segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Navegando pela memória
A minha canoa de memórias ainda navega
Por aquela tarde de verão, de sol esmorecido,
no mar de uma emoção de total entrega,
do amor que um dia, na praia, havia nascido.
Lembrar o passado pode ser nostálgico,
mas se há lembrança, existiu alegria,
neste contexto tudo me parece lógico,
por isso lembrei-me fazer esta poesia
Os olhos dela tinham encanto que fascinava,
de verdes íris, como a bela esmeralda,
quando na rua caminhando, ondulava,
com o perfume da mais bela grinalda.
Os seus curtos cabelos de tons castanhos,
esvoaçando ao sabor das velas da minha ilusão,
deixavam-me extasiado, com tantos encantos,
levando-me ao sabor do vento da minha paixão.
A minha memória recusa-se apagar esta história,
que marcou os trilhos da estrada da minha vida,
aquela mulher será para sempre, a minha glória,
gravada em poesia de muita felicidade sentida.
José Carlos Moutinho.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
S.Martinho
Foi Santo, segundo reza a lenda,
Foi caridoso para com um pobre,
Da capa fez manto como prenda,
Para o cobrir do frio, gesto nobre.
Era húngaro, de nascimento,
Mais tarde foi para Itália, Pavia,
Foi soldado com sentimento
E tornou-se bispo de Tous, um dia.
Conta a lenda que no dia 11, gelado,
Depois da capa tapar o pobre, do frio,
O sol esplendoroso e acalorado
Surgiu inesperadamente do sombrio.
Assim se dá conta do sol de S.Martinho,
Que no outono álgido e cinzento,
Com castanhas assadas e bom vinho
Se comemora com alegria, este evento.
Viva o S.Martinho, soldado e Santo
Que nos concedeu esta festa com alegria,
Das castanhas e do vinho fazemos canto
E com sol e bom vinho, festejamos o dia.
José Carlos Moutinho.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Abraço o mar
Quero abraçar este mar
Que me murmura palavras de amor
Trazidas pela brisa
Em aconchegos de melodias!
Quero absorver este ar de maresia
Que me invade os sentidos
E tempera os meus anseios,
Quero deixar-me fascinar
Pelo reflexo do sol sobre as suas águas
E descansar o meu olhar,
Contemplando a imagem serena do horizonte
Onde se confundem os azuis
Do mar que termina
E do céu que começa!
Deslumbrado, confundo-me
Se não será onde os dois terminam ou começam,
Porque subtilmente
Divide-os uma ténue linha divinal,
Pintada com as cores do infinito
Que me traz a serenidade
E me acalma os sentidos!
Com as velas içadas das ilusões,
Ao sabor da ondulação das minhas emoções,
Navego sem rumo,
Somente guiado pelo farol estelar,
Talvez encontre o amor
Que tanto busco e jamais encontrei.
José Carlos Moutinho.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Palanca negra
Tem elegância e porte soberano,
Agilidade e velocidade de encantar,
É um animal quase em extinção,
Mas que felizmente tem-se vindo a recuperar;
Seria de uma terrível tristeza se isso acontecesse
Pois a fantástica e linda Palanca,
Tem a beleza, no seu quotidiano,
Quando se passeia garbosamente entre os seus
E nos deslumbra na sua altivez!
Palanca negra, símbolo da “nossa” Angola,
Que entre todos os animais,
Nos prende no olhar do nosso fascínio!
As suas hastes de elaborada arquitetura,
Curvadas pelo capricho da sua anatomia,
Enrugadas como belos reco-recos,
Faz-nos sonhar...
Pensando no belo e incrível da fauna
E na Natureza, que muitos desprezam!
Temos na Palanca Negra a magnitude
Da perfeição animal.
José Carlos Moutinho
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Abraço
Muita gente passa a vida sem viver,
sequer sabe o que é o sentimento
da amizade, em sorriso de bem-querer,
porque vive em total enclausuramento.
Basta abrir simplesmente os braços,
receber o calor de um amigo no seu peito,
no abraço que tem de amor, os traços
na amizade o encanto do momento feito.
Abraço, de significado tão importante,
para os tem por companhia solidão e dor,
gesto tão simples de carinho é bastante
na partilha de um sorriso com amor.
Abraço de volúpia em momentos de paixão,
ou simples, como é a vida sem complexos,
serão complexos, se forem falsos, sem emoção,
abraços, o eterno prazer dos belos amplexos.
José Carlos Moutinho.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Este mundo de nadas
Tanto se corre por este mundo de nadas,
onde se choram tantas agruras calcinadas
em jardins de soluços e dores plantadas,
sob os mantos de céus de cores choradas.
Quando podiam simplesmente ver o belo,
que nos rodeia em cada raiar da alvorada,
porém preferem o enredo ao singelo,
assim levam a vida em triste toada.
No final da existência mentes mudarão,
arrependimentos nascem tardiamente,
porque o que foi feito não mais terá perdão
Mas entre o bom e o mau existe razão,
que algumas almas terão sempre presente,
procedendo com a bondade no coração!
José Carlos Moutinho
domingo, 3 de novembro de 2013
Sonhando utopias
Gostaria de ser poeta e
criar ilusões
Em corações deprimidos pela
desesperança,
Inventaria poemas e
encantadas canções
E faria da tempestade da
vida, Bonança
Há dias que não estamos tão
bem,
Mas a vida continua, sem
parar,
Por isso é sempre bom ter
alguém,
Que nos abrace
e incentive a continuar
Hoje quero
voar sobre vales de ilusão,
Levo comigo
todos os meus amigos,
Iremos de
coração ao alto e com emoção,
Soltaremos
todos os nossos ais reprimidos
As libélulas
voam sobre nenúfares em flor,
Nós sobre
escombros da vida, podemos pular,
Façamos deste
mundo uma tela multicolor,
E sigamos por
esta estrada sempre a cantar
Hoje
apetece-me ser levado nas asas da utopia,
Viajar sobre
rios e vales de quimeras floridas,
Aspirar o
perfume dos campos, em sintonia,
Com alegria,
paixão e felicidade incontidas
José Carlos
Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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