quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Saudade, deixa-me





Porque teimam as saudades em me atormentar,
insistindo em fazer-me recordar o passado,
se nada de novo trazem para o meu viver!
Quero esquecer tudo que se esfumou,
nas brumas do cacimbo tropical!
Deixem-me em paz,
Na serenidade do meu esquecer,
De que adianta lembrarem-me
das minhas capacidades atléticas
da escola primária...
E dos meus primeiros amigos...
Que interessa agora relembrar
aquela rapariga bonita morena,
de cabelos negros e porte altivo,
que eu, ingénuo adorava (ou amava...)
se tudo é passado!
De nada mais valem as recordações
da minha juventude,
exacerbadas por paixões reprimidas
da minha adolescência!
A minha vida correu pelo tempo,
numa velocidade estonteante,
e os sonhos não passaram de quimeras,
que a realidade mostrou não serem ilusões,
adornadas em doces utopias!
Por tudo isto, saudade,
deixa-me, finge que não me conheces,
e eu não tive todos aqueles momentos
inesquecíveis,
do meu tempo, que o tempo consumiu!
Vai-te, para longe, saudade,
evapora-te nas nuvens do passado,
permite-me que eu viva sossegado,
a minha particular saudade.

José Carlos Moutinho

domingo, 23 de dezembro de 2012

BOAS FESTAS....





DESEJO TUDO DE BOM A TODOS OS MEUS AMIGOS, NESTE NATAL.

Com o meu OBRIGADO especial a todos que me lêem, em geral!
Em particular aos que adquiriram os meus livros!

sábado, 22 de dezembro de 2012

BOAS FESTAS...

Desejo a todos os meus amigos que me leem e em especial aos que passam por este meu blog, um NATAL muito feliz, com muita paz, harmonia, amor e bastante saúde para enfrentarmos as agruras da vida!!!




SEJAM FELIZES, MEUS AMIGOS. OBRIGADO PELA VOSSA PRESENÇA E POR ME LEREM!!

Pensamento solto





Tardes preguiçosas,
coladas à alma do meu pensamento
que vagueia por céus azulados,
pontilhados de minutos de felicidade,
disseminados em horas de incertezas,
vividos sobre ondas de paixões,
desfeitas na espuma das desilusões!
E o pensamento solta-se,
sem amarras, segue o seu curso,
atravessando nuvens de liberdade,
selecionando os bons instantes,
olvidando os menos vibrantes,
na busca do horizonte da felicidade!

Deixo-me levar no espirito do meu pensar,
por vales, montanhas e mares sem parar,
esta força que me impele com a certeza,
de encontrar um mundo, com mais beleza! 

Saio do corpo que me subjuga os sentidos,
deixo-me levar na quimera dos sonhos,
isenta de dores e queixumes sofridos,
procurarei utopias em jardins risonhos!

José Carlos Moutinho

Natal que me entristece





Já são poucas as horas para o dia especial,
que todos anseiam, uns por motivos nobres,
outros para comemorarem só porque é Natal,
felizmente que muitos se lembram dos pobres.

Nesta quadra que deve ser festiva, é para mim
a mais melancólica e que me deixa mais triste,
sempre me lembro dos infelizes, de triste fim
onde sem teto, a fome e o frio sempre existe.

Que neste frio Natal, Jesus se lembre deles,
dando pão, para saciarem os estômagos gelados,
mantas para iludirem o frio, que lhes rasga as peles,
pois se são humanos, porque são abandonados?

Se cada um de nós se lembrasse dessa gente,
e que no esbanjamento cedesse uma côdea de pão,
o mundo não seria tão injusto e confrangente,
porque em cada alma solidária sorriria o coração.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Natal do meu desejo

BOAS FESTAS A TODOS....
***


Quando o Dezembro chega, traz com ele
a esperança, que se foi perdendo com o tempo,
renasce em cada coração a luz Daquele,
que na cruz morreu para nos dar alento.

É Natal, nascimento do Menino Jesus,
é dia de festa, de alegria e de choro dorido,
alegria nas casas onde há fartura, calor e luz,
frio e fome em outras, parecendo castigo.

Que mundo é este com tanta injustiça,
uns são filhos de Deus e privilegiados,
outros são moribundos de alma mortiça,
pobre gente de corações desventurados.

Faço aqui e agora, neste papel, um forte apelo
aos astros, que conspirem a favor da humanidade,
que desapareça a miséria, que tudo seja mais singelo,
e que entre os humanos haja mais solidariedade.

Com o meu desejo de que o Natal seja todos os dias,
deixo-vos o meu abraço fraterno de amizade,
haja alegria, paz, amor, pão e vida sem abulias,
que o amanhã seja outro dia de fraternidade.

José Carlos Moutinho

domingo, 16 de dezembro de 2012

Eu e o mar





Quando os dias se escondem da luz solar
e a minha alma se entristece,
invadida pela melancolia...
...É na grandiosidade do mar,
na acalmia do seu murmurar,
que invento oásis do meu deserto
e descubro o equilíbrio do meu sentir!
Deixo o meu olhar navegar,
perder-se na lonjura dos mistérios,
e, inexplicavelmente
como por mágica,
surgida do imaginário,
a serenidade aconchega-se no meu peito
transforma-me em outro ser,
com outro sentir,
afagado pelo luar,
que suavemente desponta
e me oferece sorrisos,
de esperança de novos sóis!

Na letargia que me tomou os sentidos
Perdi-me nas horas esgotadas do tempo,
Absorvido pela contemplação deste mar de feitiços,
Mas revigorado pela maresia
Com o coração mais feliz e a alma solta.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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