sexta-feira, 25 de abril de 2025

#Ao 25 de Abril

No silêncio das ruas, onde as lágrimas caíram

a voz da História jamais cala

 

Agora, com o sol a brilhar

a liberdade se ergue, como um farol

com voos de libertação

e corações abertos

que se elevam para desafiar o passado

e trazer luz ao presente

 

Para aqueles que lutaram por esta terra

a nossa gratidão

 

A liberdade é um rio que flui

e Portugal, com ela, se enche de sonhos

nascidos em tempos de luta

e de esperança que nunca se cansa

 

Que lutamos e vencemos,

mas nunca perdemos a alma

 

José Carlos Moutinho

25/4/2025

 

quarta-feira, 23 de abril de 2025

#Dia mundial do livro

𝐄 𝐩𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐞́ 𝐨
𝐃𝐈𝐀 𝐌𝐔𝐍𝐃𝐈𝐀𝐋 𝐃𝐎 𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎,
𝐚𝐪𝐮𝐢 𝐟𝐢𝐜𝐚 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐞𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐚𝐨 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨

𝐒𝐮𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨

𝐎 𝐬𝐮𝐜𝐞𝐬𝐬𝐨 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨, 𝐜𝐫𝐞𝐢𝐨
𝐞𝐬𝐭𝐚́ 𝐧𝐨 𝐥𝐞𝐢𝐭𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐨 𝐚𝐝𝐪𝐮𝐢𝐫𝐞,
𝐬𝐮𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐫𝐢𝐭𝐚 𝐩𝐨𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐫 𝐜𝐡𝐢𝐥𝐫𝐞𝐢𝐨
𝐞 𝐧𝐚̃𝐨 𝐭𝐞𝐫 𝐭𝐨𝐦 𝐩𝐫𝐚 𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐞𝐥𝐢𝐫𝐞

𝐃𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐯𝐚𝐥𝐞 𝐨 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐞𝐱𝐜𝐞𝐥𝐞𝐧𝐭𝐞
𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐦𝐞𝐬𝐭𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐬𝐚𝐛𝐞
𝐬𝐞 𝐪𝐮𝐢𝐞𝐭𝐨 𝐧𝐚 𝐩𝐫𝐚𝐭𝐞𝐥𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐬𝐢𝐥𝐞𝐧𝐭𝐞
𝐣𝐚𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐭𝐞𝐫𝐚́ 𝐬𝐨𝐫𝐭𝐞 𝐪𝐮𝐞 𝐬𝐞 𝐠𝐚𝐛𝐞

𝐀𝐬𝐬𝐢𝐦 𝐩𝐞𝐧𝐬𝐨 𝐞𝐮, 𝐪𝐮𝐞 𝐧𝐚𝐝𝐚 𝐬𝐞𝐢
𝐬𝐨𝐫𝐭𝐞, 𝐬𝐞𝐫𝐚́ 𝐩𝐫𝐞𝐜𝐢𝐬𝐚, 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦
𝐞𝐦 𝐥𝐢𝐭𝐞𝐫𝐚𝐭𝐮𝐫𝐚 𝐞𝐮 𝐦𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐟𝐞𝐬𝐬𝐞𝐢
𝐧𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐠𝐨𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐦𝐞 𝐭𝐨𝐫𝐧𝐞𝐢 𝐫𝐞𝐟𝐞́𝐦

𝐉𝐨𝐬𝐞́ 𝐂𝐚𝐫𝐥𝐨𝐬 𝐌𝐨𝐮𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨
𝐏𝐨𝐫𝐭𝐮𝐠𝐚𝐥



quarta-feira, 16 de abril de 2025

#DIA MUNDIAL DA VOZ

 𝑽𝒐𝒛

𝑽𝒐𝒛, 𝒒𝒖𝒆 𝒑𝒂𝒍𝒂𝒗𝒓𝒂 𝒕𝒂̃𝒐 𝒑𝒆𝒒𝒖𝒆𝒏𝒂 𝒄𝒐𝒎 𝒖𝒎 𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒊𝒎𝒆𝒏𝒔𝒐, 𝒔𝒆𝒎 𝒕𝒊, 𝒒𝒖𝒆 𝒔𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒅𝒆 𝒎𝒊𝒎? 𝑨𝒔 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒑𝒂𝒍𝒂𝒗𝒓𝒂𝒔 𝒎𝒐𝒓𝒓𝒆𝒓𝒊𝒂𝒎 𝒏𝒐 𝒔𝒊𝒍𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒐 𝒅𝒐 𝒗𝒂𝒛𝒊𝒐, 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒑𝒐𝒅𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒆𝒖, 𝒗𝒐𝒛, 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒎𝒊𝒕𝒊𝒓 𝒐𝒔 𝒔𝒐𝒏𝒔 𝒅𝒂𝒔 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒔 𝒆𝒎𝒐𝒄̧𝒐̃𝒆𝒔 𝒆 𝒇𝒂𝒛𝒆𝒓 𝒔𝒐𝒂𝒓 𝒂𝒍𝒕𝒐 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒐 𝒔𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒐 𝒅𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒅𝒊𝒛𝒆𝒓? 𝑨 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝒑𝒐𝒆𝒔𝒊𝒂 𝒏𝒂̃𝒐 𝒕𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒂 𝒇𝒐𝒓𝒄̧𝒂 𝒅𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒆𝒓, 𝒏𝒖𝒎𝒂 𝒗𝒐𝒛 𝒔𝒊𝒍𝒆𝒏𝒄𝒊𝒐𝒔𝒂, 𝒄𝒂𝒍𝒂𝒅𝒂 𝒏𝒂 𝒈𝒂𝒓𝒈𝒂𝒏𝒕𝒂 𝒔𝒖𝒇𝒐𝒄𝒂𝒅𝒂, 𝒔𝒆𝒎 𝒔𝒐𝒎! 𝑽𝒐𝒛...𝒒𝒖𝒂𝒔𝒆 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂𝒔 𝒅𝒆𝒔𝒑𝒆𝒓𝒄𝒆𝒃𝒊𝒅𝒂 𝒏𝒂 𝒔𝒐𝒍𝒊𝒅𝒂̃𝒐 𝒅𝒐𝒔 𝒎𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒄𝒂𝒍𝒂𝒅𝒐𝒔, 𝒎𝒂𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒆 𝒊𝒎𝒑𝒐̃𝒆𝒔 𝒏𝒐𝒔 𝒊𝒏𝒔𝒕𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒅𝒆 𝒆𝒙𝒂𝒍𝒕𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐! 𝑪𝒓𝒊𝒂𝒓𝒂𝒎-𝒕𝒆 𝒖𝒎 𝒅𝒊𝒂, 𝒏𝒂 𝒖𝒕𝒐𝒑𝒊𝒂 𝒅𝒂𝒔 𝒊𝒏𝒗𝒆𝒏𝒄̧𝒐̃𝒆𝒔, 𝒕𝒖, 𝒗𝒐𝒛, 𝒕𝒆𝒏𝒔 𝒕𝒐𝒅𝒐𝒔 𝒐𝒔 𝒅𝒊𝒂𝒔 𝒅𝒂𝒔 𝒏𝒐𝒔𝒔𝒂𝒔 𝒗𝒊𝒅𝒂𝒔! 𝑵𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒎𝒆 𝒂𝒃𝒂𝒏𝒅𝒐𝒏𝒆𝒔, 𝒑𝒐𝒓 𝒇𝒂𝒗𝒐𝒓, 𝒗𝒐𝒛, 𝒇𝒊𝒄𝒂 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒔𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝒄𝒐𝒎𝒊𝒈𝒐, 𝒂𝒊𝒏𝒅𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒕𝒆 𝒕𝒐𝒓𝒏𝒆𝒔 𝒓𝒐𝒖𝒄𝒂, 𝒇𝒂𝒏𝒉𝒐𝒔𝒂, 𝒏𝒖𝒏𝒄𝒂 𝒎𝒆 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒆𝒔, 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝒎𝒆𝒏𝒐𝒔, 𝒒𝒖𝒆 𝒐 𝒕𝒆𝒖 𝒔𝒐𝒎 𝒔𝒆𝒋𝒂 𝒔𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝒂𝒖𝒅𝒊́𝒗𝒆𝒍, 𝒒𝒖𝒆 𝒑𝒐𝒔𝒔𝒂𝒔 𝒕𝒓𝒂𝒏𝒔𝒎𝒊𝒕𝒊𝒓 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒎𝒆 𝒗𝒂𝒊 𝒏𝒂 𝒂𝒍𝒎𝒂 𝒆 𝒈𝒓𝒊𝒕𝒆𝒔 𝒆𝒎 𝒃𝒐𝒎 𝒔𝒐𝒎, 𝒕𝒖𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒄𝒐𝒓𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒕𝒆 𝒑𝒆𝒄̧𝒂. 𝑱𝒐𝒔𝒆́ 𝑪𝒂𝒓𝒍𝒐𝒔 𝑴𝒐𝒖𝒕𝒊𝒏𝒉𝒐 16/4/2012 16/4/2025 𝑷𝒐𝒓𝒕𝒖𝒈𝒂𝒍

terça-feira, 15 de abril de 2025

# Pax

 

Tardam as vontades
nos dias da irracionalidade
deturpam tantos as verdades
as mentes da animalidade

Ousam justificar a mentira
quando realidade é afligente
da boca que a paz cuspira
há o sentir e ódio do doente
 
O mundo conspira, somente
nada se concretiza, todavia
tentam entender o demente
triste pensamento da utopia
 
São aos milhares os falecidos
na atrocidade da inclemência
é a humanidade dos perdidos
sentidos em actos de ausência
 
Guerra onde a razão se perde
em conflitos de agressão pura
a vida para alguém não serve
matar é interesse não bravura

José Carlos Moutinho 
15/4/2023

domingo, 13 de abril de 2025

# Malandrice

Perguntei-te um certo dia
a razão do teu displicente olhar
respondeste o que não queria 
era a tua maneira de disfarçar
 
Muito mais intrigado fiquei eu
a pensar no que tu disseste
juro que o meu coração doeu
pois minha alma entristeceste 

Notei que ficaste preocupada

com a tristeza que demonstrei

e assim, sem esperar, do nada

deste-me um abraço, exaltei 

Estava errado meu julgamento
que, precipitadamente, te fiz
jamais esquecerei o momento
com o teu amor senti-me feliz 

Afinal, será brincalhão o amor

quando julgas que nada existe

esconde-se a paixão com fulgor

como esta com que me iludiste 

José Carlos Moutinho

13/4/2025

terça-feira, 8 de abril de 2025

# Não apaguem a luz do luar

Não cortem as asas dos sonhos
deixem-nos voar pelos céus da fantasia
e não permitam que as águas dos anseios se
turvem,
também, não obscureçam o sol da esperança
nem apaguem a luz do luar!
Mas se acharem que o devem fazer
pois que o façam,
mas não contem com a minha solidariedade!
 
Se a vossa consciência se permitir
alhear-se da racionalidade,
pensem qual o vosso papel nesta passagem terrena…
…não se julguem eternos,
porque, na verdade, sois tão efémeros
que nem vos apercebeis de quanto!
 
Então…
sonhar, ainda que fantasiosamente,
é prazer e dádiva da subconsciência,
desejar realizar os anseios
e ter esperança
é luz que alimenta a vida,
e faz com que a humanidade seja realmente humana!
 
Sem estes sentires,
talvez o viver
seja escuridão e estagnação,
como a vida de uma ameba
 
José Carlos Moutinho
8/4/2025
Portugal
 
 

 

segunda-feira, 7 de abril de 2025

# Catarse de saudade


Saí de cá em tarde cinzenta
cheguei lá em dia ensolarado
viagem principiou tormenta  
17 dias de longo navegado
 
Olhos tristes por cá eu deixei
Na gare da minha despedida
era ainda tão menino, chorei 
por deixar minha mãe sofrida 

Mas como jovem tudo passa
e a aventura tornou-se real
com companheiro comparsa
foi brincadeira até ao final 

Mas quando o navio entrou
pela bela baia, ao longe eu vi
a fortaleza que me deixou 
fascinado, tão feliz me senti 

Tanta beleza tanta emoção 
da que eu antes conhecera
enchi de alegria meu coração
a felicidade em mim nascera 

Depois…depois viver a vida
conheci aquela terra lés-lés 
a cada dia a paixão sentida 
pelo sol, acácias e matinés
 
Ah que saudade das picadas 
por onde em trabalho eu ia
adrenalina que nem estradas
ofereciam em louca correria
 
E tantas cidades eu conheci
naquela Angola maravilhosa
fui tão feliz enquanto lá vivi
…acabou de forma desastrosa   

……….

Vivi em Luanda e conheci: Caxito, Catete, Dondo, Salazar (N’Dalatando), Malanje, Negage, Carmona (Uíge), Andulo, Silva Porto (Kwito), Camacupa,V. Teixeira de Sousa (Luau), Luso (Moxico) Cela (Waku Kungo) Quibala, Nova Lisboa (Huambo) Caála, Caconda, V.Nova do Seles, Cubal, Ganda, Gabela, Novo Redondo (Sumbe), Lobito, Benguela, Sá da Bandeira (Lubango) Vila Arriaga (Bibala) Moçâmedes, Porto Alexandre (Tombwa) Baia dos Tigres, Cabinda…em cada viagem que eu fazia ao serviço da minha profissão, havia sempre um imenso prazer em contemplar o tapete daquele chão vermelho, apreciar a turbulência passageira das chuvadas de verão, admirar as enormes copas das gigantescas árvores e até pasmar perante a inestética beleza dos imbondeiros.

Ter podido observar a dignidade daquele povo e os belos trajes e penteados das mulheres angolanas, deixou em mim esta gostosa saudade nostálgica. 

José Carlos Moutinho

6/4/2025

Portugal




sexta-feira, 4 de abril de 2025

# Lembro-me de ti, Luanda

Lembro-me muito de ti, Luanda,
desde que um certo dia te deixei
sinto uma certa saudade branda,
tua imagem no coração guardei

Claro que tu não és mais aquela
que me conheceu ainda menino
eras tão linda como uma donzela
por ti me apaixonei, que desatino

Então, vou-te revendo aqui e ali
em imagens e vídeos, apareces
juro que gostaria ainda de ir aí
mas tu agora nem me conheces
 
És assídua no meu pensamento    
talvez até aches muito estranho
deixa lá, não faço disto lamento
é esta velha saudade que tenho
 
José Carlos Moutinho
4/4/2025 
Portugal

quinta-feira, 3 de abril de 2025

# Versos inclusivos

Pela planície verde da esperança
aquieta-se a brisa do pensamento
é com resiliência que se alcança
força que poderá vencer o vento

Poderá até acontecer desilusão
escondida nalguma tarde cinzenta
dignidade, essa tem sempre razão
não existe em quem se ausenta

Se algumas caras forem fantasia
e o carnaval estiver bem distante
deixa, pensa que possa ser utopia
nascida da mente d'algum farsante
 
José Carlos Moutinho
3/4/2025 
Portugal



quarta-feira, 2 de abril de 2025

#Âncora de bonança

Fecho os olhos...fixo o ontem…
e tantas memórias, maravilhosas,
desfilam perante o meu olhar mental…
são miragens perfeitas de momentos de alegria,
de tanta felicidade,
que agora mesmo, neste instante,
se instala dentro do meu sentir,
de um jeito tão gostoso
que me dá a sensação de ser ontem

…e como é tão bom, viver esta nostalgia
de olhos fechados,
mas de alma aberta
e coração palpitante de emoção,
talvez esta seja a mesma emoção
sentida naquele outro meu viver

Suspiro, serenamente,
vivo agora o momento da ilusão
transpondo-me, feliz, para mais além,
àquele longe que foi tão meu,
tão fantástico
 
De repente, um som urbano
desperta-me deste prazer de reviver
aqueles instantes que a vida, generosa,
me tem proporcionado…
 
Não, não me pensem saudoso doentio
vivo, com gratidão à minha memória
e a vida, gloriosa,
que me oferece esta felicidade constante,
compartilhada na saudade prazerosa
à qual me agarro como âncora de bonança,
nas tempestades do hoje
 
José Carlos Moutinho
27/03/2025 
Portugal

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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