domingo, 16 de junho de 2019

Deixem-me sonhar


Deixem-me sonhar, por favor,
não critiquem a minha ingenuidade
façam como eu, sonhem com amor,
descobrirão nos sonhos a felicidade

A pureza do sonho é o alimento
que nos conduz com doçura à utopia
que jamais haja nos sonhos sofrimento
para que a vida seja caminho de alegria

Deixem-me então, ser assim sonhador,
não existe qualquer mal para alguém,
a felicidade é como a mais bela flor
pertence a todos e não é de ninguém

José Carlos Moutinho
16/6/19

terça-feira, 11 de junho de 2019

Vento que passa

Senti o vento a passar
pareceu-me ouvi-lo sussurrar,
talvez fosse simples sensação
ou quiçá, o sentir da minha emoção,
porque aquando da passagem do vento
eu escrevia uma letra para canção
onde ancorava todo o meu sentimento
nas metáforas navegadas pela paixão

José Carlos Moutinho
11/6/19

sábado, 8 de junho de 2019

Certezas


Calei o vento
que me soprava tristezas,
a brisa que passava no momento
disse-me sorrindo, a vida tem outras belezas,
então, eu que até raramente me apoquento
expulsei de mim todas e quaisquer fraquezas
e nesta vontade com que me sustento
fiz das emoções um jardim de certezas

José Carlos Moutinho
8/6/19

sexta-feira, 31 de maio de 2019

Voa

...
Se as palavras leva-as o vento
então não fales e escreve
simples frase ou pensamento
que pode ser longo ou breve

se em ti há um desejo de voar
através das palavras, então voa
não percas muito tempo a pensar
porque soltar emoções é coisa boa

José Carlos Moutinho
31/5/19

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Seria Apocalipse?


As horas passavam monótonas
e os ventos assobiavam,
os anseios esmoreciam-se
no tempo que agonizava,
as águas dos rios indiferentes corriam
o mar aguardava-as desinteressado,
o sol, rindo olhava a terra suada,

as pessoas ziguezagueavam como autómatos
vagueando em desvario,
as rosas ressequiam
e as pétalas faziam-se tapete
no jardim envergonhado,
as árvores fechavam os braços em desalento
e as aves calavam a tristeza,
as gaivotas deixaram de grasnar
e de voar
tornaram-se transeuntes pelas ruas
quase vazias,

só os ventos, quase em agonia,
continuavam a silvar
as águas dos rios a correr para o mar…

seria o Apocalipse?
Talvez um sonho premonitório,
francamente nada sei
além das palavras
que aqui deixo em silêncio
clamando por reflexão

José Carlos Moutinho
29/5/19

terça-feira, 28 de maio de 2019

Só porque não gosto

Não gosto de palavras sibilinas
que cortam como gume de vento
nem de sorrisos desmaiados
sequer de abraços de gel,

não gosto de atalhos escurecidos
nem de ruelas enviesadas
sequer de faladores sem assunto,

não gosto, francamente, de silêncios duvidosos
nem de sábios ancorados em si próprios
sequer gosto dos que se vestem de soberba
e contemplam os outros como ignorantes despidos,


não gosto, porque não gosto
sem desejar incomodar quem não gosta
de que eu não goste!

José Carlos Moutinho
28/5/19

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Tempo entardecido


Sei que um dia
virás pedir-me que te murmure
palavras que antes recusaste...


mas, talvez, quem sabe
se nessa altura não terei a voz
que me permita sussurrar-te
de modo que possas entender-me


porque se o meu tempo
entardecer demasiado
ou, eventualmente o teu,
talvez não tenhamos voz nem audição
para trocarmos as palavras
que jamais dissemos


José Carlos Moutinho
27/5/19

Amigos

Amigos...as eleições já passaram, agora sou eu o candidato ou melhor, o meu romance A FORÇA DE AMAR é que se candidata à v/apreciação, para isso precisamos, eu e o livro da v/presença o que nos honrará bastante. Venham, entrada livre num espaço bastante simpático, Orfeão do Porto, Praça da Batalha.Porto.


domingo, 26 de maio de 2019

Meu silêncio

...
Quero no meu silêncio, dizer-te
que ouço a brisa da tua voz
que por mim serenamente passa
cantando-me melodias do teu querer
tal sinfonia da água que corre para a foz
generosa, encantadora e cheia de graça

José Carlos Moutinho
26/5/19

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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