Calo-me no silêncio em ti,
Os pensamentos turvam-se
Pela tua displicência,
Deixaste-te envolver na penumbra
Do desencanto,
Antes eras a felicidade exacerbada,
Hoje sombra de um passado encantado,
Levaste-te pelos extremos da mentira,
Hipocrisia e falsidade,
Tornaste-te presa do teu erro, meu amor,
Desacreditaste na luz da verdade,
Escureceste o luar,
Dos nossos momentos de paixão,
Esqueceste aquele mar de amor,
Em que navegávamos,
Preferiste embarcar na nau do afastamento,
Agora, naufragas no meio desse mar,
Que te levará ao sofrimento,
Pela perda de quem te queria,
Podes ainda tentar as margens
E agarrar-te às pedras da esperança,
Talvez consigas ter o perdão pela tua,
Frieza e indiferença.
J.C.Moutinho