segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Soprem!

 

 
Soprem fortemente essas negras nuvens
que pairam sobre nós,
façam-nas desaparecer no horizonte
onde a esperança não morre!

É que, sob estas nuvens, que nos envolvem,
há gente inquieta e preocupada
entre outra gente irresponsável
que não pensa,
ou melhor, que pensa
serem estas nuvens inventadas
pelos governos,
que o vírus é utopia imaginada
e os testes se destinam a subtrair o ADN
para nos controlarem!

Façam o favor de soprarem, também,
para bem longe
essa gente de mente perturbada
para que, dentro desta loucura em que vivemos,
alguém consiga sobreviver
para poder contar aos advindos!

Faça-se Sol na consciência
dos incautos e prevaricadores
para que os ilumine
e nos deixem viver…
 
Soprem essa gente!
 
José Carlos Moutinho
16/11/2020

 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Meninice irreverente





Não há bolas nem piões
o tempo fê-los esquecer
ficaram certas emoções
para se continuar a viver
Só deveres e obrigações
haja cabeça que aguente
quero voltar aos calções
da meninice irreverente
Estou farto de adulto ser
amizades feitas a brincar
talvez se eu me esconder
volte ao tempo de reinar
Agora há que saber viver
pois a verdade se escusa
já não consigo entender
quando a mentira acusa
José Carlos Moutinho
13/11/2020
13/11/2020

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Tomás, Parabéns

 

Um ano completa o meu neto
nascido num dia 3, iluminado,
de Novembro, pra ser concreto
com muito amor, foi desejado
 
Hoje é dia de imensa alegria
felicidade tanta pra todos nós
para o Tomás fiz esta poesia
cantemos parabéns numa só voz
 
José Carlos Moutinho

3/11/2020

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Penso

 

Olho serenamente para o passado
e perco-me nos labirintos do tempo,
relembro os atalhos escondidos na memória
alguns que, sequer, deviam ter existido
outros, porém, tão belos e tão presentes
que fazem sorrir minh’alma,

e penso...
imaginando que o pensar seja retorno
numa inexistência do improvável.
Mas, também, porque o pensamento
tem total liberdade
que nem a mais livre gaivota tem!
 
Gosto, francamente, de mergulhar no tempo
sem ressentimentos, nem mágoas
tampouco busco o sofrimento
que a ausência perdida na distância
de toda uma vida
possa trazer através da lembrança,
 
penso, simplesmente porque posso
e quero
e anseio reviver instantes
que são meus,
quiçá, sentidos por outras pessoas
que, comigo, viveram esses momentos,
 
então, o passado vem a mim,
serenamente
com alegria e saudade
e, desânimo
por não poder ser revivido.
 
José Carlos Moutinho
 
 11/10/2020

  

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Ela era do pior (brincar a poetar)

 

Não te disse naquela tarde
tanto que eu tinha para dizer
porque mostraste tanto alarde
que achei por bem me abster
 
Mas se mudares algum dia
essa tua maneira displicente
talvez eu te diga o que queria
apesar de já não ser urgente

Pensava eu que eras diferente
de todas as outras que conheci
mas tua doçura era só aparente
lamento o tempo que eu perdi

José Carlos Moutinho 
 28/10/2020

 

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Porque


Porque chove folhas
se o sol está radioso
porque sinto eu frio
se em mim há um vulcão
porque se calam os versos
se eu estou a dar-lhes voz?

Porque, porque, porque
se fazem tantas perguntas
se as respostas estão presentes,
só precisamos de as seleccionar
com parcimónia e discernimento

José Carlos Moutinho
16/10/2020

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

#Escrevo porque gosto

 

Escrevo porque realmente gosto
quem me lê faz o meu sucesso
e porque fico tão bem-disposto
levo-me a conquistar o universo

Com consciência das limitações
escrevo prosas, invento versos
coloco neles todas as emoções
evitando os caminhos adversos
 
Planto poemas aleatoriamente
pequenos, grandes ou sonetos
e muitas quadras, ultimamente
com alegria, amor ou inquietos
 
Com imenso prazer eu confesso
partilho poemas com toda gente 
mesmo para quem não conheço
faço-o com alma, simplesmente
 
José Carlos Moutinho
14/10/2020
 
 

 

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Poema lúdico

Brinco com as palavras
como uma criança brinca na praia
manipulo-as como se fossem areia
jogo-as a meu bel-prazer
na brancura simples da espuma
que as vem refrescar
 
então, quando as palavras serenam
perante a minha vontade lúdica
deixo-as a ouvir o contínuo som das ondas
enquanto as perfumo de maresia
e as pinto com a luz do Sol
imaginando-me novamente menino
  
 José Carlos Moutinho

SOBRALINHO, minha aldeia

603 SOBRALINHO (V. F. Xira) 4k de José Carlos Moutinho-Coletânea António...

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Recordações

 
Tempo de ruas lamacentas
e do cacimbo que irritava
nas tardes pardacentas
a roupa na pele grudava

se chovia torrencialmente
o mundo parecia ir acabar
mas, porém, tão de repente
o sol se atrevia a despontar

saudades do calor tropical
mosquito que a tifa matava
foi um tempo tão especial
Angola que eu tanto amava
 
a História um dia contará
o que de errado aconteceu
mas no meu coração ficará
este amor que não morreu
 
José Carlos Moutinho 
 12/10/2020

sábado, 10 de outubro de 2020

Utopia e sonho

Quando o sol se pendura lá no alto
soltando a mais bela luz cintilante
sinto felicidade, sem sobressalto
grato e feliz de alma gratificante

Sou ilusão em sonho de utopia
brisa de um sentir que é só meu
faço das palavras minha ousadia
aguardo o que nunca aconteceu
 
José Carlos Moutinho
10/10/2020

 

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

MAR DE SAUDADE 2ª edição

 Acabou de chegar, hoje dia 8 de Outubro de 2020 a 2ª edição do livro de poesia 

                                                                MAR DE SAUDADE



Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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