A minha memória de
ti, pai,
Ficou eternamente
marcada em mim,
Na fragilidade do meu
ser,
Que tu, pai pouco
depois deixavas de ver!
Partiste cedo,
Não viste crescer o
rebento
Que fecundaste
E que regarias com o
teu amor,
Mas secou-te a seiva
do teu coração
E deixaste de cuidar
do teu jardim!
Mas eu sei Pai...
Que no cintilar das
estrelas,
Envias-me a tua luz,
Para que eu não
tropece nos escombros,
Escondidos na
escuridão da vida!
Sinto que abres e me
levas pelos caminhos,
Da honra e dignidade,
Que tu tanto defendeste!
Obrigado meu Pai,
pelo caracter bom
Que eu herdei de ti!
Um dia, Pai, vamos
dar-nos os abraços,
Que não tiveste tempo
de me dar!
Senti falta de ti na
minha caminhada,
Mas fui compensado
duplamente,
Com o amor da minha
mãe,
Do teu, que não
pudeste dar-me!
Ela, Pai, foi a minha
mãe e o meu Pai
E tu bem sabes disso.
Quero um dia
encontrar-vos juntos,
Até lá...
José Carlos Moutinho
19/3/12