sábado, 7 de abril de 2012

Páscoa...Aleluia




É uma época especial de amor, solidariedade e partilha!
Que não se façam ouvidos moucos às palavras de bondade;
Que não se fechem os olhos às misérias deste mundo;
Que se abram os braços para acolher quem sofre
E se abram as portas para que entrem os que têm fome!
Que voem pombas brancas de paz,
Sobre esta escuridão de maldade!
Que os homens reflitam,
No que Jesus fez para demonstrar o amor,
O sofrimento e o perdão!
Deixemos para trás a inveja e o despeito,
Sejamos francos e amigos!
Festejemos esta Páscoa de 2012, como única e eterna,
De igualdade fraterna entre todos!
Pensemos na Páscoa, como um fenómeno milagroso,
De fé, abnegação, amizade e amor!
Aleluia irmãos...
Confraternizemos em Jesus, nosso Salvador,
Com humanidade atingiremos o cume da paz,
Chegaremos ao apogeu da felicidade!
Aleluia, em Jesus Ressuscitado,
Aleluia, humanidade,
Aleluia, aleluia a todos de Boa-fé e Esperança.

José Carlos Moutinho
2012

Páscoa




Era uma época em que um homem
Fez o mundo acordar
Na esperança da salvação pela fé,
Pregando que o ser humano tinha obrigações,
Mas também os seus direitos,
Que lhes eram até então retirados!
E esse homem espalhou por terras pagãs,
A palavra de Deus e da bondade,
Foi denunciado pelos judeus, o seu próprio povo!
Herodes da Galileia e os romanos, assustados
Pela força da palavra daquele homem,
Mandaram prendê-lo, condenando-o
À cruz em terrível sacrifício!
E o seu horrendo crime,
Era o amor a solidariedade e partilha entre os homens!
Numa sexta-feira foi crucificado
E para maior humilhação,
Para com aquele, que no fundo, todos achavam ser diferente,
Colocaram-no em sacrifício juntamente com dois ladrões,
A imagem era de tristeza e dor!
Assim morreu em atroz sofrimento,
O filho de Deus,
O Salvador, de nome Jesus,
Que foi enterrado e com receio dos seus poderes,
Era vigiado pelos guardas tiranos!

Aleluia...Aleluia
Jesus Ressuscita!
Após cerca de dia e meio, ergue-se do seu túmulo!
Mostra ao mundo que se deixou sacrificar e ser morto,
Para exemplo de bondade que deve reinar entre todos
E para que a Fé nunca fosse uma palavra vã!
Jesus Cristo, Salvador,
Filho de Deus,
Aleluia, irmãos!

José Carlos Moutinho
2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

Reflexões




É fim de tarde, que amolece
Com o sol que vai beijando o horizonte,
Onde o mar se funde com o céu!

Debruço-me sobre os meus pensamentos,
Que me invadem sorrateiros,
Trazendo momentos passados
E outros recentes, numa mistura,
Onde a ilusão se confunde com a realidade!

Utopias que se fazem quimeras,
Em catarse,
Numa serena paz de consciência!

Olho longe, sem nada ver,
As imagens apagam-se na opacidade,
Da minha vontade cansada,
Mas cujo reflexo do sol sobre o mar,
Me faz sentir as vibrações do meu sentir,
Que me pulsa inquieto,
Num desassossego de inconstância,
Em rebelde desejo de fuga de mim!

Reflito e calmamente aos acordes
Do murmurar do mar
Desperto-me da minha letargia
E sigo este meu destino incerto.

José Carlos Moutinho

sábado, 31 de março de 2012

Ausência de futuro



Alvoradas que se fundem nas tardes que se fazem noites
No rodopio do tempo que voa nas asas dos minutos!

Suspiros feitos ais de amarguras
Dos instantes sofridos no calor dos dias!

Lutas insanas pela conquista do desconhecido
E no frio das noites que se calam nas dores,
Dos estômagos esmagados,
Pela carência de luas aconchegadoras,
Que mitiguem a secura das bocas fechadas,
Pela revolta da injustiça que paira,
Nas nuvens que não alimentam as cidades!

E em cada pôr-do-sol, vai-se a esperança,
Da mudança das cores que irradiavam das árvores
E perfumavam os olfactos dos sentidos adormecidos,
Pela tristeza do constante escurecer em choros de crianças!

Lágrimas contidas nos rostos ressequidos
Lamentos surdos nos silêncios que doem!

Soluços emudecidos pelas águas
Que correm nas suas almas secas,
Gritos sufocados nas gargantas sem voz!

Olhares que se perdem em olhos mortiços,
Pelas visões de futuro incerto,
Ou preocupante certeza da ausência de futuro!

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 28 de março de 2012

Luar





Se a tristeza me busca na solidão do meu pensamento,
É no abrigo do manto azulado do Luar que me conforto
E bebo da serenidade vinda do firmamento,
Que me aquieta o desassossego do meu sentir!
Sorrio-me na visão do imenso globo,
Que se me depara perante os meus olhos humedecidos,
Pela saudade que me invadia a alma
E que agora, suavemente vai-me libertando,
Das amarras da melancolia,
Trazendo-me a acalmia das minhas emoções,
Antes desatinadas!
Deixo-me envolver por este azul celeste
E levo-me em sonho por mim inventado,
Com as estrelas a iluminarem-me,
Pelo céu, estrada do meu prazer,
Cavalgando um cavalo alado
Entrego-me no abraço que o Luar me oferece.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 27 de março de 2012

O teatro



As pancadas de Molière ressoam vibrantes,
Acendem-se as luzes,
Levanta-se o pano,
Escondem-se as mágoas,
Batem-se palmas,
Esquecem-se as dores,
Os artistas chegam à ribalta,
Em alguns corações está a tristeza,
Mas nos rostos os sorrisos,
Porque o teatro não pode parar,
O espetáculo tem de continuar,
Os dramas das suas vidas
Ficam em outro teatro,
Onde talvez alguém chore!

Começa a apresentação
Do drama de algum escritor,
Que certamente ele mesmo sofredor,
Enquanto escrevia a peça,
Quiçá o seu próprio drama!

Desenrolam-se as cenas,
Anima-se o público
Que vibra a cada momento empolgante,
De melhor representação!
E o espetáculo atinge o apogeu,
É o teatro, no seu espaço, que encanta,
Que mostra dramas e comédias!

A música e as luzes dos projetores,
Fazem esquecer que lá fora,
Existe outro teatro, o da vida,
Com dramas e comédias,
Que jamais alguém escreveu.

José Carlos Moutinho


segunda-feira, 26 de março de 2012

Mar, meu companheiro




Quando se faz vazio, o meu pensamento
E a minha vontade se perde na solidão do silêncio,
É junto de ti, mar, que encontro a serenidade!

Vagueia o meu olhar, sobre o teu dorso
E fascinado pelo reflexo do sol nas tuas águas
Sorrio-me no teu ondular!

Leva os meus anseios, nas tuas marés descendentes
E traz-me a paz e a felicidade,
Abraçada nas tuas ondas,
Que se vêm espreguiçar na areia dourada,
Em caricias refrescantes de alva espuma
E que me acalmam pelos cheiros da maresia!

E és tu mar, imensidão de segredos por desvendar,
Que tanto tens a doçura do teu murmurar
E nos delicias nos prazeres em ti,
Como tens a agressividade da tua revolta,
Transformas-te em monstro assustador,
Que tudo destróis e arrastas na tua vontade!

Mas, para mim, mar...
Que te confundo no horizonte com o céu,
Quero-te sereno e companheiro,
Nos meus momentos de solidão.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

Ver esta publicação no Instagram

Live Planeta Azul Editora

Uma publicação partilhada por Planeta Azul Editora (@planetazuleditora) a