segunda-feira, 29 de setembro de 2025

#NAVEGANTE DA VIDA

 

NAVEGANTE DA VIDA
José Carlos Moutinho
Portugal
 
Houve momentos em que naveguei
por águas inquietas
em situações aflitivas,
porém, a minha força de resiliência,
singrou por entre ondas e obstáculos
em busca de um porto seguro
 
E, quase sempre, encontrei esse porto
por vezes, de fraco acolhimento,
mas, com coragem
fui em busca de outros
que me garantissem a paz
 
Enquanto eu navegava
pelos mares e rios da vida,
fui ganhando experiência
com muito saber,
que me permitiram
enfrentar ventos e tempestades
 
Poderei até dizer,
que tive a felicidade
de vencer essas dificuldades
 
Não saberei dizer, se por sorte,
por abnegação,
ou até pela generosidade do destino
 
Sei, todavia, que,
enquanto viajante por este planeta,
passageiro de um tempo
que é só meu,
tenho sido agraciado
por imensas e serenas brisas,
sob centelhas de estrelas
e pela azulada luz do luar
nesta minha viagem
 

28/9/2025

sábado, 27 de setembro de 2025

#OUTONO, POEMA

OUTONO, POEMA
José Carlos Moutinho
Portugal

Dizem que Outono é nostalgia

folhas matizadas, romantismo
que mudança de cor é a alegria
talvez seja somente exotismo

Confesso fascínio pelo Outono
quando em dias de sol luzente
entrego-me em total abandono
à emoção que o coração sente

Fecho os olhos imagino uma tela
de cores belas e multifacetadas
brisa fria, fragrância de canela
bucólicas árvores, lindas ramadas

Foi depois do Verão que chegou
Outono que a tantos desagrada
mas em mim, simplesmente ficou
quadro de prazer, minha alvorada

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

#CONSIDERAÇÕES

 

Sou folha solta ao vento
e tronco enraizado na terra

sou brisa nos dias de nostalgia
vendaval nos caminhos da mentira
 
sou o abraço da palavra verdade
hostilidade perante o soprar da hipocrisia
 
sou palavra de ânimo no frio da tristeza
calor no acolhimento solidário da dor
 
sou grito liberdade em marés opressivas
guerreiro na luta pela sinceridade
 
sou silêncio consciente de humildade
oponente fervoroso ao joio da arrogância
 
quem sou eu, afinal?
Nada mais que um ser humano
que tenta conviver, condignamente,
nesta nossa sociedade
por vezes, descontrolada
 
José Carlos Moutinho 
26/9/2025

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

#ODE AO MEU SENTIR

ODE AO MEU SENTIR
José Carlos Moutinho
Portugal

Gosto de me embrenhar em pensamentos

imaginando o que, certamente, eu não sou
assim num abraço apertado de sentimentos
viajar pela mente, sem saber para onde vou

Sim, é exactamente isso que estão a pensar
ser eu certo sonhador de emoções sentidas
que posso fazer eu, se assim é meu respirar
se quando pelo meu viajar há brisas vividas

Deixem, pois, este meu suave e sadio pensar
pois ele tem a inocência das pétalas da vida
como se minha vivência fosse feita de amar
nesta minha maravilhosa existência querida

Em certo momento

terça-feira, 16 de setembro de 2025

#SIMPLICIDADE

 

Com minhas mãos seguro o tempo
os meus pés caminham em melodia
dentro do meu peito o sentimento
de que a vida simples é pura poesia

Sou pensador, insensato ou sonhador
minhas passadas são ilusões serenas
em cada movimento sou explorador
de emoções e de palavras pequenas
 
Das palavras pequenas há grandeza
tais como mãe, pai, filho/a e amor
também abraço paixão com certeza
e estas singelas quadras deste autor
 
Confesso-me adepto da simplicidade
nunca gostei das palavras intrincadas
talvez até confundam a autenticidade
deixando pessoas que leem cansadas

Portugal 
Set./2025

domingo, 14 de setembro de 2025

#LONGÍNQUO DIA

Um dia, longínquo no tempo
agarrei as palavras com jeitinho
depois com algum atrevimento
dispus uma a uma com carinho
creiam, não era um passatempo
a poesia nascia-me devagarinho

Seria precoce a minha inspiração
quando pouco a pouco, os versos
faziam-se poemas, em doce união
meus anseios não eram dispersos
porque na singeleza havia emoção
a poesia parecia ser meu universo
 
José Carlos Moutinho 
Setembro/2025

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

#Sucesso, o que é?

 

O que será o sucesso
uma fugaz ilusão
ou um momento passageiro?

Talvez o sucesso seja como o vento
tão depressa surge com força
como de repente desaparece no ar

Poderá o sucesso ser
imaginação que se alonga até ao pódio
ou sensação de encantada miragem

Soubesse eu descrever o sucesso
e senti-lo em mim, como uma energia
certamente eu atingiria o vórtice da
realização
se não esmorecesse na maré da frustração
talvez despertasse na aurora da realidade
 
José Carlos Moutinho 
Setembro/2025

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

#PASSA O TEMPO

 

PASSA O TEMPO
José Carlos Moutinho
Portugal
 
Na quietude do meu pensamento
lembro as margens de um tempo vivido
onde as páginas dos sonhos se escondiam
na timidez da exposição
e no corar das palavras
Recuo aos instantes
dos (quase) silenciosos murmúrios
sufocados pelo bater agitado do coração
porque as palavras calavam os anseios
 
Passa o tempo, fica a memória
com lembranças inesquecíveis
ainda que a coragem esmorecesse
nos braços da utopia
 
Momentos agitados por paixões
intimidadas pelos olhares fixos
causadores de uma terrível incerteza
embora os sorrisos fossem convidativos
 
Outro tempo, outra jovialidade
outros pensamentos acoitados na ingenuidade
quando os sonhos, tantos sonhos
se iam construindo, cautelosamente,
e que, por vezes, oh, desilusão…
desmoronavam-se como castelos de cartas.
 
Setembro/2025
 

 

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

#BRILHO BASTANTE

 

BRILHO BASTANTE
José Carlos Moutinho
Portugal
 
Emergem sonhos da bruma dos pensamentos
acinzentados de ilusões
que, por vezes, nem o sol os dissipa
 
Há abraços imaginados, perdidos no desejo
e beijos sufocados pela frustração
 
E se, por acaso, se sente a carícia da brisa
soprada pela maresia da vontade
talvez, a areia quente da ansiedade
se faça realização
 
Então, ainda que as sombras
das nuvens passageiras da inquietude
tentem dissipar os sorrisos
estes, terão brilho bastante, que as ofuscará
 
E será, sob o cintilante luar,
que todos os sonhos, abraçados às utopias,
se farão momentos de prazer
e, quiçá, de felicidade
 
Na chegada do breu, pelo cair da noite
o sono, quietude do subconsciente,
navegará no mar da serenidade
por inimagináveis viagens
em absoluto devaneio
 

Setembro/2025

terça-feira, 2 de setembro de 2025

#OS MEUS SILÊNCIOS

 

 Envolvo-me nos meus silêncios
que me abraçam na solidão
dos momentos de nostalgia,
imagens dominam-me os pensamentos,
sombras de ausência,
tentam sobrepor-se ao sol dos sorrisos!
 
O calor do seu abraço
transporta-me por maresias perfumadas,
que roçam as águas cálidas do meu sentir,
salpicadas de espuma da paixão
que me fazem navegar em doce ondular!
 
Os meus silêncios despertam-me,
no vibrar do meu coração exultante
pelo deslizar nas dunas do seu corpo,
e pela carícia de suas mãos no meu peito
que me extasiam no prazer do amplexo!
 
E estes silêncios que me tomam as horas,
da letargia que domina a minha solidão,
suavemente tornam-se melodias,
na memória do amor ausente
que ansiosamente se deseja presente.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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