sexta-feira, 4 de maio de 2018
quinta-feira, 3 de maio de 2018
quarta-feira, 2 de maio de 2018
Como vendaval
...
E continuas a inventar palavras
que me ecoam como vendaval,
quando sorris, lembras-me tardes doentias,
melhor seria calares-te
talvez o teu silêncio me falasse do teu pensar
e eu pudesse entender-te
José Carlos Moutinho
Porquê?
...
Porque me correm rios pelos olhos
se as minhas margens secaram com a estiagem?
Porque há lagos no meu olhar
se o deserto os secou?
Porque me chora a alma
se as lágrimas se exauriram na saudade?
Porque se enrugaram as minhas mãos
se elas ainda têm carícias para oferecer?
Porque corre tão veloz o tempo
se eu tenho todo o tempo do mundo?
Se alguém souber que responda!
José Carlos Moutinho
Por ironia
...
Das minhas mãos juvenis
voavam sonhos em asas de utopia,
nas palavras escritas havia um sentir tão feliz
mas que, jamais, admiti pensar que florisse poesia...
o tempo, senhor da vontade, percorre longos carris,
troca-nos viagens, modifica-nos anseios, talvez por ironia
José Carlos Moutinho
terça-feira, 1 de maio de 2018
Olhava a lonjura
...
Eu olhava a lonjura
tentando encontrar-te...
o meu olhar perdia-se no horizonte
e eu não te via...
Frustrado, olhei em meu redor
e o meu coração sorriu ao ver-te,
não eras lonjura
mas sim, presença,
com a singeleza
do cintilar dos teus olhos
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 25 de abril de 2018
VIVA O 25 DE ABRIL
Que o 25 Abril foi excelente
é um facto fantástico e admirável,
que a liberdade esteve tremente
francamente não foi agradável
O tempo foi ensinando democracia
que aos poucos se implantou,
embora nem sempre em sintonia,
mas que ao povo de certo agradou
Liberdade é ter emprego e pão
ser igual em todas as circunstâncias,
que na justiça não haja distinção
direitos iguais, sem discrepâncias
Pelo 25 de Abril a Portugal voltei
de alegria senti minha alma rejubilar,
em Abril de Portugal parti e chorei
por não gostar do que vim encontrar
Viva o ideal de Abril agora e sempre
após 44 anos de grandes confusões,
que nosso povo jamais seja temente
a lutar pela liberdade sem restrições
José Carlos Moutinho
25/4/18
terça-feira, 24 de abril de 2018
Abril-Caminhada de 44 anos
Eles
gritavam viva a liberdade
numa
certa noite daquele Abril,
parecia
um sonho, mas era real
as
ruas enchiam-se de gente febril
Morria
naquela noite, a ditadura,
os
tanques militares eram imensos,
as
tropas do coração, faziam armadura
e da
alma soltavam sorrisos intensos
Abaixo
a tirania, morte ao fascismo,
gritos
da turba ecoavam pelas ruas,
esquecendo
os anos de ostracismo
de
40 anos de almas tristes e nuas
A
alegria foi de tão pouca dura, afinal,
outro
fascismo entrava audaz pela porta,
a
esquerda tencionava a bem ou a mal
tornar
Abril em coisa nascida morta
O
povo estava saturado de ditadores
não
queria voltar ao passado novamente,
então,
em Novembro, mudaram as cores
e a
liberdade permaneceu livremente
44
anos são passados desde então,
muito
mudou, positiva e negativamente,
vieram
até momentos de faltar o pão,
povo
temia, a ditadura já está presente
Assim
temos caminhado por esta liberdade
que
em Abril tantos gritaram entusiasmados,
até
se pensava ser mentira, mas é verdade
continuamos
pobres, somos uns desgraçados
Claro
que os desgraçados são sempre o povo,
aconteceu
até, tantos políticos enriquecerem,
só
esperamos não voltar à ditadura de novo
se
deixarem o SNS e os salários emagrecerem
Não pensem em proveito
próprio, mas sim no país
políticos, governantes,
banqueiros e outros que tais,
sejam patriotas, humanos, baixem
vosso altivo nariz,
os partidos políticos parecem
claques, em lutas rivais
No mesmo trabalho, homem e
mulher, salário igual,
que na Justiça e nos
direitos não haja desigualdade,
honrado seja sempre o nome histórico
de Portugal
grato aos militares, que em
Abril fizeram Liberdade
Viva o Abril de 1974, que a
chama jamais se apague
para que a abnegação de
tantos, não seja deturpada,
que o jardim de cravos da
liberdade não se estrague
continuando a florir
Portugal, a nossa Pátria amada
José Carlos Moutinho
Abril/2018
segunda-feira, 23 de abril de 2018
Só te pedia um sorriso
...
Só te pedia um sorriso
tu, displicente viraste o rosto
nada disso seria preciso
eu não sou vinho nem tu mosto
Só te pedia uma palavra, só uma
para que eu te pudesse responder,
calaste, não disseste nenhuma,
assim, ficaste tu a perder
porque de mim voaste como pluma
perdi o desejo de te voltar a ver
José Carlos Moutinho
domingo, 22 de abril de 2018
Sou tudo e sou nada
...
Sou sopro de brisa
que dura, se alguma tempestade não a eliminar,
Sou luz
enquanto o Sol estiver comigo,
Serei alvorada
se a noite me acordar pela manhã,
Sou tempo
enquanto o tempo me permitir,
Sou tudo e sou nada,
passageiro em viagem temporal
José Carlos Moutinho
sábado, 21 de abril de 2018
O meu Sol
...
Já tive um tempo de incredulidade
quando o Sol brincava comigo
fazendo-me sombra...
eu fugia, mas nunca conseguia
enganá-lo
ele sempre me perseguia
como continua a fazer até hoje!
A minha vida, porém, tem sido sempre
iluminada,
eu só consigo fazer sombra de mim
exactamente porque o Sol me
acompanha
pelos caminhos da minha vida.
José Carlos Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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