domingo, 11 de março de 2012

A Felicidade existe




Naveguei sobre ondas de ansiedade,
Atravessei o mar de doce esperança,
Senti o calor que me dava forças
E o Luar que me iluminava,
Nas noites de inquietude!

Tive como companheiras,
As estrelas da minha coragem,
Enfrentei tempestades,
Cruzei vendavais,
Suportei as calúnias de dias nebulosos,
Sofri com as chuvas intempestivas,
Que me inundavam a alma
E tentavam congelar o meu coração!

Tive na fé e na ilusão a minha motivação,
Porque a felicidade tem que ser vencida,
Nos caminhos das desilusões
E as tempestades feitas contratempos,
Diluíram-se na persistência,
De ventos e nuvens apaziguadoras,
Metamorfoseadas em bonanças!

A verdade e a razão fizeram-se presença
E os sentimentos antes perturbados,
Fizeram-se emoções sentidas,
Na acalmia dos instantes agora vividos!

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mar...Esse desconhecido




Oh... Mar imenso que me inundas a alma,
Quando sentado no alto da falésia te contemplo!
Tens uma mística força que me serena,
Nos momentos de tristeza e solidão!
Quando te observo, sinto as tuas ondas magnéticas,
Que me eletrizam e me prostram,
Numa letargia enfeitiçada!       

Acalmo-me no escutar do teu murmurar de palavras,
Em sons de transbordantes sensações,
Imbuídas de cheiros de maresia!
Fazes-me voar sobre o teu dorso,
Qual raio solar,
Que se reflete em ti
E que invade com alegria o meu coração!

Mas também tens em ti, o medo
Que traumatiza e aniquila,
Quem se interpõe em teu caminho,
Quando te fazes tormenta,
Na tua vontade de te mostrares maior,
Arrastando contigo quem te provoca,
Dizimando famílias,
Fazendo viúvas e órfãos!

És simbiose de magnífico e terrível!

Mas eu só te penso belo, mar doce mar,
Quando te navego à tona da tua vontade
E no brilho ondulante da esteira
Do teu leito, que me acolhe.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 7 de março de 2012

Memória




Levo-me por vales de fantasia,
Nas recordações vividas,
Que a memória se recusa a esquecer!

Viajo no caudal do rio,
Que me escuta as mágoas sentidas
E me abraça no murmurar das suas águas!

Agarro-me com a força da minha saudade,
Às flores das margens da minha memória
E deixo-me inebriar no perfume,
Das emoções de outrora,
Sentidas nos instantes presentes!

Sossego-me neste divagar,
Pela beleza que existiu no luar que me pensava,
Nas longas noites de solidão
E que a minha memória mantém forte,
No calor deste sol, que agora me acolhe,
Na tranquilidade de um tempo maduro!

E aquieto-me neste recordar
De sentimentos vadios,
Afagados pela saudade, sem melancolia
Mas acarinhados
Pela nostalgia da minha memória.

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 2 de março de 2012

Mar que te penso sereno




Mar que te estendes a meus pés,
Perco-te de vista, lá na linha do horizonte,
Onde te escondes nos braços do Céu,
E o céu se faz mar...
Ou talvez sejas tu, mar, que te fazes Céu!

Deixa-me admirar-te na tua serenidade,
Leva-me os pensamentos,
De devaneios nos reflexos do sol
Nas tuas ondas, que me murmuram!

Faço-te companheiro
Nos meus momentos de nostalgia,
Quando me levas no teu dorso,
Em viagens de deslumbrantes emoções
E me trazes na brisa que te afaga,
As recordações de um tempo ido!

Tu, mar de mistérios e encantos,
De profundidades ignoradas,
De seres por descobrir,
Traz-me somente a tua alegria,
Entrega-te na espuma que me acaricia os pés
E canta-me a tua melodia,
Que me seduz e tranquiliza.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ser feliz




Fazes-te luar que clareia o breu da minha nostalgia
E se embrenha pelos atalhos,
Do meu caminho de solidão!

Insinuas-te na brisa, que me beija
E murmura palavras de amor,
No silêncio dos meus pensamentos!

Sinto-me abraçado pelas sombras,
Que se fazem da tua presença
E que suavemente deslizam pelas paredes nuas,
Onde se reflete a minha melancolia!

Tens a subtileza de apaziguares
A tristeza que me invade!

És o rio que corre docemente
Pelo leito do meu coração
E inunda o mar do meu sentir,
Nas ondas de cantares sublimes
Que fazem de mim um ser diferente!

Quando és sol, lua, mar e terra,
No fascínio das minhas emoções,
Eu sou tão-somente...
Feliz!

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Se eu fosse brisa





Ah...mas como eu gostaria de ser brisa,
Que suavemente te beijasse
E no meu sussurrar,
Quase silencioso te falasse do meu amor!
Abraçar-te-ia no sopro quente de mim
E envolver-te-ia num abraço,
De doces e palpitantes sensações!
Levar-te-ia junto do meu peito
E bem juntinhos...
Como as nuvens que nos afagam,
Voaríamos sobre vales de calmaria,
Subiríamos as montanhas das emoções,
Sulcaríamos os mares das ilusões
E nas ondas dos prazeres inventados,
Deixaríamos os nossos sentidos,
Serem levados na inconstância das marés,
Atravessaríamos o horizonte
E quando o sol cansado lá no firmamento,
Beijasse o mar...
Eu deixaria de ser brisa
Os nossos corpos acoplar-se-iam.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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