terça-feira, 27 de março de 2018
A vida sem humor...
Hoje, talvez só hoje, não vos escrevo,
cansei-me das palavras, não de vós,
se querem saber, por vezes não percebo
o que acontece por aqui entre nós...
Por isso, silencio as palavras que tenho
guardadas, para vos escrever outro dia,
quando elas transmitirem ao que venho
coloridas de prosa ou talvez de poesia...
Todavia, não quero dizer que não repita
o silenciar das palavras do meu sentir,
será amanhã, talvez depois, nova visita
venha a acontecer e com poesia intervir
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 26 de março de 2018
domingo, 25 de março de 2018
sábado, 24 de março de 2018
Já não é tua
...
Se passares na minha rua
toca a campainha para eu ver-te,
porém, se for numa noite sem lua
não toques é melhor esquecer-te,
minha paixão agora já não é tua
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 23 de março de 2018
Não quero sarilho
Deixem-me, por favor vos peço
que me pense poeta sonhador,
acreditem porque não me meço
com alguém que tenha mais valor
Escrevo palavras simples inventadas
em nuvens de sonhos e fantasias,
ainda que as rimas sejam desalinhadas
são minhas, singelas, nem serão poesias
Que me importa que não entendam
o que as palavras querem expressar,
somente desejo que não me ofendam
se de um poema alguém não gostar
Claro que estes versos são apenas
brincadeiras, que, com amizade partilho,
todos bem sabem que amo os poemas
e que jamais procuro qualquer sarilho
José Carlos Moutinho
Caminhada
Calcei sonhos vesti magia,
Era domingo, meti-me a caminho
Parei junto do mar, senti a
maresia,
Voltei a caminhar, bem
devagarinho
Pelo caminho encontrei a
amizade,
Vinha triste pela solidão,
Perguntei-lhe da verdade
Respondeu ser fracasso da
relação
Passei junto de um canavial
Nas margens de um rio
inventado,
De lá, vinha um som
fenomenal,
As canas cantavam o fado
Entrei pelo atalho da
quimera
Encontrei um jardim de
ilusão
Aquele que eu sempre
quisera,
Pois florira em mim doce
emoção
Finalmente acabei a
caminhada
Levado pelos meus
pensamentos,
Concluí que a vida pode ser
cantada
Ou um triste caminhar de
lamentos
José Carlos Moutinho
quinta-feira, 22 de março de 2018
QUEM ÉS TU POETA
Quando te pensas importante
Usas teu jeito com presunção
Entendes-te superior aos demais
Mas não passas da insignificância
És um simples passageiro das palavras
Solitário na tua arrogante prosa
Tens toda a poesia para pensar
Unires-te na estrofe com os outros
Pois acredites ou não, és finito
Oásis de poema podes fazer do deserto
Enquanto os ventos sopram rimas
Tens tempo para construir um soneto
Antes que o teu inspirador tempo termine
José Carlos Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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