quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Suspirar


Há em cada suspiro um sopro
de angústia ou de simples suspirar
talvez por falta de um escopro
que esculpe esta forma de amar

Nem sempre suspirar é de tensão
quantas vezes é um simples respirar
de um momento de grande emoção
que leva o pensamento a viajar

Neste suspirar a vida que nos prende
a um constante desejo de caminhar
há um sentir que a felicidade rende
quando o propósito é saber amar

José Carlos Moutinho
13/12/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Amizades



Há amizades feitas de vento
Que esvoaçam sem rumo
E se perdem no tempo

E há aquelas que se vestem de chita
São tão frágeis, tão frágeis
Que são uma autêntica fita

Mas temos também as coloridas
De tantas cores, mas tantas
Que quando nos chegam estão esbatidas

Ah…e outras há pela vida
Que sorriem de olhos mortiços
Como uma coisa perdida

Existem muitas mais que abraçam
Mas os braços ficam tão flácidos
Que sentimos que nos amordaçam

Mas algumas acontecem com simpatia
Não são profundas nem leves
Que apreciamos pela sua alegria

Há outras que são pergaminhos
Que se colam nas pétalas
Das flores dos nossos caminhos

Embora escassas também existem
As amizades ditas verdadeiras
Daqueles amigos que nunca desistem

Com pouco, creio que disse o suficiente
Dos imensos tipos de amizade
o valor maior é jamais ser despiciente

E porque estamos no Natal
Que todos os tipos de amizade
Jamais se congreguem em torno do mal

José Carlos Moutinho
11/12/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

Natal, Pétalas de Esperança





Olhei o céu
numa noite de luar,
suspirei um desejo
e das estrelas soltaram-se pétalas,
não de flores...
mas sim de sorrisos
de esperança
para um mundo melhor!

Estupefacto, pensei sonhar
quando as pétalas que caíam
acariciando o meu pensamento
me lembraram que estamos no Natal!

Não o Natal desenfreado
pelos centros comerciais,
mas aquele Natal tão mais simples
que simboliza o amor
a humildade e a família!

Admirei-me perante esta chamada de atenção
daquelas singelas pétalas de luz,
porque eu, certamente estaria tão só
que não conseguiria congregar
outros mais, para cumprir o desejo das estrelas!

Voltei a observar o céu
e espantei-me ao ver as estrelas
semicerrarem os olhos,
entristecidas pelas minhas palavras,
e esmorecerem a luz da esperança
numa profunda desilusão
causada pela humanidade.

José Carlos Moutinho
10/12/18

Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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