sábado, 13 de julho de 2013

Redes sociais



   Na solidão do meu silêncio, levo-me por pensamentos soltos, livres de preconceitos e complexos por mares de dúvidas, umas vezes e, por conclusão, outras.
Referem-se esses pensamentos ao fenómeno dos chats e das chamadas redes sociais.
É coisa nova, que, a par de tantas outras, se nos vão deparando e entrando pelas nossas casas, alterando profundamente os nossos comportamentos, e, quer queiramos, quer não, modificando-nos o nosso “modus vivendi”.
Talvez daí, não venha o mal, já que se pode considerar como uma nova forma de conviver, que por acaso acontece, numa velocidade vertiginosa, que nos permite interagir em segundos.
Se pensarmos, que antes desta modernização, a comunicação entre as pessoas era lenta e escassa, podemos até congratularmo-nos com esta evolução.
Mas os meus pensamentos, que como atrás referi e que voavam algo perdidos, pela dúvida simultânea e paradoxalmente pela certeza, tem a ver com a falsidade que existe nestas redes, ditas sociais.
As pessoas com perversos sentimentos passam-me por anjos...os anjos tomam atitudes de malvadez. Felizmente que a maioria, “ainda” são pessoas de bem e normais.
Vive-se num conflituoso mundo de mentiras e verdades. Harmonias e invejas. Sinceridade e falsidade. Honradez e vigarice. Moralidade e imoralidade. Falso altruísmo e real bondade. Solidariedade e negligência. E é neste meu divagar pelo deserto do meu silêncio, que todas estas perguntas se aproximam de mim, no desejo de uma resposta, que infelizmente, não tenho capacidade para dar.
E leva-me a esta interrogação:
Será que o mundo real está tão deturpado, tão falso e maldizente, que transpira copiosamente para as redes sociais e, aí, porque se escondem por detrás do anonimato, muitas vezes, podem dar azo à má formação de que estão imbuídos?
Enfim, o meu silêncio foi interrompido pela campainha, acionada por alguém, lá fora, no portão que me despertou do meu viajar pelo mundo da minha solidão.

José Carlos Moutinho
13/7/13

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Gostaria ser poeta



Ah...como eu gostaria que as palavras
voassem da minha alma
com asas de mariposa
e ondulassem por aí, sem rumo,
ao sabor do vento da poesia,
Que cada verso tivesse a magia da metáfora
que se fizesse ilusão nas quimeras inventadas
e as pessoas viajassem pela fantasia
ao beijarem essas minhas palavras!

Ah...como eu gostaria ser a eternidade
do meu sentir
na viagem pelos tempos das utopias
metamorfoseadas em sonhos realizados,
ser recordado pela minha vontade
em fazer das palavras, simples poesia!

Ah...como eu gostaria
de me sentir poeta
pela força que os versos me concedem
mas eu simplesmente fracasso
perante a doce beleza da poesia
que se recusa a deixar-me criar!

Sinto-me humildemente rendido
à minha frágil capacidade criadora,
escrevo porque sou teimoso e atrevido,
não passo de uma alma sonhadora.

 José Carlos Moutinho

Geografia emocional



Havia um tempo em que as consciências tinham a consciência da sinceridade e honestidade.
Todavia, com a voracidade deste viver perturbado e indiferente a sentimentalismos, verificamos que os valores se perdem na mesquinhez de muitos, em detrimento da moral e da dignidade.
São emoções, sem emoção o que acontece no dia-a-dia.
Correm para o desconhecido da ambição, como loucos; Quando pensam que lá chegaram, constatam que afinal se perderam neles próprios.
Pereceu a solidariedade nas pessoas, diria mesmo que deixaram de ser humanos, perante a indiferença e alheamento dos que os cercam.
Talvez sejam desvios geográficos nas mentes moribundas de emoções.

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Quem sou eu?



Vagueio-me por nuvens de pensamentos
em busca de algo que ignoro.
Perco-me na obscuridade das galáxias
e deparo-me com a minha insignificância
como ser neste espaço geográfico de mim!

Assusta-me pensar-me nada,
perante a grandeza do universo.
Sou átomo vazio de mim.
Sou alma, que me habita e que desconheço!

Acometem-me desejos vindos de espaços ou células,
da mente ou do cérebro
e tudo é estranho para mim,
neste mundo estranho!

Após a minha viagem interplanetária,
aterro-me neste solo que me sustenta o peso
que eu dificilmente controlo,
Interrogo-me, perturbado:
Quem sou eu?

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sonho ou miragem




Ah...como eu desejaria
que os meus sonhos fossem aves
que levassem pelos céus das ilusões,
as minhas mais prementes emoções
e que nesse esvoaçar de sentimentos,
eu sentisse os murmúrios melódicos das estrelas
e com a carícia da brisa,
se tornassem realidade!

Nesta visão quimérica,
observo deliciado as cores da paixão
aconchegadas nas flores
oscilantes de vida perfumada,
onde vejo o verde da minha esperança
no amor que se solta,
entre papoilas vermelhas
de pura sensualidade!

Tudo me sorri à minha volta
Não sei se será sonho ou miragem,
só sei que o meu coração lateja
numa doçura que me embala
em crer que existe o amor
e que nele está a felicidade.

 José Carlos Moutinho

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Se eu fosse poeta



Se eu fosse poeta...
...Gostaria dizer ao mundo
quão importante és tu para mim...
Gostaria fazer uma canção de belas palavras
que fizessem emocionar as estrelas,
fazer versos onde eu exaltasse a minha paixão
e soltá-los ao vento,
que atravessassem oceanos e mares
e dissessem ao incrédulos
que o amor existe e está em nós!

José Carlos Moutinho

terça-feira, 2 de julho de 2013

Sussurro da minha alma



Ah...como eu gostaria dizer-te
em palavras inventadas,
que o meu coração vibra
só ao olhar o teu sorriso fascinante..
Mas falta-me inspiração
e as palavras doces ruborizam-se
de tanta paixão e volúpia...
Fico-me pelo silêncio
que só tu sabes ouvir
porque é o sussurro da minha alma
em devaneios pelo amor em nós

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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