quarta-feira, 9 de julho de 2014

Indizíveis palavras





São indizíveis as palavras
que visitam meu pensamento
em murmúrios sufocantes de saudade,
trazidos pelas recordações
dos tempos, perdidos na distância do passado;
São como vagas delirantes,
que se agitam conscientemente
na inconsciência do meu sentir!

Estremece-me o corpo
no anseio dos abraços
que jamais se farão afectos
e nos beijos que o tempo escusou!

E porque as palavras são tão doridas
se tornam indizíveis…
E porque a minha essência está cansada
desta nostalgia
que nas horas de solidão
me fustigam implacavelmente a alma,
com as imagens que se desenrolam
na minha mente
como filme da minha vida!

Levo-me, num esforço tenaz,
a esquecer estas memórias
que me apertam o peito,
e fazem dos meus olhos,
rio de pranto silencioso.

José Carlos Moutinho

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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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