sábado, 30 de abril de 2011

Desperdiçados sentimentos




Caíam as folhas soltas
De desperdiçados sentimentos
Dos Outonos vazios da vida
E congelados pela neve fria,
Do desespero do Inverno
Das paixões perdidas;
Sentia-se a esperança
De que a Primavera das ilusões,
Enchesse de novo os corações,
Com os sonhos floridos,
Pelas cores da natureza
E voados nas asas das andorinhas;
Perfumados pelos aromas soltos no ar
Que a flores docemente libertavam;
As almas beijavam o calor
Do Verão, fazendo-as transbordar de alegria
Verdadeira ou imaginária,
Numa sensação de bem-estar,
Voar com a mente utopicamente
Porque as quimeras eram presentes
E o amor latente.
Afinal, estava-se na estação mais bela
E propícia a amar e esquecer
Os desperdiçados sentimentos.

José Carlos Moutinho




Sinceridade




Assusta-me sentir medo
Dos olhares opacos da falsidade,
Fascina-me ver olhos da verdade
Com franqueza e carinho, sem segredo.

Quero viver e sentir alegria
Mesmo para alem da própria dor,
Ver beleza em tudo mesmo, sem cor
E deixar que a alma cante poesia.

Enfrentarei os adversários, da maldade,
Ainda que os obstáculos me impeçam,
Serei um divulgador da sinceridade!

A minha alma luta pela razão,
Sei que por vezes as forças cessam,
Mas a coragem vence, com o coração.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Gaviões que pairam sobre nós




Porque os trilhos da desilusão,
Teimam em cruzar os meus caminhos,
Se eu procuro os atalhos
Da amizade e do respeito?
Quero embrenhar-me nas sombras,
Tranquilizadoras da paz e serenidade
E deixar as nuvens negras da inveja
Que tentam envolver-me;
Quero o reflexo nos olhos que brilham
Com a beleza de quem ama;
Quero inalar os perfumes
Que brotem das almas puras,
De seres humanos verdadeiros;
Quero sentir no abraço,
O aperto carinhoso da sinceridade
E do autentico amor!
Nas horas difíceis e amargas
Que vejo os verdadeiros amigos,
Aqueles que dizem presente;
Porque nos momentos de glória,
São gaviões que pairam sobre nós.

José Carlos Moutinho

sábado, 23 de abril de 2011

Naquela casinha branca




Naquela casinha branca
De janelas castanhas,
Debruçada sobre o mar,
Onde as ondas vinham desfazer-se
Em alva espuma,
Nas areias claras da falésia;
Lembranças de tempos idos
E fascinantes instantes vividos,
Nos olhares que se cruzaram
E nas respirações ofegantes,
Em delírios constantes;
Nas longas noites de luar
Em que a razão se perdia,
Na delicada sensação de esquecer;
Emoções em turbilhão,
Desejos inventados
E levados ao êxtase do prazer;
Abraços que se perdiam
Em movimentos desordenados
Nos caminhos dos nossos corpos;
Murmúrios sibilantes,
Nos arrepios de calor da nossa paixão!
…Naquela casinha branca,
De janelas castanhas…

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Viajamos por outros mares




Chego-me a ti,
Guiado pelo farol dos teus olhos,
Qual porto de abrigo,
Protegendo a nave do meu coração;
Sinto as amarras dos teus braços
No meu corpo, ansioso e carente
Que me transmitem a paz,
Após este navegar por mares bravios,
De desatinos e insanidades,
Cavalgando ondas desesperadas,
De entorpecidas realidades;
E só em ti, tenho o meu mundo
Único, livre e pleno de felicidade;
O gosto salgado do teu beijo,
Salpicado pelas gotas da espuma,
Que se desfaz a nossos pés,
Numa carícia, que nos arrebata!
Permitimo-nos sonhar, acordados
De olhos fechados
E viajamos por outros mares,
Que ainda iremos inventar.

José Carlos Moutinho





quarta-feira, 20 de abril de 2011

Quisera um mundo mais belo




Quisera ter no meu caminho
A beleza da ilusão imaginária,
Utópica, quimérica, mas sensitiva;
Alhear-me do mundo convulsivo,
Invejoso e vil que me cerca.
Quisera encontrar a paz do meu sentir,
Sem me preocupar com olhares descrentes,
Maldizentes e ignominiosos;
Ignorar quem não pensa, mas ofendem,
Os pervertidos deste mundo com lei,
Mas sem controlo.
Gente que num simples olhar,
Nos cobiça a nossa estrela,
Porque não têm capacidade nem vontade
De serem gente, com sentimentos;
Seres insignificantes na sua condição humana
E carácter desqualificado.
Quisera ver e sentir nos meus semelhantes
A beleza da humanidade
Na sua plenitude
Quisera um mundo mais belo
Mais puro, mais verdadeiro!

José Carlos moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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