quarta-feira, 27 de março de 2013
Reflexão às palavras
A complexidade da mente humana
leva-nos tantas vezes a tomar atitudes inesperadas,
quando tudo está perfeito e em harmonia
por uma palavra, um gesto,
tudo se perde na incompreensão da razão!
Tantas vezes o que se diz,
não é tanto o que se pensa,
ou se se pensa,
não é entendido da mesma maneira
por quem nos lê, ou ouve!
Perdem-se paixões, morrem amores,
porque as palavras ofenderam ou melindraram,
fazem-se conceitos errados, precipitados,
e deixamo-nos cair em sofrimento desnecessário,
porque a nossa irracionalidade
não quer aceitar o obvio, por acomodação!
Ah...mundo este, de mentes sensíveis,
de corações aluados,
que levam tudo a perder no mar da tristeza,
quando se podia navegar docemente sobre as águas da felicidade,
sob o luar do amor e da harmonia,
e despertar na razão da paixão que se faz amor,
nas areias das praias quentes do prazer e alegria.
José Carlos Moutinho
terça-feira, 26 de março de 2013
Nuvens de pétalas
Ah...como quisera eu agarrar as nuvens
transformá-las em pétalas,
das mais belas flores,
e com as minhas mãos,
fazer-te um cintilante bouquet,
impregnado de exóticos aromas,
que te inebriassem de anseios,
do querer da minha paixão!
Quando a brisa nos acariciasse os corpos,
na sua doce passagem,
faria dela mensageira,
para te murmurar delicadamente,
os mais belos poemas de amor,
escritos pela minha alma,
e cantados pelo meu coração,
na ternura da tarde,
acariciada pela luz suave do ocaso,
espreguiçada no horizonte,
em brando relaxar!
Ah...Quisera eu, fazer do azul do luar
Um manto de cetim, com fios dourados
Do sol da minha ilusão,
para te cobrir com o meu amor
e fazer-te minha rainha.
José Carlos Moutinho
quinta-feira, 21 de março de 2013
ÉS POESIA
És a folha seca esvoaçada
que se aconchega no remanso
do rio,
és canoa que navega em águas
revoltas!
És a ilusão inventada
do amor sucumbido;
És paixão exaltada por
quimeras,
musa imaginada em utopias!
És a doçura do olhar na
solidariedade,
raiva incontida na injustiça!
Podes ser dor e tristeza em melancolia
Como suspirar na nostalgia da
saudade!
És o grito de alerta no teu
patriotismo
pelos direitos que te negam!
És sorriso no enlevo dos
namorados,
és canção na melodia das
palavras!
És rude ou meiga, apaixonada
ou não,
feliz pelo que dás,
infeliz na incompreensão
de te acharem inferior!
Encantas com as tuas
palavras belas
na descrição da natureza,
deslumbras com as cores da
Primavera!
Quem serás tu afinal...
Serás gente, serás vento,
quiçá brisa que nos acaricia
nas noites quentes de verão,
ou vendaval de sentimentos
desatinados,
talvez tempestade em noites
de tristeza!
Serás tudo isso,
serás amor e ódio,
mas és somente o enigma que
se resume numa palavra:
ÉS POESIA
José Carlos Moutinho
sábado, 16 de março de 2013
Lançamento de "CANTOS DA ETERNIDADE"
Hoje, em Lisboa, será o lançamento do meu livro de poesia
Na Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, em Telheiras, pelas 17 horas.
quarta-feira, 13 de março de 2013
Este mar de ilusões
Perco-me nos pensamentos
levados pelo azul
deste mar que me invade de
saudade!
Quisera que estas brumas
que me cobrem de nostalgia,
se metamorfoseassem em sóis
de felicidade,
e me fizessem navegar por
estas águas calmas,
embalado nos braços da minha
amada!
Este desejo que me toma a
alma,
não passa de quimera
esvaida na brisa,
que me sopra impiedosa!
Descanso os meus olhos
cansados,
no horizonte das minhas
esperanças,
deixo-me deslizar pelo
cheiro da maresia...
Talvez encontre na areia
que se faz praia, naquela
ilha lá longe,
outro amor que me faça
esquecer
Este, que se perdeu no
desencanto da vida!
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 8 de março de 2013
Simplesmente, mulher
Mulher ser tão especial,
plena de sensualidade
e profunda sensibilidade!
Mulher de contrastes
e de mente tão
incompreensível,
mulher de paixão, de loucura
inimaginável
do amor e dos desvarios!
Mulher que trai, que ama,
que idolatra,
fêmea de desejos incontidos,
do sorriso que fascina,
do abraço que cativa,
e da entrega que leva ao
clímax!
Mulher mãe, que sofre,
que amamenta, que cria
que luta até à exaustão
pelas suas crias!
Mulher de sacrifícios e
realidades
de doce caminhar de cabelos
ao vento,
em sublime encanto!
És fêmea que transforma a
rude atitude do macho,
na delicadeza da tua
submissa carícia!
Ah...Mulher de tamanha beleza
física,
que esconde tanta maldade;
E tanta bondade em coração
de mulher menos bela,
estranho paradoxo de beleza
exterior em discordância com
a interior!
Mas tu, mulher, tens a força
do domínio sobre os homens,
no teu simples jeito de
seres mulher,
tanto prostras a teus pés
senhores poderosos
como podes ser escrava do
homem mais simples,
porque és acima de tudo,
Amor!
José Carlos Moutinho
terça-feira, 5 de março de 2013
Minha triste Pátria
Quero ser solidário com todos os meus irmãos
deste Portugal triste e envergonhado!
Quero fazer chegar bem alto a minha indignação,
soltar o meu grito de raiva,
por tanta humilhação infligida ao nosso povo!
Gritarei como o Zeca
Grândola, vila da fraternidade,
terra Morena da tristeza
que escurece as nossas almas!
Gritarei a minha revolta,
até que minha voz se canse
e se faça justiça sobre as cabeças,
de gente sem alma, sem escrúpulos!
Ah... minha Pátria querida,
tu que também és vítima impiedosa,
de tanta maldade e arrogância!
Portugal de povo ordeiro, que sofre impunemente,
que luta com a sua voz, com aroma de cravos,
armas do coração e da carência,
Mas Ignorados por ouvidos surdos,
De presunção e falta de inteligência!
Talvez a nossa voz seja insuficiente, Pátria,
e tenhamos de usar outras armas
para extirpar tanta maldade e frieza!
Só queremos pão, paz e cultura
e tudo nos é cerceado!
Acode-nos Pátria das nossas glórias,
desperta dessa letargia, em que te deixaste envolver,
expulsa as ervas malignas,
desta plantação do nosso anseio
queremos a liberdade de Abril
com dignidade, um lar, e sem fome.
José Carlos Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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