domingo, 29 de julho de 2018

Queria ó vento


Queria ter-te agarrado ó vento
naqueles imensos momentos
em que tu sopravas quietude…
não te segurei, por displicência

agora de nada adianta eu prender-te,
porque tu próprio mudaste,
andas agitado,
sopras para todos os lados
como se estivesses tu, também, inquieto
do mesmo jeito que eu,
desassossegado e descontente
com o voar das emoções
transformadas em aluviões
que tudo inundam e destroem

José Carlos Moutinho

sábado, 28 de julho de 2018

Na Lua não vi vermelho

Olhei pró céu, juro que sim
da lua nem um pequeno sinal,
fiquei desiludido, enfim
queria ver o vermelho anormal

Mas lua pregou-me a partida,
eram 22,30 olhei o firmamento
lá estava ela a rir-se, convencida
da parvoíce do meu desapontamento

Do vermelho nem uma pinta sequer
o que vi foi uma lua bem iluminada
de uma luz linda como uma mulher
que por mim fosse apaixonada

José Carlos Moutinho
28/7/18

terça-feira, 24 de julho de 2018

agora...

...
Quando eu voava em ilusões
era inocentemente feliz,

depois, com o viajar do tempo
as ilusões esmoreceram
perante a realidade,

agora, simplesmente...
deixo-me viver
entre o ser feliz
e a desilusão

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Futuro passado


Sorrisos que surgem como cogumelos
palavras que voam como borboletas
em devaneio,
sentimentos naufragados em marés agitadas
de mares por inventar,
vontades expressas perdem-se por atalhos ocultos,
abraços tornados tenazes de lassidão,
promessas são folhas soltas que esvoaçam sem rumo...

haverá futuro
para esta nova constelação humana
ou este futuro já é passado?

José Carlos Moutinho

domingo, 22 de julho de 2018

Palavra

...
O que vale a palavra dada
se a intenção é de não cumprir
será que a humanidade está arredada
ou a sinceridade está absolutamente a ruir?
Parece que todo o mundo está em debandada
por tortos caminhos onde a vontade é de destruir,
valha-nos a acalmia de uma serena tarde de chuvada
com som melódico sobre telhado de zinco de novo porvir!

José Carlos Moutinho

sábado, 21 de julho de 2018

Deixa-me

...
Deixa-me ter esperança
não cerceies os meus sonhos
de querer viajar em doce bonança
por mares que não sejam medonhos,
este meu louco viajar é anseio de criança
porque jamais pensei em ventos enfadonhos
mas que agora, nesta sétima me veio à lembrança

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 20 de julho de 2018

Leitores…e amigos




Quem edita um livro, acredito que, tal como eu, o faz com grande expectativa e emoção para que obtenha bons resultados, apesar de sabermos que é muito complicado neste meio demasiadamente inflacionado e até anarquizado. Mas, frustrante é não nos darem o benefício da dúvida, adquirindo o que escrevemos. É nessa aquisição que se encontra bem instalado o nosso sucesso, de nada adianta desejarem que o tenhamos, por simpatia, embora, obviamente seja agradável, mas não nos leva a lado algum. Leiam-nos e depois critiquem ou elogiem se acham que o escritor os merece.
Sei que é um risco este texto, posso até, ser mais prejudicado que beneficiado, mas, francamente, cheguei a um ponto, depois de 10 livros editados e, sinceramente, com bastante sucesso, para quem é pequeno, que já nem penso tanto nas consequências negativas, penso sim é que em cada livro que eu edite tenha mais qualidade. Não sou jovem e o tempo já corre ao contrário dos meus anseios.
Leiam-me, já nem falo em livros de poesia, mas sim, nesta minha nova faceta em prosa, na forma de romance.

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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