terça-feira, 4 de setembro de 2018

Uma certeza




Caminhei sobre pedras gastas
quando encontrei um caminho,
sentimentos e emoções bastas
que recebi sempre com carinho
na encantada terra sem castas
onde nasci, de nome Sobralinho

Viu-me a luz certo dia de Junho
no palácio onde vivia a pobreza,
o destino escrevia um rascunho
lembrando que não era nobreza
a que me servia de testemunho
porém, a felicidade uma certeza

A revolução de Abril de certo ano
fez do meu palácio, centro social,
talvez o palácio fosse um engano
direi que seria palacete senhorial,
na aldeia tinha aspecto palaciano
ao revê-lo senti um choque brutal

José Carlos Moutinho
4/9/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

Se não entendes

...
Se não me entendes
porque teimo eu em escrever
será que te ofendes
com o que eu quero dizer?
Jamais escrevo o que pretendes
isso já tu devias perceber
se mesmo assim não aprendes
nada mais direi para te convencer

José Carlos Moutinho
4/9/18

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Solta as tuas palavras

...
Porque me olhas assim
com esse olhar displicente
se me sorris com tua boca carmim
e sinto que não te sou indiferente?...
Solta as tuas palavras no meu jardim
que me farei teu jardineiro eternamente
em cada dia do nosso viver faremos um festim
para o vivermos com felicidade,apaixonadamente

José Carlos Moutinho
3/9/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

O Poder da Lusofonia na Diáspora Africana - Dr. Luandino Carvalho, Guima...

sábado, 1 de setembro de 2018

Sábado

...
E porque é sábado, hoje
escrevo-te estas letras
que te dirão da minha saudade
porque o meu tempo já me foge
ainda que eu esconda a realidade
a verdade é que o tempo me faz caretas

José Carlos Moutinho
1/9/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Olhei-.te

...
olhei-te e vi o sol
quis abraçar-te, eras nuvem
murmurei-te palavras que o vento levou
pensei-te imaginação ou miragem
pelo anseio de te sentir,
fiquei sem saber quem eu sou
foste utopia de inventada imagem

José Carlos Moutinho
31/8/18

Plágio é crime punido pelo
Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Soneto de sentimento vazio



Foste sopro de passagem do tempo
vinda numa tempestade encharcada
de uma noitada de deslumbramento
que esqueci e de ti não deixou nada

Creio que em ti, de mim nada ficou
como o sopro, a tempestade partiu
daquela noite nada mais restou
o que partilhámos mais ninguém viu

Como as folhas que voam, são os instantes
que não deixam quaisquer recordações
se os sentimentos são simples andantes...

A vida é também, assim, passageira
que pode marcar ou ignorar alguém
e para o evitar não temos maneira

José Carlos Moutinho
30/8/18

Plágio é crime punido pelo
Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Perguntei ao vento

...
perguntei ao vento
que por mim passou
se trazia algum lamento
daquele amor que acabou...
e o vento majestoso respondeu
que de tal, jamais se lembrou
correra tanto que não tivera tempo
de agarrar a carta que alguém escreveu

José Carlos Moutinho

sábado, 25 de agosto de 2018

Vida


Pode chover,
ainda que seja temporal,
pode o calor ser insuportável
ainda que o Sol seja impiedoso,
pode anoitecer
mesmo que o breu te esconda,
porque em mim
jamais deixarás de ser presença,
és a minha vida
e se eu vivo é porque tu me permites
vida minha, minha essência

José Carlos Moutinho
25/8/18

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Pensava eu


pensava eu que eras a água cristalina
que corria no meu rio
mas bastou que o vento te soprasse
para que turvasses o meu caudal
e manchasses as margens
felizes do meu coração…

que, enegrecido,
irá em busca de outras águas
menos volúveis
que consigam purificar
e estabilizar a corrente conspurcada
que em mim, agora, desliza

José Carlos Moutinho
22/8/18

Plágio é proibido
ao abrigo do Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Sou

...
Sou brisa nas tardes amigas
sou vendaval nas noites de falsidade
sou tempestade em dias de hipocrisia
sou o abraço do tempo da sinceridade
sou sol, sou lua, sou verdade na cena da vida

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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