sábado, 19 de março de 2011

A madrugada




Recordo, como se hoje fosse
Aquele dia, em que surgiste
Envolta nos raios da aurora,
Que fascinavam, pelo seu brilho
Ainda suave, mas cintilante.
Acompanhava-te o murmúrio,
Das ondas do mar,
Que vinham suavemente beijar,
As areias douradas da praia.
Foi como um deslumbramento
Algo irreal, como um sonho.
As gaivotas, como tuas guardiãs,
Esvoaçavam à tua volta,
Transmitindo paz;
Seriam elas as próprias mensageiras.
Era um quadro de encantamento,
Num cenário de profundas emoções.
Lá longe, no horizonte vislumbrava o paraíso,
Sereno, azul, ponteado de espuma branca,
Na carícia do vento sobre as águas,
Como se fosse uma tela Divina,
Pintada com cores surreais.
Mas tudo é fugaz, nesta vida
E tu rapidamente desapareceste,
Tornaste-te adulta,
Deixaste de ser madrugada.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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