sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Nuvem alva

...
Agarrei-me à nuvem alva
que bem pertinho de mim passava,
e coloquei no seu baú de coisas raras,
todos os meus sonhos!

Pedi à nuvem que os guardasse com carinho,
para quando um dia, mais tarde, quem sabe,
eu abrir o baú dos sonhos, que na nuvem viaja
e poder realizá-los!

Se a nuvem não voltar, terei de me conformar,
pois será a confirmação inequívoca
de que os meus sonhos eram irrealizáveis


José Carlos Moutinho

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Partira de mim

...  
Deixei-me abraçar pelas emoções da saudade
e levemente aspirei lembranças,
inventei o que não vivi,
contemplei o que gostaria de ter vivido,
olhei o tempo que me escondeu o que me agradaria ter sentido!

Ansioso, apertei com minhas mãos,
os sonhos que me queriam fugir...
e fugiram por entre os dedos, não consegui sustê-los,
voaram para longe, como voam as gaivotas inquietas
sobre o mar revolto!

O abraço antes recebido pelas emoções
ia-se tornando lasso, 
porque a saudade, cansada, 
partira novamente de mim 

José Carlos Moutinho

Eram tempos

...
Eram tempos de sorrisos francos
que nem a chuva conseguia afogá-los,
eram tempos de ilusões e sonhos por inventar,
eram abraços tímidos
e beijos envergonhados,
eram caminhos de esperança
e momentos de despreocupação,
eram tempos...
que o tempo teimosamente transformou
no tempo vagabundo da sinceridade
e onde todos vivemos inexoravelmente,
porque o tempo nos obriga a vivê-lo


Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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