domingo, 6 de janeiro de 2013

Brumas do tempo





Rodeio-me de silêncios
em tardes vazias de sol
escurecidas pelas brumas do tempo!
Contemplo o vazio que me sufoca
e me envolve de melancolia!
Contrai-se-me o peito,
em agonia de um sentir calado,
pelas palavras que não foram ditas
nas noites de ventos fustigados pelo frio
vinculadas por atitudes apagadas
de sentimentos esmorecidos
nas sombras que escorregavam
pelas paredes entristecidas
na lembrança de outros momentos
onde os suspiros de prazer
soavam melodias de amor!

Agora este vazio de nadas que me tortura,
empedernido de melancolia,
alinhavado na esteira da nostalgia
colado nas fragas da saudade.

José Carlos Moutinho

sábado, 5 de janeiro de 2013

Compondo ilusões





Agarro-me às plumas da brisa que me sopra,
quero voar nos sonhos das noites de luar,
e colher os murmúrios das estrelas
que me falam de ti!

Quero fazer das utopias,
realidades do meu querer,
sentir o calor do teu corpo,
no aconchego do meu pensamento!

Se o arco íris me vier visitar,
depois da tormenta da tua ausência,
pedir-lhe-ei que me ofereça as suas cores,
para pintar o vestido de cetim,
que embelezará ainda mais
o teu escultural corpo,
adornado com o carinho do meu abraço,
rematado com calor dos nossos corpos!

Podem até dizer que sou um sonhador,
mas basta-me o teu sorriso para ser feliz,
sinto-me bem assim, pensando no amor,
que me interessa o que qualquer um diz!

Porque a vida é feita de belas ilusões
que os sonhos por vezes, acordam pesadelos,
deixemos vaguear em quimeras, os corações,
façamos da alegria e felicidade os nossos modelos!

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Amor em exaltação





Rugem trovões, caem raios e coriscos,
mas o teu amor a tua luz são o meu caminho,
contigo enfrentarei todos e quaisquer riscos,
mesmo que atalhos me façam andar devagarinho.


O teu sorriso, com o teu abraço, são meu afago,
em ti encontro o meu porto de abrigo, sereno,
a tua imagem está presente nunca a apago,
porque tu és o meu chão, o meu doce terreno.


Abraçar-te e estar em ti, quão sublime prazer,
quisera que o tempo parasse à nossa volta,
só tu e eu em total delicia do nosso querer,
na volúpia do nosso desejo e paixão à solta.


E que o mundo gire louco, sem desatino,
porque o nosso amor a tudo isso se alheia,
encontrámos na harmonia o nosso destino,
viveremos com o doce mel da nossa colmeia.

Coisas simples da vida se fazem importantes,
se a compreensão e o amor estão presentes,
a alegria e felicidade fazem-se exultantes,
nestes pequenos sentires de saudáveis mentes.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Novo Ano...E agora?





Novo Ano...E agora?
Que nos vais trazer tu, Novo Ano,
engalanado com as cores do 2013,
não te esqueças que ainda não nos libertámos
das brumas de tristeza que o teu antecessor nos deixou...
Trarás tu, pão para os famintos,
mantas para os que morrem enregelados
sob viadutos, lares esventrados,
ou virás tu, de mansinho, sorrateiro
enganar-nos também, como fizeram os outros?
Esperamos que consigas, Novo Ano mudar a cabeça
dos políticos incompetentes,
fazer deste país, um local digno para se viver!
Olha Novo Ano, nós, povo, como sempre,
estamos de olho em ti e esperançosos que faças algo,
como já estávamos com 2011
e ficámos frustrados com 2012,
que vergonhosamente nos enganou,
dissera-nos que a tal crise acabava agora contigo...
Porém, nos últimos dias, veio desmentir tudo,
cambada de mentirosos que vós sois,
por esta razão tens de ser forte e mostrar a tua boa vontade!
Iludem-nos com promessas, como aquelas balofas frases:
Feliz Ano, Bom Ano Novo...
E deixam-nos cada vez mais na tanga!
Ou tu 2013, ganhas juízo e nos trazes algo de bom,
ou mudamos-te de calendário, passaremos a usar o chinês,
já que são estes que começam a mandar neste país troikano

Novo Ano...e agora?

Todos nós gostaríamos que tivesses coragem
de nos responder, mas não... Ficas calado
e no silêncio da tua ausente resposta,
sofremos com desempregos, fome e frio,
somos ridicularizados pela arrogante ditadura alemã
que já se esqueceu que um dia esteve pior que nós!

Contamos, piamente contigo 2013
contamos mesmo...
Faz com que os políticos, postiços doutores, emigrem,
traz de volta os nossos jovens licenciados e patriotas,
forçados a fugir da miséria, por falta de emprego...
Acaba com os vendilhões que por aqui pululam e nos dizimam,
neste pobre Portugal desgovernado de futuro incerto!

José Carlos Moutinho
12/2012

sábado, 29 de dezembro de 2012

Sonhos e quimeras





Quisera que o tempo se transformasse em quimera,
que o teu sorriso,
fosse flor perene do meu encantamento;
Que o brilho dos teus olhos,
fosse luz do meu caminhar!
Quisera que os teus braços,
fossem pilares do meu viver,
onde em momentos de insegurança,
eu me apoiasse em doce amplexo!

Ah...como quisera eu,
que este mundo fosse um jardim
de belos perfumes
em cores de fantasia,
e, nos murmúrios da tua voz quente,
eu me aconchegasse,
pela melodia que me fascinasse,
no deleite da minha emoção!

Mas tudo não passa de utopias,
que e a minha mente ávida de sensações
anseia encontrar
em galáxias de ilusão!

Pensar que o simples luar,
seja o manto da esperança,
que transforme os invernos da vida,
em futuros paraísos de outonos matizados,
onde os sonhos se façam reais,
no alvorecer dos dias floridos,
abraçados a novas primaveras
Em constantes  e inventadas quimeras.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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