As musas abandonaram-me,
Deixaram-me sem inspiração.
Procuro a fonte das águas que espelhavam
O reflexo das minhas ideias
E não encontro nada!
Somente uma fonte que secou,
Pela aridez dos ventos frios,
Vindos do norte das desilusões!
Sento-me de frente para a fonte,
Indago daquela indiferença para comigo
E recebo o silêncio como resposta,
Numa arrogante atitude de desprezo.
Abandono-a e vou em buscar do mar,
Quem sabe se as sereias me indicam algum caminho,
Onde eu encontre as letras que tanto preciso?
Mas nem as sereias me atendem,
Dizem que estão ocupadas
Com outros poetas maiores.
Ainda mais me entristeci, mas não desisti!
Ficar aqui, neste deserto, sem ilusões,
Que não me despertam as emoções,
É como sentir falta do ar que me faz viver.
Quero ir em buscar dos sonhos,
Voarei nesta brisa, que me tocou de leve
E certamente chegarei ao que quero.
José Carlos Moutinho
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