quarta-feira, 31 de maio de 2017
Sou
...
Sou grito estrangulado
e palavra silenciada
sou a inquietude do gesto
e olhar viajante
sou maturidade do tempo...
jamais serei o que, os que me olham,
pensam que sou!
Sou, simplesmente eu ,
como sou...
e nem sei se gostaria de ser de outra maneira
José Carlos Moutinho
Utopias
...
Sob o escaldante sol
nasciam sombras pintadas de sorrisos
que languidamente se estendiam pelo asfalto negro,
deixavam-se pisar por pés indiferentes
que camnhavam ausentes dos afectos
oferecidos pelo chão da vida,
naquela tarde de verão,
e que jamais, voltaria a ser exactamente como aquela,
que generosamente sorria aos passantes,
neste mundo onde os olhares se fecham ao que nos cerca
José Carlos Moutinho
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Convite
Amigos de Guimarães e não só...
terei imenso gosto na vossa presença, hoje, dia 25 Maio, pelas 18,30 h.
Entrada livre.
terei imenso gosto na vossa presença, hoje, dia 25 Maio, pelas 18,30 h.
Entrada livre.
Palavras
...
Quando as palavras dentro de mim se inquietam
aconchego-as em serenos pensamentos...
e, quando elas se acalmam,
e, silenciosamente me dizem das suas emoções,
faço das minhas mãos, asas,
para que as palavras possam voar
até onde serão desenhadas,
poderá ser no papel
ou em qualquer outro jardim de sentimentos...
e da solidão que nos envolve,
(palavras,minhas mãos e meu sentir)
nasce o poema,
ou o que eu, desenhador de palavras, pense ser poema.
José Carlos Moutinho
sábado, 20 de maio de 2017
sexta-feira, 19 de maio de 2017
Sorrisos
...
Deixei pousar nas
minhas mãos abertas
os sorrisos que pelo
ar voavam,
aconchegaram-se por
instantes,
e, depois de me
sorrirem, soltaram-se
voltaram a voar...
quiçá, em busca de
outros sorrisos
que os alimente e lhes
dê força para continuarem a voar
pela eternidade dos
tempos,
os sorrisos são
manancial de vida
que, ao fenecerem
serão fim de viagem
José Carlos Moutinho
Voei...
...
Vesti-me de brisa,
deixei-me levar pela vontade do tempo,
em algumas esquinas encontrei solidão,
noutras só vi o vazio,
houve ainda umas outras, onde ouvi gargalhadas,
e tantas mais onde só vi fome e desalento...
continuei o meu voo impulsionado pelo sopro da vida
até encontrar a alegria plena da felicidade...
e voei...voei...
até me cansar!
Desisti do voo, despi-me da brisa,
não encontrei o que eu procurava
José Carlos Moutinho
(©)Todos os direitos reservados por lei
Amarras
Ela dizia que as pedras que pisava pelo caminho
eram feitas de veludo,
e, que os seus pés sentiam a sua caricia...
Ela viera das amarras do tempo
que a confinara à solidão,
os murmúrios que ouvira
eram segredo guardado no seu peito...
doíam-lhes as lembranças!
Agora nesta sua derradeira caminhada,
ela sorria ao tempo
que lhe retribuía envergonhado
José Carlos Moutinho
terça-feira, 16 de maio de 2017
Pensamentos
…
É vento sem
destino
grito de
desalento na noite,
caminhante
perdido no tempo
vagabundo de
ilusões…
sonhador de
utopias ausentes
e noctívago
deambulante
que cala
profundamente no peito
todas as dores
do mundo
José Carlos
Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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