quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Pensava eu


pensava eu que eras a água cristalina
que corria no meu rio
mas bastou que o vento te soprasse
para que turvasses o meu caudal
e manchasses as margens
felizes do meu coração…

que, enegrecido,
irá em busca de outras águas
menos volúveis
que consigam purificar
e estabilizar a corrente conspurcada
que em mim, agora, desliza

José Carlos Moutinho
22/8/18

Plágio é proibido
ao abrigo do Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Sou

...
Sou brisa nas tardes amigas
sou vendaval nas noites de falsidade
sou tempestade em dias de hipocrisia
sou o abraço do tempo da sinceridade
sou sol, sou lua, sou verdade na cena da vida

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Como poderei esquecer


PARA TI QUE ME LÊS


Cantasse felicidade


...
Ah...poeta eu fosse
e faria do mundo uma metáfora
com palavras pintadas de vermelho paixão,
vestiria os rios com as mais belas pétalas de rosa,
inventaria sorrisos nos abraços
e faria rimas com a alegria dos humanos,
distribui-as por quadras ou sonetos
perfumados em versos do mais belo poema
que pelas estrofes da vida
cantasse felicidade...

José Carlos Moutinho
20/8/18

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

A poesia e o poeta

A poesia é de todos
não é de ninguém,
é de quem a lê
não de quem a escreve...

o poeta é um privilegiado
pelo seu dom,
encontra a sua glória
na apreciação do leitor
ao que escreve...

ser poeta, não é ser superior,
é um ser igual, porém,
diferente dos outros...

a poesia não existiria
sem o poeta,
mas, talvez, o poeta sem a poesia
se sentisse incomodado...

não é poeta
aquele que se julga tal,
será poeta, quiçá,
o que conseguir entrar na essência
do sentir de quem o lê

José Carlos Moutinho

ao abrigo do Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

domingo, 12 de agosto de 2018

Pensamentos

Todos temos uma certeza na vida, um dia ela termina, 
ainda que não queiramos e é aqui, que devemos pensar 
que somos nada na vida que julgávamos ser nossa

****

Aceita sempre a mão do humilde, 
recusa a do arrogante, 
este acha-te inferior e, certamente, 
causar-te-á algum dano

Porque é Domingo

...
Hoje, porque é domingo
e só porque é, realmente, este dia,
levo-me nas asas do meu sentir
em voo rasante pelas planícies da felicidade
sorrindo a quem eu vir, com alegria,
distribuindo abraços coloridos de poesia
assim, talvez eu consiga chegar ao cume da liberdade

José Carlos Moutinho
12/8/18

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Tons garridos

 
 
Fiz um pacto com a poesia
nunca me pensar poeta,
se alguém o disser por simpatia
então admitirei como coisa certa

Mesmo assim, terei reticências,
pois a poesia tem tal categoria
que não serão minhas preferências
a achar que com ela estou em sintonia

Vejo por aí tão belos poemas
de gente que também nada diz
se é poeta ou escultor de temas,
sei que a escrever me sinto feliz

Ser poeta é poder voar, tal gaivota
sonhar utopias em desertos floridos,
é inventar vitória perante a derrota,
e escrever tristeza em tons garridos

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

mágoas suadas

...
as águas correm desassossegadas
por rios de margens silenciosas
carregam mágoas suadas
de chuvas cinzentas e falaciosas
talvez, quando estiverem cansadas
as chuvas se tornem radiosas

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Ai, socorro, Senhor

Ai este ardor que me invade o peito
será de paixão, amor ou deste calor,
não sei o que sei é que não há jeito
para fugir a esta canícula sem pudor

Foram tantos a falar mal deste verão,
agora só se vê por aí gente a queixar
que assim ninguém aguenta o calorão,
pedem chuva para este calor abrandar

José Carlos Moutinho
2/8/18

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Mais um dia, mais um mês

E nesta louca correria do tempo
mais um dia, mais outro mês,
assim, nem com a ajuda do vento
conseguiremos fazer o que não se fez

Chegou Agosto quente tal mosto,
logo, logo, estaremos em Setembro,
há que olhar o tempo de alegre rosto
pois rapidamente chegará Dezembro

Ó tempo não tenhas muita pressa
não aguentamos a tua velocidade,
pareces ter feito alguma promessa
para destruíres nossa física integridade

José Carlos Moutinho
1/8/18

terça-feira, 31 de julho de 2018

Não apagará

Não haverá vento
que apague as vivências
escritas nas areias do tempo,
nem marés que afoguem sentimentos,
nem sol haverá que queime as lembranças...

Mas...a acalmia do luar
fará libertar da alma, a saudade
que como água cristalina
deslizará pela essência da recordação,
buscando utopicamente
o renascer do passado
nos caminhos do futuro

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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