quarta-feira, 31 de julho de 2013

Se poeta eu fosse...



...Gostaria dizer ao mundo
quão importante és tu para mim,
faria só para ti, canções de rara beleza
que emocionassem as estrelas,
com versos que exaltassem a minha paixão
e soltá-las ao vento,
para que cruzassem oceanos e mares
e encantassem os incrédulos
dizendo-lhes que o amor existe e está em nós!

Ah...como eu gostaria, dizer-te
em palavras por inventar,
quanto o meu coração vibra,
só de olhar o teu sorriso fascinante,
Mas falta-me inspiração,
as palavras emudecem
na minha boca, ávida da tua,
no ardor que me ruboriza o rosto,
por tanta paixão e volúpia!

Fico-me pelo silêncio que só tu sabes ouvir,
porque é o segredar da minha alma
em devaneio do amor em nós.

 José Carlos Moutinho

Enfarte



Dizem os poetas, alguns nem todos
que ardor no peito pode ser de paixão,
penso que serão palavras de engodos,
na verdade não têm nenhuma razão.

São poéticas as palavras com ardor,
porque no enlevo do sentimento
elas rimam docemente com amor,
mas dolorosas quando há sofrimento.

Quando na aflição causada pelo ardor,
nos faz pensar na fragilidade da vida,
não é certamente por sentirmos calor,
antes será por terrível dor incontida.

Momentos que nos assustam com pavor,
suores que nos alagam e nos anulam,
tensão arterial em queda, puro terror,
somos nada, só os corações é que pulam.

Naquele instante, pensamos no que somos,
entregamo-nos ao Divino e seja o que for,
esquecemos as vaidades do que fomos,
só queremos que jamais volte aquele ardor.

Tudo passa, voltam as vaidades, esquecemos
o que antes, na dor, nos fazia pensar, apavorados,
que a vida é efémera e facilmente a perdemos,
mas somos humanos, que se pensam eternizados.

José Carlos Moutinho.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Amor em exaltação




Rugem trovões, caem raios e coriscos,
mas o teu amor a tua luz são o meu caminho,
contigo enfrentarei todos e quaisquer riscos,
mesmo que atalhos me façam andar devagarinho.

O teu sorriso, com o teu abraço, são meu afago,
em ti encontro o meu porto de abrigo, sereno,
a tua imagem está presente nunca a apago,
porque tu és o meu chão, o meu doce terreno.

Abraçar-te e estar em ti, quão sublime prazer,
quisera que o tempo parasse à nossa volta,
só tu e eu em total delicia do nosso querer,
na volúpia do nosso desejo e paixão à solta.

E que o mundo gire louco, sem desatino,
porque o nosso amor a tudo isso se alheia,
encontrámos na harmonia o nosso destino,
viveremos com o doce mel da nossa colmeia.

Coisas simples da vida se fazem importantes,
se a compreensão e o amor estão presentes,
a alegria e felicidade fazem-se exultantes,
nestes pequenos sentires de saudáveis mentes.

José Carlos Moutinho

Essência



Que o vento deixe de soprar furioso,
que se calem as vozes do desespero,
que emudeçam as aves canoras,
que o sol se esconda
nada, desse todo, me importa!

Sou a folha que voa em busca do nada,
respiro o silêncio da minha acalmia,
levo-me em pensamentos vazios!

Sou metáfora dos meus sonhos
metamorfose da minha vontade irreal
sou utopia ou quimera inventada!

Que me importa a mutação do mundo
ignoro se o luar se apagar
e as estrelas deixarem de brilhar,
não me afecta que as flores esmoreçam
e que os aromas se tornem inodoros,
ignoro as noites de breu
e os dias ensolarados!

Nada me perturba, porque não sou matéria
Sou tão-somente, simples essência.

 José Carlos Moutinho

Dói-me a alma



Porque será que nos dói a alma
e o nosso coração entristece
quando devia estar feliz,
por amar e ser amado!?
Porque se nos contrai o peito
em calado sofrimento
que nos faz desejar partir
sem sabermos para onde!?
Porque será que a tristeza
que nos invade e dilacera os pensamentos
nos penetra bem fundo
e nos atormenta a vontade,
que se faz descontrolada
pelo desatino da nossa essência!?

O nosso sorriso que devia ser sol,
acinzenta-se, como tarde invernal
e as palavras que se emudecem
na fragilidade do nosso sentir
visitam-nos silenciosas e perturbadoras!

Olhamos a vida que nos rodeia,
esmorecidos pela frieza das cores opacas
da nossa angustiante ansiedade!
Pensamos num estado metafísico
que nos liberte da pressão
das amarras que nos torturam!
Que possamos navegar em céus
de mares com aromas de maresia
acariciados por nuvens coloridas!

Doí-me a alma, contrai-se-me o coração
sufoca-me o ar que respiro,
quero sair de mim,
desejo um novo advir
onde a felicidade seja livre e plena.

José Carlos Moutinho.



domingo, 28 de julho de 2013

Escurece-me a alma



Escurece-me a alma,
numa tristeza
que penetra fundo no meu pensamento!
É uma dor silenciosa
que me vagueia pelo corpo,
num desatino de calado sofrimento!

Meu coração chora numa melancolia
que o sufoca
e o faz sentir-se perdido
no mundo incompreendido dos sentimentos,
numa simbiose de dor e tristeza,
que me leva por caminhos de desespero,
e, trôpego, penetro em atalhos de incerteza
na busca da serenidade
que se me escapa como areia entre os dedos!

Receio não resistir a tanta desilusão!

Naufrago desorientado neste mar
de ilusões em que naveguei feliz,
talvez seja meu destino mergulhar
nas profundezas da frustração
e afogar as mágoas
que me contraem terrivelmente o peito
e no abraço das águas, ser envolvido
pela paz espiritual
em outra dimensão,
isenta de preconceitos.

José Carlos Moutinho.

sábado, 27 de julho de 2013

Alvorada de sentires



Acordei sorrindo feliz,
A minha alma era invadida
por uma sensação suave de paz!

Sentia em todo o meu corpo
uma energia única, indescritível,
A alvorada que despontava
com belos raios cintilantes
que eu recebia através da janela do meu quarto
eram como sinais de alegre emoção!

Vibrava o meu coração feliz
porque estava em mim
o calor da minha amada,
que ausente,
me enviava aquela luz repleta de amor
para que eu me sentisse mais amado!

Fascinava-me toda aquela força mental
pela carícia do abraço do sol nascente
que se colava nas paredes do meu quarto,
como presença de seres protetores do nosso amor!

Atónito por esta visão,
mas de coração repleto de felicidade
deixava-me tomar por inteiro
pelos pensamentos que se sintonizavam
com os da mulher
minha menina amada
em total empatia de sentires.

 José Carlos Moutinho

Céus de quimeras



Sopram-me sibilantes ventos
de descontentamento surdo,
que me calam fundo a alma
e me apertam o peito
em asfixia silenciosa...
Respiro ar seco, rarefeito
de sensações mudas
oprimidas por emoções perdidas
em noites de desalentado breu!

Quero fugir não sei para onde,
trôpegas as minha pernas
recusam-se libertar-me,
Tento impor a minha vontade,
mas esta, esmorecida
deixa-se cair em pranto sofrido

Soluço na dor que aflige o meu sentir
grito às nuvens que me olham
também elas, caladas e silenciosas
oferecem-me o silêncio como resposta!

Desespero-me nesta minha situação
de conflitos e paradoxos
busco utopias através dos meus pensamentos
acorrem-me tristezas e frustrações

Anseio pela acalmia do luar
que me proteja desta carência
de afectos e amores,
que finalmente eu consiga fugir para longe
e voar por entre céus de quimeras.

José Carlos Moutinho.

Porque escrevo



Escrevo,  escrevo...
Muitas vezes insanamente
porque as palavras brotam de mim,
como pétalas no desabrochar das flores,
não sei responder porque o faço
e o que me leva a este anseio
de deixar voar este meu sentir
nos ventos desconhecidos
por mundos que me ignoram!
Pergunto ao meu silêncio
porque escrevo,
se tantas vezes não sou lido,
e outras tantas, dizem gostar,
quando nem sequer leram o título!

E continuo a escrever...
Sem saber se o faço para mim
ou para quem não me lê!
Mas continuarei a escrever,
porque acredito que exista alguém
que se sinta aconchegada
ao carinho das minhas palavras
e se alegre com a minha mensagem
que lhes afague a alma
e faça sorrir o coração,
por vezes sofrido, pelo desamor!

E escrevo...
Porque, com a minha escrita,
em simples e sentidas palavras
em algum lugar, alguém se sentirá feliz
com o segredar da minha alma
em doces palavras de poesia!

Porque acredito nessa felicidade
que  transmito aos poucos, que me leem,
continuarei teimosa e insanamente
a escrever, até à minha finitude.

José Carlos Moutinho    

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Acreditem



Acreditem...
Gostava de fazer um poema
que fosse a exaltação à vida,
um abraço carinhoso ao amor
que fosse a metamorfose das cores
e pudesse acabar com a maldade,
Escreveria palavras que fariam as estrelas
sentirem-se em apoteótica felicidade!

Acreditem...
Usaria as palavras desse meu poema,
Em caracteres de paixão,
para gritar bem alto
que vale a pena viver
em harmonia, paz, solidariedade e amor!

Daria a cada verso uma cor inigualável
faria de cada estrofe, um hino á alegria
colocaria em cada metáfora
toda paixão que a minha alma cantasse!

Acreditem...
Que com o meu coração
eu faria o mais belo poema de amor,
em cada palavra, uma pétala em sorriso,
da união de todas as palavras,
criaria o mais belo ramo de flores,
com aromas de felicidade
e perfumes em volúpia!

Acreditem...
Eu faria esse poema,
se eu fosse poeta

 José Carlos Moutinho

domingo, 21 de julho de 2013

Filme da vida




Olho o infinito que se estende para lá de mim,
será o prolongamento da minha vida,
ou jamais atingirei o horizonte
que aos meus olhos se apresenta iluminado?

Penso-me, umas vezes, calado,
porque as palavras não encontram eco em mim,
vezes outras, como revolta, grito
assustado, pelo fenecer que se aproxima!

Retrocedo o filme da minha vida,
sorrio na contemplação das cenas afectivas,
choro nos dramas que escurecem a imagem,
e na velocidade do meu pensamento,
sinto-me nada,
no conteúdo do colorido apagado
pelos momentos perdidos
por cenas escusadas
em detrimento de outras,
solidárias e altruístas!

Observo a errada produção deste filme,
onde predominam cores negras,
em exagerados e inúteis instantes,
quando tantas cores se ofereciam
para colorir esta película da vida!

Talvez o realizador pensasse
que poderia prolongar “Ad eternum”,
o que afinal é tão célere...
Não passamos de meros actores
neste cinema da vida.

José Carlos Moutinho

sábado, 20 de julho de 2013

Introspectiva



Sinto no meu difícil respirar
ar seco, talvez de angústia,
ou ansiedade que não sei explicar,
só sei que me deixa a voz sem acústica.

Sinto no peito uma pressão dorida,
será deste tempo estival, sem sol
ou de alguma amargura sofrida
que me navega neste mar sem farol.

Queima-me a pele, pela paixão calada
de um amor esmorecido, em luar de agosto,
nas palavras sem vida de canção acabada,
que sulcaram no meu coração, profundo desgosto.

Olho em volta de mim e nada vejo,
o colorido da vida, para mim, escureceu,
com muita dor, sinto a falta de um beijo,
acho que não existo, meu corpo morreu.

Minha mente teima em querer pensar,
no tempo em que o amor era palavra sentida,
minha alma cansada, deixou de chorar,
com tanta dor, sente-se totalmente perdida.

No meu coração dilacerado, as lágrimas secaram,
é agora, rio seco de afiadas pedras em seu leito,
correm nele, amarguras que da nascente brotaram
e enchem de dor e sofrimento meu dorido peito.

Quero esquecer esta tormenta e esperar a bonança,
tudo na vida tem principio, meio e fim, creio eu,
espero encontrar neste meu tempo, a esperança,
que a felicidade surja do luar e ilumine este breu.

 José Carlos Moutinho

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Delírios da paixão



Sorriem,
olhos nos olhos,
tocam-se,
anseiam-se,
entrelaçam-se,
corações galopantes
em corrupio de emoções,
mãos ansiosas que acariciam
a textura escaldante das coxas,
lábios que se roçam incandescentes!

Acoplam-se os corpos exaltados
em movimentos de vaivém
ao ritmo suave do sentir,
o sangue efervesce nas veias 
em exacerbada arritmia,
soltam-se sussurros guturais em doce resfolegar!

Elevam-se pela encosta da montanha,
em delirante excitação,
agora em ritmo desatinado,
bocas coladas num sôfrego beijo
de sufocante delírio,
agitam-se num estremecer incontido,
ultrapassam as escarpas do êxtase,
atingem o cume da montanha,
em relaxante e suado clímax,
Serenam!

José Carlos Moutinho
In "Colectânea EROTISMUS"
(A quem interessar, p.f. peça-me)

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Quimeras



Quero correr pelas areias molhadas
desta praia, que me aceita como sou,
Quero escutar os murmúrios dos búzios
cantando-me canções de amores improváveis,
Quero ser salpicado pelo sal da água
que do mar se faz maresia,
Quero sorrir às gaivotas
pela alegria do seu grasnar!

Sinto-me flutuar numa felicidade que desconheço,
Afago-me com os raios solares
numa luxúria estranha!

Penso-a presente em mim,
acaricio os seus cabelos
na leveza de pétalas de orquídeas,
invento-a no abraço que me dou!

Suspiro no marejar das gotas
que me sulcam os poros
e enlevo-me no canto do mar
que em acordes melodiosos
se espraia a meus pés
em branca espuma de prazer!

Sinto-me livre das mágoas
que os dias me infligiram,
a brisa que me assobia suavemente
traz-me a serenidade
que eu quero em mim, para sempre.

José Carlos Moutinho

Minha garota



Garota de olhos doces
de fascinante sorriso
e mãos com a carícia da seda...
   
Tu que és tão amada, moras na solidão,
sentes a falta de ombro amigo e presente
tens o fogo do amor no teu coração
tanto ardor e paixão e tudo se faz ausente!

Acompanha-te a infelicidade
na felicidade de um grande amor,
tens tudo e não tens nada!

Os teus lindos olhos têm o brilho do sol
quando vês ou estás com o teu amado,
mas choram na tristeza da lonjura terrena!

Anseias por um príncipe encantado
que esteja junto de ti, nas horas solitárias,
esses não existem mais...
são somente sonhos e quimeras
porque a carência te impele à busca de algo!

Paradoxo desta estranha vida,
quando o amor é forte e recíproco
e duas almas se encontraram
pelos caminhos do destino,
mostra o amargo da ausência dos abraços,
dos beijos escaldantes,
que se mitigam nos escassos encontros
em que os dois corpos se deixam envolver
em delirante volúpia no desatino da paixão!

Ah...vida triste onde o amor é rei
E a tristeza e solidão são escravos que dominam.

 José Carlos Moutinho

terça-feira, 16 de julho de 2013

Estado de alma




Sinto na pele, a frieza
das brisas que deslizam pelo meu corpo,
sopradas do alto da montanha de ilusões
e descem pelas escarpas da vida!

Fazem-se dores na saudade
dos afagos recebidos
em noites de encantamento,
que se perderam pelos vales do tempo!

O sibilar melódico do ar,
fala-me de ti, do nosso enlevo
agasalhado pelos nossos braços
no aconchego cálido dos nossos abraços
acariciados pela doçura do luar!

Tento ignorar esta brisa fria
que me corta o coração
pensando-te doce e amorosa
pela dor que me enlouquece
e te faz ausente de mim!

Sorrio cansado para as estrelas
na ânsia de uma resposta,
que te traga novamente a mim,
Recebo o silêncio
que ecoa pela minha alma sofrida
na escuridão da minha tristeza!

Penso-te em mim
sinto que eu estou em ti
na solidão dos nossos sentires,
mas forças estranhas
impelem-nos ao afastamento!

...E deixamos que a felicidade se esvaia
nas tomentosas horas deste louco tempo...

José Carlos Moutinho

domingo, 14 de julho de 2013

Artifício das cores



Sinto no palpitar do meu coração exangue
um rejuvenescer pelas cores fortes de vermelho de sangue;
No meu âmago dá-se a explosão
do sentir que acorda o meu corpo esmorecido!

Na contemplação das cores que me penetram a alma,
vejo nos amarelos o sol
que se ausentou de mim
e que me deixou a pele lívida
pela dor da saudade daquele amor!

O azul abraça-me com o carinho do luar,
Pelo preto sinto-me efémero
nesta vida que me absorve os sentimentos!

Na simbiose do artifício profuso das cores,
que aos meus olhos se deparam
renovo-me na esperança
da felicidade que se desvanecia
pela vontade da desistência.

José Carlos Moutinho.

sábado, 13 de julho de 2013

Redes sociais



   Na solidão do meu silêncio, levo-me por pensamentos soltos, livres de preconceitos e complexos por mares de dúvidas, umas vezes e, por conclusão, outras.
Referem-se esses pensamentos ao fenómeno dos chats e das chamadas redes sociais.
É coisa nova, que, a par de tantas outras, se nos vão deparando e entrando pelas nossas casas, alterando profundamente os nossos comportamentos, e, quer queiramos, quer não, modificando-nos o nosso “modus vivendi”.
Talvez daí, não venha o mal, já que se pode considerar como uma nova forma de conviver, que por acaso acontece, numa velocidade vertiginosa, que nos permite interagir em segundos.
Se pensarmos, que antes desta modernização, a comunicação entre as pessoas era lenta e escassa, podemos até congratularmo-nos com esta evolução.
Mas os meus pensamentos, que como atrás referi e que voavam algo perdidos, pela dúvida simultânea e paradoxalmente pela certeza, tem a ver com a falsidade que existe nestas redes, ditas sociais.
As pessoas com perversos sentimentos passam-me por anjos...os anjos tomam atitudes de malvadez. Felizmente que a maioria, “ainda” são pessoas de bem e normais.
Vive-se num conflituoso mundo de mentiras e verdades. Harmonias e invejas. Sinceridade e falsidade. Honradez e vigarice. Moralidade e imoralidade. Falso altruísmo e real bondade. Solidariedade e negligência. E é neste meu divagar pelo deserto do meu silêncio, que todas estas perguntas se aproximam de mim, no desejo de uma resposta, que infelizmente, não tenho capacidade para dar.
E leva-me a esta interrogação:
Será que o mundo real está tão deturpado, tão falso e maldizente, que transpira copiosamente para as redes sociais e, aí, porque se escondem por detrás do anonimato, muitas vezes, podem dar azo à má formação de que estão imbuídos?
Enfim, o meu silêncio foi interrompido pela campainha, acionada por alguém, lá fora, no portão que me despertou do meu viajar pelo mundo da minha solidão.

José Carlos Moutinho
13/7/13

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Gostaria ser poeta



Ah...como eu gostaria que as palavras
voassem da minha alma
com asas de mariposa
e ondulassem por aí, sem rumo,
ao sabor do vento da poesia,
Que cada verso tivesse a magia da metáfora
que se fizesse ilusão nas quimeras inventadas
e as pessoas viajassem pela fantasia
ao beijarem essas minhas palavras!

Ah...como eu gostaria ser a eternidade
do meu sentir
na viagem pelos tempos das utopias
metamorfoseadas em sonhos realizados,
ser recordado pela minha vontade
em fazer das palavras, simples poesia!

Ah...como eu gostaria
de me sentir poeta
pela força que os versos me concedem
mas eu simplesmente fracasso
perante a doce beleza da poesia
que se recusa a deixar-me criar!

Sinto-me humildemente rendido
à minha frágil capacidade criadora,
escrevo porque sou teimoso e atrevido,
não passo de uma alma sonhadora.

 José Carlos Moutinho

Geografia emocional



Havia um tempo em que as consciências tinham a consciência da sinceridade e honestidade.
Todavia, com a voracidade deste viver perturbado e indiferente a sentimentalismos, verificamos que os valores se perdem na mesquinhez de muitos, em detrimento da moral e da dignidade.
São emoções, sem emoção o que acontece no dia-a-dia.
Correm para o desconhecido da ambição, como loucos; Quando pensam que lá chegaram, constatam que afinal se perderam neles próprios.
Pereceu a solidariedade nas pessoas, diria mesmo que deixaram de ser humanos, perante a indiferença e alheamento dos que os cercam.
Talvez sejam desvios geográficos nas mentes moribundas de emoções.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Quem sou eu?



Vagueio-me por nuvens de pensamentos
em busca de algo que ignoro.
Perco-me na obscuridade das galáxias
e deparo-me com a minha insignificância
como ser neste espaço geográfico de mim!

Assusta-me pensar-me nada,
perante a grandeza do universo.
Sou átomo vazio de mim.
Sou alma, que me habita e que desconheço!

Acometem-me desejos vindos de espaços ou células,
da mente ou do cérebro
e tudo é estranho para mim,
neste mundo estranho!

Após a minha viagem interplanetária,
aterro-me neste solo que me sustenta o peso
que eu dificilmente controlo,
Interrogo-me, perturbado:
Quem sou eu?

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sonho ou miragem




Ah...como eu desejaria
que os meus sonhos fossem aves
que levassem pelos céus das ilusões,
as minhas mais prementes emoções
e que nesse esvoaçar de sentimentos,
eu sentisse os murmúrios melódicos das estrelas
e com a carícia da brisa,
se tornassem realidade!

Nesta visão quimérica,
observo deliciado as cores da paixão
aconchegadas nas flores
oscilantes de vida perfumada,
onde vejo o verde da minha esperança
no amor que se solta,
entre papoilas vermelhas
de pura sensualidade!

Tudo me sorri à minha volta
Não sei se será sonho ou miragem,
só sei que o meu coração lateja
numa doçura que me embala
em crer que existe o amor
e que nele está a felicidade.

 José Carlos Moutinho

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Se eu fosse poeta



Se eu fosse poeta...
...Gostaria dizer ao mundo
quão importante és tu para mim...
Gostaria fazer uma canção de belas palavras
que fizessem emocionar as estrelas,
fazer versos onde eu exaltasse a minha paixão
e soltá-los ao vento,
que atravessassem oceanos e mares
e dissessem ao incrédulos
que o amor existe e está em nós!

José Carlos Moutinho

terça-feira, 2 de julho de 2013

Sussurro da minha alma



Ah...como eu gostaria dizer-te
em palavras inventadas,
que o meu coração vibra
só ao olhar o teu sorriso fascinante..
Mas falta-me inspiração
e as palavras doces ruborizam-se
de tanta paixão e volúpia...
Fico-me pelo silêncio
que só tu sabes ouvir
porque é o sussurro da minha alma
em devaneios pelo amor em nós

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Pensamentos no silêncio



No silêncio que me murmura palavras silenciosas,
levo-me pelos pensamentos calados
em colorido viajar
pelas emoções contidas na saudade
aconchegada no meu peito!

Suspiro no enlevo dos momentos vividos
em luares de maresias,
sobre areias iluminadas pelas estrelas
e beijadas pelas alvas ondas
do melódico mar
que nos cantava canções de amor!

Aquieto-me no meu sentir nostálgico,
absorvo nas metáforas do meu querer
as visões, que me mitiguem a melancolia!

Sinto-me invadido pela sensação
de mãos que afagam o meu pensar,
será a brisa que me visita ou a imaginação
de querê-la ao meu lado, para me abraçar!

A minha alma sorri-me com emoção
em devaneios escaldantes de amor
que desliza em lava ardente do meu coração
e funde nossos corpos pelo fogo abrasador!

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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