BOAS FESTAS A TODOS....
***
Quando o Dezembro chega, traz com ele
a esperança, que se foi perdendo com o tempo,
renasce em cada coração a luz Daquele,
que na cruz morreu para nos dar alento.
É Natal, nascimento do Menino Jesus,
é dia de festa, de alegria e de choro dorido,
alegria nas casas onde há fartura, calor e luz,
frio e fome em outras, parecendo castigo.
Que mundo é este com tanta injustiça,
uns são filhos de Deus e privilegiados,
outros são moribundos de alma mortiça,
pobre gente de corações desventurados.
Faço aqui e agora, neste papel, um forte apelo
aos astros, que conspirem a favor da humanidade,
que desapareça a miséria, que tudo seja mais singelo,
e que entre os humanos haja mais solidariedade.
Com o meu desejo de que o Natal seja todos os dias,
deixo-vos o meu abraço fraterno de amizade,
haja alegria, paz, amor, pão e vida sem abulias,
que o amanhã seja outro dia de fraternidade.
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
Eu e o mar
Quando os dias se escondem
da luz solar
e a minha alma se
entristece,
invadida pela melancolia...
...É na grandiosidade do mar,
na acalmia do seu murmurar,
que invento oásis do meu
deserto
e descubro o equilíbrio do
meu sentir!
Deixo o meu olhar navegar,
perder-se na lonjura dos
mistérios,
e, inexplicavelmente
como por mágica,
surgida do imaginário,
a serenidade aconchega-se no
meu peito
transforma-me em outro ser,
com outro sentir,
afagado pelo luar,
que suavemente desponta
e me oferece sorrisos,
de esperança de novos sóis!
Na letargia que me tomou os
sentidos
Perdi-me nas horas esgotadas
do tempo,
Absorvido pela contemplação
deste mar de feitiços,
Mas revigorado pela maresia
Com o coração mais feliz e a
alma solta.
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
solto os ventos
Abro as mãos crispadas,
solto os ventos aprisionados,
deixo-os voar livremente
em busca de sorrisos de
alegria!
Olho as minhas mãos abertas
e vazias
de nadas...
Suspiro ilusões de novos
ventos,
ou de simples brisas
acalentadoras,
que me libertem deste aperto
que me sufoca o peito!
Quero inventar-me livre,
sorrir inocentemente às
árvores
que me olham serenas,
no seu agitar de doce
bailado!
Quero gritar às estrelas
que esta minha letargia
me impede de viver...
E...quando eu pousar o meu
olhar
nas águas daquele rio, que
corre mansamente,
quero contar-lhes que a
minha alma
se livrou dos grilhões que a
torturavam!
E...ao ouvir as doces
melodias
do canto das aves, de cores quiméricas,
quero ser metamorfose de um ser
alado,
e voar...pensamentos pelo
infinito
na ousadia do meu querer e
sentir!
José Carlos Moutinho
domingo, 9 de dezembro de 2012
Alma, pomba branca
O meu ser percorre atalhos
de desalinho,
em pensamentos de inquietude,
na busca da serenidade do
luar
e da acalmia do leito
murmurante do rio,
que desliza confidente do
meu sentir!
Emudeço pelas sombras das
árvores
que me calam a voz,
anseios que me sufocam
o grito que se estrangula no
meu peito,
pelos suores frios trazidos
pelos ventos
do desassossego, em nuvens diáfanas,
onde se escondem estrelas
titubeantes
pela incerteza do que eu
desejo!
Nem eu sei o que quero,
neste desatino que me visita,
em constante hostilização!
Estou cansado de tudo...
Quero o silêncio que me
afague a alma
que o meu coração faça o que
quiser,
sou refém da sua vontade,
mas que a minha alma
seja a minha eterna pomba
branca!
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Folhas caídas
Lá fora o frio enregela as
folhas do Outono,
que vão caindo, no chão
molhado!
Nessas folhas estavam as
minhas recordações,
escritas, certo dia, com o
calor da paixão,
agora, caídas em absoluto
desamparo,
no charco das palavras
mortas,
onde serão afogadas as
minhas saudades
na água que as submergirá
no esquecimento do passado!
Espero que um milagre de
repente aconteça,
neste cosmos de incertezas,
e que das linhas traçadas
pela minha mão,
gravadas nas folhas secas e
encharcadas,
renasçam as minhas
recordações,
paridas das águas que o chão
molhado faz leito!
Mas sinto frio,
embora agasalhado, tenho
frio,
fecham-se-me as pálpebras,
estremece-me o corpo,
soluça-me o coração sem
fôlego,
chora-me a alma!
O frio penetra-me o âmago do
meu sentir,
tento aconchegar-me à
lembrança,
daquele amor, que ficou em
mim,
que não deixei escrito nas
folhas caídas!
É somente o que me resta!
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Este mundo de nadas
Tanto se corre por este
mundo de nadas,
onde se choram tantas
agruras calcinadas
em jardins de soluços e
dores plantadas,
sob os mantos de céus de
cores choradas.
Quando podiam simplesmente
ver o belo,
que nos rodeia em cada raiar
da alvorada,
porém preferem o enredo ao
singelo,
assim levam a vida em triste
toada.
No final da existência
mentes mudarão,
arrependimentos nascem tardiamente,
porque o que foi feito não
mais terá perdão
Mas entre o bom e o mau
existe razão,
que algumas almas terão
sempre presente,
procedendo com a bondade no
coração!
José Carlos Moutinho
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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