quarta-feira, 26 de junho de 2019
terça-feira, 25 de junho de 2019
Silêncio da maresia
Navego no
silêncio da maresia
sobre marés
de ilusões,
em cada
onda, solto um suspiro
de anseio ou
quiçá, de saudade,
o sol
reflectido no dorso do mar
fala-me de
utopias improváveis,
de abraços
de brisas passageiras
e de amanhãs
risonhos,
deixo, na
quietude do meu sentir
invadir-me
por pensamentos
que me levam
a, serenamente,
continuar
neste silêncio
a navegar
emoções
que vou
desfraldando ao vento,
vento que,
silenciosamente,
me conta de
suas constantes viagens,
encantado,
resta-me soltar a voz
que, contida
no meu peito,
deseja
gritar felicidade
José Carlos
Moutinho
25/6/19
Decreto-Lei, nº 63/85
dos direitos do autor
segunda-feira, 24 de junho de 2019
sábado, 22 de junho de 2019
Peço-te um momento
Espera...
pára um pouquinho,
uns escassos minutos, por favor
e ouve o eu te quero dizer:
já pensaste que o poeta escreve para ti?
Sim...para ti,
se, eventualmente, o lês,
e, se o fazes, não sejas tão displicente,
não ignores que,
o que ele escreveu com afecto
e, porque não, com amor,
deixou de ser seu
quando te foi oferecido publicamente!
Certo...entendo que poderá não ser do teu gosto
nem tenha, quiçá, a qualidade que tu ajuízas
por te pensares analista da poesia perfeita,
Se realmente existe essa poesia...
mas, penso eu, que pouco sei...
a poesia tem a propriedade de ser livre,
claro que deverá ter o léxico perfeito
e semântica compreensível,
porque, isso sim,
estes valores jamais poderão ser deturpados,
mas o poema ou prosa
é o sentir do momento
de quem o escreveu,
por isso, repito, não o desvalorizes,
porque o achas inferior
mas essa é a tua apreciação,
não a da generalidade!
José Carlos Moutinho
22/6/19
sexta-feira, 21 de junho de 2019
Que feitiço
Que feitiço
é este que me controla
e obriga a
prender-me às palavras
com que vou
plantando sentires...
Que feitiço
é este que me faz inventar
sois e
mares, rios e campos
infinitos e
desertos, vales e montanhas,
viajar pelas
estrelas, como um astro
e descansar
nas nuvens os meus cansaços...
Feitiço tão
místico e desconhecido
que penetrou
e ancorou na minha alma
e me obriga
a ser marinheiro
pelos mares
agitados da escrita
e navegar em
simples canoas de prosa
com remos de
poesia
enfrentando
os perigos das desilusões
e das
incompreensões
dos eventuais
capitães
das supostas
grandes naves
que a todos
abalroam
mas que
tantas são as vezes
que sequer
são grandes marinheiros
Que feitiço
este…
que ainda me
faz sonhar
como adolescente
e me leva a pensar
voar nas asas
do livro que
me perpetuará…
ah, feitiço
que és tão feiticeiro!
José Carlos
Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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