quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Se eu fosse brisa





Ah...mas como eu gostaria de ser brisa,
Que suavemente te beijasse
E no meu sussurrar,
Quase silencioso te falasse do meu amor!
Abraçar-te-ia no sopro quente de mim
E envolver-te-ia num abraço,
De doces e palpitantes sensações!
Levar-te-ia junto do meu peito
E bem juntinhos...
Como as nuvens que nos afagam,
Voaríamos sobre vales de calmaria,
Subiríamos as montanhas das emoções,
Sulcaríamos os mares das ilusões
E nas ondas dos prazeres inventados,
Deixaríamos os nossos sentidos,
Serem levados na inconstância das marés,
Atravessaríamos o horizonte
E quando o sol cansado lá no firmamento,
Beijasse o mar...
Eu deixaria de ser brisa
Os nossos corpos acoplar-se-iam.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Futuro que se faz próximo




Pelos descampados do meu querer,
Encontro flores campestres,
Que se aninham a meus pés,
Nos momentos de solidão,
E que me alentam para a vida,
Os seus perfumes, como essências raras,
Têm o encanto do despertar,
Das longas noites de melancolia,
Onde a nostalgia me toma!

Quando a alvorada se faz sentir,
Nos raios que penetram o meu ser,
Surge a saudade de instantes idos,
Suavizada pelos momentos presentes
E revigorada nos anseios,
Dos tempos que virão,
No futuro que se faz próximo,
Pela correnteza deste rio do tempo,
De caudal veloz,
Que tudo leva e nada deixa,
Tão somente as recordações,
Para os que ficaram,
Transmitirem aos que hão-de chegar.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Eu era a tua âncora




Sempre que o sol esmorece no despertar da lua,
Surges-me em todo o esplendor,
Sinto o sussurrar das tuas palavras de amor,
Na brisa que me desliza pelo rosto
E pelo perfume que me inebria
Do teu corpo quente,
Esguio, de contornos delicados
E geometricamente desenhados,
Por onde tantas vezes eu naveguei,
Na segurança dos teus braços,
Velas do meu sentir
E ancorei, no descanso,
Que a nossa sofreguidão causava
Nas arrebatadas tempestades,
Dos nossos momentos de fantasia;
Os teus pés, como amarras,
 Prendiam-me ao teu porto,
Do meu abrigo,
Fazendo-me âncora
Que te afundava no mar do prazer
E relaxamento.

José Carlos Moutinho

sábado, 18 de fevereiro de 2012

És o meu porto de Abrigo




Invento-te nas horas que virão
Deste meu tempo esmorecido,
Nos caminhos de amarga ilusão;
Que sejas meu porto de abrigo!

Encosto-te no meu peito dorido
Por dores de saudade pertinente,
Quero o passado esquecido
E viver com amor para sempre!

Sem ti, mulher doce e amada
A minha vida não tem sentido,
Iremos juntos nesta estrada...

Jamais me sentirei esmorecido,
Estarás comigo na alvorada
De cada momento nosso vivido!

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

No cheiro da maresia




Inalo-te na lembrança do teu cheiro maresia,
Nas ondas do prazer do mar de devaneios,
Onde tu, menina te fizeste mulher!
Extasiava -me o roçar dos meus lábios,
Pela tua pele morena que o sol beijava!
O agridoce do sal do teu beijo,
Emudecia-me no despertar do desejo,
Em sensações desatinadas!
Ai menina-mulher morena,
Que saudades do teu abraço,
Torpor de mim, nas minhas emoções,
Quando o relevo do teu corpo,
Em túrgidos apelos,
Se acoplava no meu
E eu e tu esmorecíamos,
Na doce perda da razão, dos sentidos exaltados
Pelos movimentos levados à lassidão,
Na volúpia do nosso ser.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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