quinta-feira, 28 de março de 2013

A Sinfonia do mar





Navego-me em pensamentos

embalado por claves de sol

sobre este mar melodioso

que sobre serenas vagas me sussurra

cânticos de sereia

no seu doce marulhar

soprado pelo assobio de brisas

e em cantos de estiais ventos!



Este mar belo e imenso,

que beija o céu azul da sua cor

e se aconchega ao verde da esperança!

Que me enleva nos mistérios insondáveis

das suas profundezas,

e pelo encanto que me deslumbra,

no reflexo do sol sobre seu dorso!



Mar de tantas canções,

palco de imensas sinfonias,

caminho de tantas ilusões!



Perdes-te no alcance do meu horizonte,

surges esplendoroso em outro quadrante,

és grande, doce mar, és a minha fonte,

de acalmia no desassossego que me faz navegante!



Nas tuas ondas vem o meu sentir,

que te acompanha à praia da minha serenidade,

tens a música que sempre desejo ouvir,

és a minha sinfonia em momentos de saudade!



José Carlos Moutinho

quarta-feira, 27 de março de 2013

Reflexão às palavras



A complexidade da mente humana
leva-nos tantas vezes a tomar atitudes inesperadas,
quando tudo está perfeito e em harmonia
por uma palavra, um gesto,
tudo se perde na incompreensão da razão!

Tantas vezes o que se diz,
não é tanto o que se pensa,
ou se se pensa,
não é entendido da mesma maneira
por quem nos lê, ou ouve!
Perdem-se paixões, morrem amores,
porque as palavras ofenderam ou melindraram,
fazem-se conceitos errados, precipitados,
e deixamo-nos cair em sofrimento desnecessário,
porque a nossa irracionalidade
não quer aceitar o obvio, por acomodação!

Ah...mundo este, de mentes sensíveis,
de corações aluados,
que levam tudo a perder no mar da tristeza,
quando se podia navegar docemente sobre as águas da felicidade,
sob o luar do amor e da harmonia,
e despertar na razão da paixão que se faz amor,
nas areias das praias quentes do prazer e alegria.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 26 de março de 2013

Nuvens de pétalas



Ah...como quisera eu agarrar as nuvens
transformá-las em pétalas,
das mais belas flores,
e com as minhas mãos,
fazer-te um cintilante bouquet,
impregnado de exóticos aromas,
que te inebriassem de anseios,
do querer da minha paixão!

Quando a brisa nos acariciasse os corpos,
na sua doce passagem,
faria dela mensageira,
para te murmurar delicadamente,
os mais belos poemas de amor,
escritos pela minha alma,
e cantados pelo meu coração,
na ternura da tarde,
acariciada pela luz suave do ocaso,
espreguiçada no horizonte,
em brando relaxar!

Ah...Quisera eu, fazer do azul do luar
Um manto de cetim, com fios dourados
Do sol da minha ilusão,
para te cobrir com o meu amor
e fazer-te minha rainha.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 21 de março de 2013

ÉS POESIA





És a folha seca esvoaçada
que se aconchega no remanso do rio,
és canoa que navega em águas revoltas!
És a ilusão inventada
do amor sucumbido;
És paixão exaltada por quimeras,
musa imaginada em utopias!
És a doçura do olhar na solidariedade,
raiva incontida na injustiça!
Podes ser dor e tristeza em melancolia
Como suspirar na nostalgia da saudade!
És o grito de alerta no teu patriotismo
pelos direitos que te negam!
És sorriso no enlevo dos namorados,
és canção na melodia das palavras!
És rude ou meiga, apaixonada ou não,
feliz pelo que dás,
infeliz na incompreensão
de te acharem inferior!
Encantas com as tuas palavras belas
na descrição da natureza,
deslumbras com as cores da Primavera!

Quem serás tu afinal...
Serás gente, serás vento,
quiçá brisa que nos acaricia
nas noites quentes de verão,
ou vendaval de sentimentos desatinados,
talvez tempestade em noites de tristeza!
Serás tudo isso,
serás amor e ódio,
mas és somente o enigma que se resume numa palavra:
ÉS POESIA

José Carlos Moutinho

sábado, 16 de março de 2013

Lançamento de "CANTOS DA ETERNIDADE"




Hoje, em Lisboa, será o lançamento do meu livro de poesia
Na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, em Telheiras, pelas 17 horas.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Este mar de ilusões





Perco-me nos pensamentos
levados pelo azul
deste mar que me invade de saudade!
Quisera que estas brumas
que me cobrem de nostalgia,
se metamorfoseassem em sóis de felicidade,
e me fizessem navegar por estas águas calmas,
embalado nos braços da minha amada!

Este desejo que me toma a alma,
não passa de quimera
esvaida na brisa,
que me sopra impiedosa!

Descanso os meus olhos cansados,
no horizonte das minhas esperanças,
deixo-me deslizar pelo cheiro da maresia...
Talvez encontre na areia
que se faz praia, naquela ilha lá longe,
outro amor que me faça esquecer
Este, que se perdeu no desencanto da vida!

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 8 de março de 2013

Simplesmente, mulher





Mulher ser tão especial,
plena de sensualidade
e profunda sensibilidade!
Mulher de contrastes
e de mente tão incompreensível,
mulher de paixão, de loucura inimaginável
do amor e dos desvarios!
Mulher que trai, que ama, que idolatra,
fêmea de desejos incontidos,
do sorriso que fascina,
do abraço que cativa,
e da entrega que leva ao clímax!
Mulher mãe, que sofre,
que amamenta, que cria
que luta até à exaustão pelas suas crias!
Mulher de sacrifícios e realidades
de doce caminhar de cabelos ao vento,
em sublime encanto!
És fêmea que transforma a rude atitude do macho,
na delicadeza da tua submissa carícia!
Ah...Mulher de tamanha beleza física,
que esconde tanta maldade;
E tanta bondade em coração
de mulher menos bela,
estranho paradoxo de beleza
exterior em discordância com a interior!
Mas tu, mulher, tens a força
do domínio sobre os homens,
no teu simples jeito de seres mulher,
tanto prostras a teus pés senhores poderosos
como podes ser escrava do homem mais simples,
porque és acima de tudo,
Amor!

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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