segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Gostaria...





Hoje quando acordei,
senti-me deslizar pelos sonhos do meu desejo
gostaria de ter recebido de ti,
um poema de amor, feito com carinho...
Que falasse do encanto das flores que nos rodeiam,
do teu perfume de frescas gardénias,
que me contasse como é belo o arco-íris
nas tardes molhadas,
pelas delicadas chuvas de paixão,
onde cintilassem pequenas gotas de chuva
como pérolas de cristal!
Gostaria que esse teu poema
me contasse o navegar do nosso querer
em vagas de felicidade e prazer!

Serão sonhos, certamente
mas sinto-os como se fossem reais,
gostaria que me dissesses,
que nos deixaríamos levar no dorso azul
deste mar de segredos e silêncios,
que nos enrolasse na espuma
de um sentir incontido,
pelas areias da praia!

Ah...como eu gostaria que esse teu poema
do sonho, que me afaga o espírito,
murmurasse o nosso despertar,
abraçados, sob o sol do deleite,
pelo crepitante fogo
dos nossos corpos em êxtase!

José Carlos Moutinho

sábado, 26 de janeiro de 2013

Sentires desatinados





Gritam os medos, soltam falsos ais,
sufocam palavras de humildade,
sofrem nos sons do silêncio,
soluçam dores ignoradas,
correm por vales invisíveis,
voam como pássaros desatinados,
caem como Ícaros desengonçados!

Nas encruzilhadas dos sentimentos
seguem pela estrada do mal,
ignorando a do bem,
sentem-se arrogantes na sua frustração!
As Galáxias da superioridade,
são o seu frágil habitat!
Pavoneiam-se de asas abertas,
que se torram no sol da verdade!
Não passam de corpos onde se escondem mentes
perversas que se fundirão em cinzas!

Estranho este mundo, de muitos mundos,
onde as consciências de uns,
são a provocação para outros!
A sua liberdade é a limitação de alguém!
Os seus direitos, não acabam
onde começam os direitos dos semelhantes!

Cosmos de contrastes,
onde viver é uma batalha,
quem atingir, incólume o final, é um herói,
vencedor desta guerra louca
em que estamos inseridos!

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Mentes malignas





Pululam como simples mosquitos,
picam aqui e ali, sem consideração,
voam como vespas sugando venenos
que injetam em corpos indefesos!
Rugem como raios,
nas palavras feitas dardos que se cravam
na ingenuidade de seres de boa índole,
e sorriem na sua desfaçatez,
imbuídos pela vaidade e arrogância!
Calmamente vociferam palavras de provocação,
como se fossem donos da verdade,
mentem e difamam sem razão,
fazem dos seus gestos armas de arremesso!

Oh...seres desprezíveis,
possuídos por bactérias do mal
que maculam a harmonia,
tentam corromper a felicidade
com os seus esgares de indignidade!

...E andam por aí, soltos,
disfarçados de pessoas,
soprando sarcasmos, como ventos malignos,
provocando tempestades e dilúvios
para prazer das suas almas negras!

Misturam-se pelos caminhos da vida,
com gente de bem,
confundindo-se e enganando-se a si próprios
tropeçando nas suas mentiras
e atropelando quem segue o caminho certo!

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sonhos e pensamentos





Faço dos meus sonhos
mar, onde me navego em pensamentos,
até ao infinito do meu imaginário,
com o afago do sol acalento meus desejos!
Sorrio-me na serenidade
Do meu voar, livre como o vento,
Pelo céu mágico da minha mente
no silêncio de mim,
neste esvoaçar de ideias, só meu,
onde intrusos se fazem indesejáveis
pela recusa do meu querer!

E vão longe os meus pensamentos,
que antes navegados e acariciados pelo sol,
agora voam como aves, roçando as estrelas,
pelo deslumbrante cosmos da ilusão,
soltando o canto da minha voz calada,
em invisível sentir de profunda emoção!

Fascinante este poder que me toma
na quietude do meu estar,
e me faz correr por vales e montanhas,
aspirar aromas e fragrâncias
De uma natureza rica
e profusa de encantamentos
como se a minha presença fosse real!

Sonho, navego, voo, caminho
e desperto-me...
Sorrindo como se fosse fantasia!

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Na acalmia do luar





Sento-me no chão dos meus pensamentos,
deixo-me abraçar pelo sol que te imagino,
na forte emoção imbuída de sentimentos
por ti, minha amada, meu doce desatino.

Penso-te em mim, no abraço que me sorri,
vagueio pelos instantes suspirados de paixão
das tardes de delírio, em alucinante frenesi,
deslizados pelas paredes da nossa emoção.

Acompanhadas pelo ritmo do meu coração,
cantam-me melodias em pétalas de amor,
será o teu respirar, metamorfoseado de canção,
ou talvez, o teu coração que se faz cantor.

Quero o aconchego no abraço das sensações,
num sentir de turbilhões que nos faça voar
pela magia do prazer de vibrantes emoções
e serenar os nossos corpos, na acalmia do luar.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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