domingo, 31 de agosto de 2014

Luar cupido



Naquela noite de verão,
quiçá miragem ou ilusão
senti ao ver aquela mulher,
que me olhava sorridente,
deixou o meu coração ardente,
o que será que ela me quer.

Sorrimos no olhar cativo
nascido do vibrar sentido,
cantado pelo coração,
e no abraço acalorado,
nosso amor ficou marcado
por imensa e doce emoção.

Do luar doce cupido
nasceu o poema atrevido
do nosso destino meu amor,
teremos a Lua parceira
do amor, até que Deus queira
e desta paixão com ardor.

Que seja eterna esta paixão
E do amor se faça canção,
Por nossa vida cantada,
felicidade presente
e com a tristeza ausente,
junto de ti minha amada.

José Carlos Moutinho

sábado, 30 de agosto de 2014

Patamar dos anseios





Sento-me no patamar dos meus anseios
e deixo voar os meus pensamentos,
sem rumo...
que voem até onde desejarem,
que se façam colibris de amor,
ou rouxinois da musicalidade,
mas que voem sem parar
por esses céus de alegrias...
descansem nas primaveras da felicidade
e se façam flores perfumadas
que me inebriem o coração
e sorriam à minha alma!

No sossego da minha solidão
permito-me ver o inimaginavel
que só em pensamentos
se torna possivel…
transformo em mares, os desertos
e das areias que se perdem na vertigem,
planto jardins, em oásis de misteriosos encantos!

Entro mais profundamente
no silêncio que me envolve,
silenciosamente…
e sou marinheiro de alto mar,
velejo à bolina nos braços
da paixão que eu invento,
e sorrio-me fascinado
na visão do porto de abrigo,
matizado de doce amor
que me espera
nos venturosos abraços
da minha imaginação.

José Carlos Moutinho

sábado, 23 de agosto de 2014

Poesia





O que é a poesia?
Serão palavras bonitas em versos de fascinio,
Talvez metáforas de encantamento,
Já sei...
são estrofes livres, sem rima,
Não...
creio que devem ser sonetos,
Com métrica rigida
E fonética bem acentuada!

…Estou na dúvida, se não serão quadras
com rimas cruzadas ou emparelhadas,
Bom...
Talvez seja tudo isso
Ou nada, mesmo nada!
O que eu sei…
É o aqui deixo escrito,
Que obviamente será controverso,
Pelos que se arrogam iluminados
Pela sabedoria literária!

Assim sendo, creio, que a poesia
Não é nada mais…
Que o divagar pelos caminhos das ilusões
Que consegue entrar no mais profundo
Da essência de cada um
Deixar uma mensagem,
Que lhes faça brotar da sua alma
Algo que lhes desperte os sentidos
E encontrar o prazer e o gostar
Daquilo que leu!

Assim, a poesia não tem que ser hermética,
Creio mesmo que deva ser fluida e aromatizada
Para que todos, mas mesmo todos,
Sintam-se viajar pelo lirismo,
Navegar pelos mares revoltos das utopias,
Ou ainda pelos caminhos tortuosos da dor!

Mas se gostarem...
E se sentirem acariciados pelo que leem
Inundando-lhes a alma de prazer…
ISSO É POESIA!!!

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Mutação temporal



A tarde veste-se de cores belas,
o dia aninha-se no crepúsculo,
no ocaso nascem coloridas telas,
natureza que me faz minúsculo.

Novo dia virá com a alvorada,
no ciclo temporal que nos domina,
assim gira a terra abençoada
na luz que cada dia determina.

Fascino-me perante grandeza tal
privilégio que posso admirar
nesta vida que um dia terá final…

E neste meu maravilhoso mundo,
tanta beleza apaixonante pr’amar,
vivo alegremente cada segundo!

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Gaivota do meu mar



Navego em teu sorriso
pelos mares da utopia
em perfume de maresia,
És tudo o que eu preciso,
a alegria em teus braços
na ternura dos abraços,
em teu corpo me aliso.

És gaivota do meu mar,
voas-me meiga e veloz,
Tuas asas, são beijos
que me fazem sonhar,
Ansioso dos teus desejos,
escuto a tua doce voz
que me faz contigo, voar.

Aperta-me em teu peito,
quero escutar teu coração,
façamos da areia, leito,
soltemos nossa paixão.


José Carlos Moutinho

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Olhos negros (Fado)



Por trás dos olhos negros
não mostras teus segredos
na tua alma velados
e p’la boca calados.

Eu canto ao teu feitiço
em doce melodia, 
cantado em tom castiço
numa total sintonia. 

Negros são teus cabelos
que se agitam ao vento,
longos fartos e belos,
são meu deslumbramento.

Tua beleza ímpar
Faz-me sonhar fantasia,
enfrento as ondas do mar
para te beijar um dia.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Minha Mãe querida (Fado)



Tuas rugas minha mãe
Sulcos de sofrimento,
porque foste pai também
na luta pelo sustento.

Foi árdua tua vida
pra teus filhos criares,
só, mas nunca perdida,
digna, por tanto amares.

Deste afago, deste amor,
teu colo era meu sol, meu chão,
no teu abraço o meu calor,
do teu olhar doce emoção.

Mãe, partiste serena,
tal como aqui viveste,
pra ti este meu poema
pelo amor que me deste.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Uma tela d'amor (Fado)



Com as cores da vida
pinto uma tela d’amor,
com a paixão sentida
inventarei nova cor.

Dos teus olhos azul mar,
do sorriso farei sol,
dos lábios cor de amar,
em paleta girassol.

És musa das ilusões,
do arco iris, retiro aneis
em forma de corações,
com a arte dos meus pinceis

Eu farei uma obra prima
de minh’alma sentida,
do meu amor com estima
te dedico, querida.

José Carlos Moutinho

domingo, 17 de agosto de 2014

És a minha estrela, mãe (Fado)


O teu sorriso minha mãe
está guardado em mim
e do teu carinho também
saudade imensa, sem fim.


Mãe saudosa, minha mãe,
um dia, estarei contigo,
no paraíso do Além,
serás meu porto d’abrigo.


Queria o abraço que perdi
na correria do tempo,
tanto amor que vinha de ti,
falta que tanto lamento.


Minha mãe estarás presente
no meu coração de filho,
que te amará eternamente,
és a estrela com mais brilho.


José Carlos Moutinho

sábado, 16 de agosto de 2014

Vamos por aí, amor (Fado)






Eu quero tanto, meu amor,

levar-te a passear por aí,

abraçados pelo calor

da paixão que sempre senti.



Vem comigo pelo jardim,

mãos dadas vamos sorrindo,

sentir o aroma do jasmin,

é nosso, este mundo lindo.



Ao longo do rio, vamos

felizes a cantar sonhos,

com chilreios, nos amamos

na doçura dos medronhos.



Se o rio transbordar, amor,

farei barca dos meus braços,

que te levará sem temor

até à margem  dos abraços.



José Carlos Moutinho

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Rio da saudade (fado)

Talvez...um fado.
****

Rio da saudade

Corre rio, corre manso,
pelo leito da saudade,
deixa-me ser teu remanso
nas águas da verdade.

Se contigo me levares,
farei dos teus braços meu mar,
das tuas ondas cantares,
da praia, ninho de amar.

Rio que corres sem parar
abraçado pelas margens,
não tenhas pressa de ver mar,
perderás tuas vantagens.

És a minha quietude
Em tempo de desatino,
meu amigo de juventude,
parceiro do meu destino. 

José Carlos Moutinho


Corre rio, corre manso,
pelo leito da saudade,
deixa-me ser teu remanso
nas águas da verdade.


Se contigo me levares,
farei dos teus braços meu mar,
das tuas ondas cantares,
da praia, ninho de amar.


Rio que corres sem parar
abraçado pelas margens,
não tenhas pressa de ver mar,
perderás tuas vantagens.


És a minha quietude
Em tempo de desatino,
meu amigo de juventude,
parceiro do meu destino. 


José Carlos Moutinho

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Morena de olhos azuis (fado)






Teus olhos azuis, morena

São dois lagos cintilantes

Onde eu navego, pequena,

as emoções exaltantes.



Ah… mulher dos meus encantos,

Quero amar-te para sempre,

Cantar-te meu amor em cantos,

Jurar-te este amor ardente.



Prometo morena bela

Ser o sol da tua vida,

luar da tua janela,

teu companheiro, querida.



Ai doce morena-mulher

Serei abraço na tristeza,

Não quero jamais te perder

Pois nosso amor é certeza.



José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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