sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Deixa-me

...
Deixa-me agarrar a brisa
e colocá-la na tua mão...
a minha emoção é juíza
do ardor da minha paixão
mas se a brisa desejas recusar
eu te ofereço o sol se quiseres,
é assim este meu jeito de amar
estejas tu onde estiveres

José Carlos Moutinho
14/9/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Voem, desvairadas


Voam por aí algumas aves negras
batem as asas como tempestades,
voam tão baixo que ofendem o vento,
em voos picados chafurdam na frustração
por não conseguirem voar livres como gaivotas,
a ambição ofusca-lhes a visão
tornando-as prisioneiras da sua incapacidade
então voam desatinadas
perturbadas por não conhecerem o sucesso

José Carlos Moutinho
13/9/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

domingo, 9 de setembro de 2018

És eco


És eco do meu pensamento
e onda do meu navegar
és poema que não comento
da metáfora que te quero dar

Sinto-te na rima que invento
pintada nos versos do meu poema
que contarei um dia ao vento
quando eu me soltar desta algema

José Carlos Moutinho
9/9/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

Brincar com o tempo

Olhei o tempo que se foi
que nada disse, porque já tinha ido
mas se o tempo fosse presente
de certeza de que falaria comigo

porque o tempo somos nós
que o fazemos ser nosso tempo
somos nós quem lhe dá voz
e ele nos oferece o pensamento
José Carlos Moutinho
9/9/18

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Pois...




Os comportamentos humanos são, por vezes,
      iguais ao tempo, mudam conforme os ventos

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Alguma poetisa

...
Há momentos em que me apetece
adormecer nos braços de alguma brisa,
talvez assim o vento que me esmorece
se tornasse a tela de alguma poetisa
que me encantasse na noite que acontece
quando de amor, meu tanto coração precisa

José Carlos Moutinho
6/9/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Uma certeza




Caminhei sobre pedras gastas
quando encontrei um caminho,
sentimentos e emoções bastas
que recebi sempre com carinho
na encantada terra sem castas
onde nasci, de nome Sobralinho

Viu-me a luz certo dia de Junho
no palácio onde vivia a pobreza,
o destino escrevia um rascunho
lembrando que não era nobreza
a que me servia de testemunho
porém, a felicidade uma certeza

A revolução de Abril de certo ano
fez do meu palácio, centro social,
talvez o palácio fosse um engano
direi que seria palacete senhorial,
na aldeia tinha aspecto palaciano
ao revê-lo senti um choque brutal

José Carlos Moutinho
4/9/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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