segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Anseios em devaneio





Nos teus lábios que tocavam os meus
Havia um calor de vulcão
O teu abraço que me apertava
Era como lava incandescente
Que me deslizava pelo corpo
Em total agitação
Nossos corpos fundiam-se
Na tremura do desejo
Minhas mãos ansiosas
Buscam os teus seios
dunas entumecidas
acariciando-as no devaneio da emoção
que me tolda o sentir da razão
vibramos ao doce toque
da polpa dos dedos
que como pétalas
percorrem os nossos corpos
em carícias navegantes pelas tuas coxas
Aportando ao cais do teu prazer
Onde mergulhamos em total êxtase
Num ritmado vaivém de louca tesão
Onde os nossos corpos
Se perdem no frenesi
Da excitação que nos leva ao clímax

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Delirios de paixão





Sorriem,
olhos nos olhos,
tocam-se,
anseiam-se,
entrelaçam-se,
corações galopantes
em corrupio de emoções,
mãos ansiosas que acariciam
a textura escaldante das coxas,
lábios que se roçam incandescentes!

Acoplam-se os corpos exaltados
em movimentos de vaivém
ao ritmo suave do sentir,
o sangue efervesce nas veias 
em exacerbada arritmia,
soltam-se sussurros guturais em doce resfolegar!

Elevam-se pela encosta da montanha,
em delirante excitação,
agora em ritmo desatinado,
bocas coladas num sôfrego beijo
de sufocante delírio,
agitam-se num estremecer incontido,
ultrapassam as escarpas do êxtase,
atingem o cume da montanha,
em relaxante e suado clímax,
Serenam!

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Gostaria...





Hoje quando acordei,
senti-me deslizar pelos sonhos do meu desejo
gostaria de ter recebido de ti,
um poema de amor, feito com carinho...
Que falasse do encanto das flores que nos rodeiam,
do teu perfume de frescas gardénias,
que me contasse como é belo o arco-íris
nas tardes molhadas,
pelas delicadas chuvas de paixão,
onde cintilassem pequenas gotas de chuva
como pérolas de cristal!
Gostaria que esse teu poema
me contasse o navegar do nosso querer
em vagas de felicidade e prazer!

Serão sonhos, certamente
mas sinto-os como se fossem reais,
gostaria que me dissesses,
que nos deixaríamos levar no dorso azul
deste mar de segredos e silêncios,
que nos enrolasse na espuma
de um sentir incontido,
pelas areias da praia!

Ah...como eu gostaria que esse teu poema
do sonho, que me afaga o espírito,
murmurasse o nosso despertar,
abraçados, sob o sol do deleite,
pelo crepitante fogo
dos nossos corpos em êxtase!

José Carlos Moutinho

sábado, 26 de janeiro de 2013

Sentires desatinados





Gritam os medos, soltam falsos ais,
sufocam palavras de humildade,
sofrem nos sons do silêncio,
soluçam dores ignoradas,
correm por vales invisíveis,
voam como pássaros desatinados,
caem como Ícaros desengonçados!

Nas encruzilhadas dos sentimentos
seguem pela estrada do mal,
ignorando a do bem,
sentem-se arrogantes na sua frustração!
As Galáxias da superioridade,
são o seu frágil habitat!
Pavoneiam-se de asas abertas,
que se torram no sol da verdade!
Não passam de corpos onde se escondem mentes
perversas que se fundirão em cinzas!

Estranho este mundo, de muitos mundos,
onde as consciências de uns,
são a provocação para outros!
A sua liberdade é a limitação de alguém!
Os seus direitos, não acabam
onde começam os direitos dos semelhantes!

Cosmos de contrastes,
onde viver é uma batalha,
quem atingir, incólume o final, é um herói,
vencedor desta guerra louca
em que estamos inseridos!

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Mentes malignas





Pululam como simples mosquitos,
picam aqui e ali, sem consideração,
voam como vespas sugando venenos
que injetam em corpos indefesos!
Rugem como raios,
nas palavras feitas dardos que se cravam
na ingenuidade de seres de boa índole,
e sorriem na sua desfaçatez,
imbuídos pela vaidade e arrogância!
Calmamente vociferam palavras de provocação,
como se fossem donos da verdade,
mentem e difamam sem razão,
fazem dos seus gestos armas de arremesso!

Oh...seres desprezíveis,
possuídos por bactérias do mal
que maculam a harmonia,
tentam corromper a felicidade
com os seus esgares de indignidade!

...E andam por aí, soltos,
disfarçados de pessoas,
soprando sarcasmos, como ventos malignos,
provocando tempestades e dilúvios
para prazer das suas almas negras!

Misturam-se pelos caminhos da vida,
com gente de bem,
confundindo-se e enganando-se a si próprios
tropeçando nas suas mentiras
e atropelando quem segue o caminho certo!

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

Ver esta publicação no Instagram

Live Planeta Azul Editora

Uma publicação partilhada por Planeta Azul Editora (@planetazuleditora) a