sexta-feira, 11 de maio de 2018

Juro

...
Juro que não quero escrever poesia
mas...de frente do meu computador
como numa maré de sinestesia
nasce em mim um mar desafiador...
Então sem resistir, esqueço o desejo
as palavras crescem como flores
mesmo sem querer levo-me no ensejo
e escrevo poemas em pétalas de amores

José Carlos Moutinho

Já voei

...
Já voei nas asas dos sonhos
naveguei em mares de fantasia,
cavalguei caminhos medonhos
subi montanhas com teimosia,
encontrei rostos tristes e risonhos
sempre carreguei comigo a alegria,
porque em mim vivem os sonhos
com que emolduro a minha poesia

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 10 de maio de 2018

És poesia, ó mar

Perfume de acácia

...
Que saudade do perfume de acácia
e do forte aroma de coco maresia,
de um tempo despido de falácia
a vida era vivida com imensa alegria...
Ai que saudade da lonjura perdida
pelos caminhos vermelhos, arborizados,
tantas vezes gritada emoção incontida
à sombra das copas, instantes deliciados
 
José Carlos Moutinho

quarta-feira, 9 de maio de 2018

As setes Freguesias de Tarouca

Não te iludas


...
Jamais te iludas, amiga ou amigo
que sempre estiveste lá na hora certa,
mas se pensas que o teu sentir é sentido
enganas-te quando sentes tua presença deserta

A vida é assim feita de espantos e enganos
vamos sempre aprendendo, o que parece não é,
deixemos, a água correr pelo leito dos profanos
fiquemos serenos vendo-a passar, sem perder a fé

José Carlos Moutinho


terça-feira, 8 de maio de 2018

Caminhos do tempo

...
Tenho percorrido os caminhos do tempo
e encontrado obstáculos e dissabores,
segui sempre em frente sem lamento
atravessando desertos e campos de flores...
porém, para mim, que viver é passatempo,
deparo com a simbiose de cinismos e amores
que nascem e morrem a todo o momento,
enquanto escrevo este meu apontamento

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 7 de maio de 2018

Não tenhas pressa, ó tempo

Só te peço, por favor, ó tempo
que, comigo, não tenhas tanta pressa,
não penses que eu sou como o vento
que por ti passa e jamais regressa

Deixa-me caminhar por esta estrada
por mais algum tempo, com alegria
e também com boa saúde confirmada
para eu ter tempo de sonhar utopia

Sabes que não é muito o que eu te peço,
quero em vida ver meu sonho realizado
que o meu romance tenha algum sucesso,
ficção, em que nunca tal havia pensado

Dirás, talvez, que é ambição desmedida,
sei do que esta minha vida me consignou,
navegar nesta onda literária tão sacudida
é inquietude do mar, que nunca se navegou

José Carlos Moutinho
7/5/18

Como uma miragem

...
Levo-me no voo de uma gaivota
que, de asas abertas busca o infinito
pelo horizonte de alguma terra remota
onde o sonhar consegue ser mais bonito

E se a gaivota pelo caminho se perder
agarrar-me-ei a qualquer onda que me entenda
e no cintilar do sol, irei aonde o destino quiser
será lugar, talvez, onde a alegria me transcenda

José Carlos Moutinho

sábado, 5 de maio de 2018

Com as palavras eu gosto


Sim...com as palavras, eu gosto
de imaginar outros e belos mundos,
digo com toda a certeza e até aposto
que são da minha vontade, oriundos

Com as palavras, quadras eu não fazia,
de repente deu-me o desejo de as criar,
dizem que é pobre este tipo de poesia
como rico não sou faço dela o meu par

Importante ter conteúdo assaz assertivo
para que a mensagem seja entendida,
pois, se isso não acontecer é um castigo
para quem as ler, que ficará arrependida

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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