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒐 𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒆𝒎 𝒅𝒐𝒄𝒆 𝒊𝒍𝒖𝒔𝒂̃𝒐
𝒗𝒊𝒗𝒆𝒓 𝒆́ 𝒔𝒐𝒓𝒓𝒊𝒓, 𝒃𝒆𝒊𝒋𝒂𝒓, 𝒂𝒎𝒂𝒓 𝒂𝒒𝒖𝒊 𝒐𝒖 𝒂𝒐 𝒍𝒖𝒂𝒓
𝒆́ 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒓 𝒕𝒓𝒊𝒔𝒕𝒆𝒛𝒂, 𝒂𝒍𝒆𝒈𝒓𝒊𝒂, 𝒅𝒐𝒓 𝒆 𝒇𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒆𝒎𝒐𝒄̧𝒂̃𝒐
𝒂 𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆 𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝒄𝒆𝒍𝒆𝒓𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒖𝒎 𝒂𝒄𝒂𝒃𝒂𝒓

𝑱𝒐𝒔𝒆́ 𝑪𝒂𝒓𝒍𝒐𝒔 𝑴𝒐𝒖𝒕𝒊𝒏𝒉𝒐
𝟔/𝟏𝟐/𝟐𝟎𝟐𝟑

sábado, 2 de dezembro de 2023

#Desejo improvável

 Sou solitário, por vezes, por opção
quando me aconchego no silêncio
e pensando-me poema, levo-me em divagações
por prados verdes de esperança
 
nem sempre, porém, são verdes
esses campos que, pelo meu olhar, desfilam
no meu viajar em pensamento
 
tenho encontrado pedras cinzentas
talvez pintadas pela desilusão
de algum passeante
que nelas depositou sua tristeza
 
também, neste meu caminhar etéreo,
descubro belas flores, que, todavia,
se escondem envergonhadas
por este mundo em que vivem,
onde a guerra e o caos se instalaram
 
insisto neste meu caminhar mental
e, mais à frente…
oh, Deus, que estranho:
lado a lado muitas árvores,
umas, de folhas mortas pela falta de oxigénio
e outras plenas de vida e de cor, felizes,
num contraste, quiçá, demonstrativo
de que este nosso universo ainda tem salvação
 
fiquei confuso perante esta diversidade
pouco empática e, até, chocante…
 
resiliente, ainda segui por mais uns longos
espaços de tempo,
permitidos pelo silêncio,
que, silenciosamente partilhava comigo
 
e…então, aconteceu o milagre,
tudo o que para trás ficara
não passara de triste imagem,
pois ao atravessar a ponte da verdade,
que me suportava a frustração, antes sentida,
deparei com um outro prado, outro verde,
outras e ainda mais belas flores coloridas
pelas fantásticas cores
de um mundo, jamais imaginado!
 
Seria sonho, anseio, miragem,
loucura de um desejo improvável
ou a recordação de um outro tempo,
em que tive a felicidade de ter vivido?
 
José Carlos Moutinho
26/11/2023

 

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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