quinta-feira, 14 de março de 2019

Tudo em desvario




Ai, este mundo desatinado...

até a brisa se transformou
em ventania indomável,
que tudo arrasta pelo chão da discórdia
em redemoinho descontrolado
levando o sol a esconder-se,
não sei se por tristeza
ou por vergonha do que vê...

reparem no luar
como tem andado esmorecido
não permitindo às estrelas que brilhem
em acto de solidariedade
para com o desânimo do mundo...

loucura, anda tudo em desvario!

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 8 de março de 2019

Simplesmente mulher


8/3 - Dia da Mulher?!

A mulher não tem um dia só, tem todos os dias de sua vida na entrega àqueles que ela ama e que jamais abandona, salvo, claro, raras excepções.
A mulher é um ser superior que a estupidez de muitos homens não aceita reconhecer, por puro machismo e aberração mental.
Viva a mulher!!!
Em Homenagem à mulher, deixo este poema...velhinho, sempre actual:

Simplesmente, mulher

Mulher ser tão especial,
plena de sensualidade
e profunda sensibilidade!

Mulher de contrastes
e de mente tão incompreensível,
mulher de paixão, de loucura inimaginável
do amor e dos desvarios!

Mulher que trai, que ama, que idolatra,
fêmea de desejos incontidos,
do sorriso que fascina,
do abraço que cativa,
e da entrega que leva ao clímax!

Mulher mãe, que sofre,
que amamenta, que cria
que luta até à exaustão pelas suas crias!

Mulher de sacrifícios e realidades
de doce caminhar de cabelos ao vento,
em sublime encanto!

É fêmea que transforma a rude atitude do macho,
na delicadeza da tua submissa carícia!

Ah...Mulher de tamanha beleza física,
que esconde tanta maldade,
e tanta bondade em coração
de mulher menos bela,
estranho paradoxo de beleza
exterior em discordância com a interior!

Mas tu, mulher, tens a força
do domínio sobre os homens,
no teu simples jeito de seres mulher,
tanto prostras a teus pés senhores poderosos
como podes ser escrava do homem mais simples,
porque és acima de tudo,
Amor!

José Carlos Moutinho
8/3/13

quinta-feira, 7 de março de 2019

Abutres




Alerta,
companheiros de caminhada,
há abutres no ar,
não serão muitos,
direi mesmo, que são poucos,
mas os que voam por aí,
são actuantes e vorazes…

procedem, inicialmente,
como sanguessugas,
sugando os sonhos e as ilusões
dos incautos honestos…

depois,
com os papos cheios de sangue,
deixando exangues as vítimas,
devoram finalmente a carne
de quem, credulamente,
se deixou enredar na teia formada
por esses carnívoros sem alma!

Então,
quando a frustração das presas
é confrontada com a realidade
e sentem que foram mordidas
por esses miseráveis
e horrendos bichos voadores,
recebem sarcasticamente
como resposta, o silêncio e ameaça
de que voltarão, impunemente,
a picar, sugar e engolir
quem se atrever a enxotá-los

José Carlos Moutinho
7/3/19

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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