domingo, 1 de fevereiro de 2015

Se a alma não sente





Folhas secas levadas p’lo vento
são ilusões frustradas, fenecidas,
mágoas caladas p’lo sofrimento
da dor de emoções escurecidas.

Porque a vida é uma roda que gira
teimosa, insistente sem se cansar,
façamos o mesmo, sem mentira
porque um dia tudo isto irá terminar.

Se pensarmos calma e friamente
veremos que pouco adianta a ilusão
e a dor, fingindo que a alma não sente…

Façamos das tristezas alegrias,
que se afogue qualquer desilusão
e naveguemos calmos sem manias…

José Carlos Moutinho

sábado, 31 de janeiro de 2015

Emoções





As emoções são sentires da alma,
é brisa que se sente sem se ver,
são desatino ou de muita calma
serão de alegria ou de muito sofer.

Mas que seria a vida sem emoções
se elas são a razão do nosso viver.
no chorar e cantar dos  corações.
até nestes versos que estou a escrever.

Emoções brotam do sentimento
fonte da alma, de águas cristalinas
tantas vezes sem discernimento…

Com emoção deixo este soneto
com palavras singelas e finas
finalizo assim este terceto…

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Admirando a natureza





Vagueavam os meus olhos castanhos
P’la verde paisagem em meu redor
Fascinante de encantos tamanhos,
Sorria com a grandeza da sua cor.

Deixe-me enlevar por sua beleza,
O Céu azul, p’las núvens matizado
Tela perfeita com singeleza
Que me deixou assim enfeitiçado.

Ah… Natureza maravilhosa
Tanto ofereces e pouco pedes,
Tens vida tens cor, és caprichosa…

Queres respeito pelo que tu dás
Com satisfação a todos tu serves
Tens em ti a felicidade da paz.

José Carlos Moutinho

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Rio Douro,. no Picote





Sentado sobre as arribas,
Rodeado pelo silêncio da paz,
Absorvo a bucólica paisagem
Que me penetra os sentidos
numa serenidade emocionante!
Olho fascinado lá em baixo
Onde o rio se divide fantasiosamente
E deixo-me enlevar pelo encanto
Que me é permitido apreciar!
Corre calmamente este grande rio
Que se veste de ouro, pelo nome
Cujas águas transportam a vida
E o trabalho de muitos,
Que dele fazem o caminho da esperança!

Ah…estas paisagens deslumbrantes
Que o planalto mirandês oferece,
E que nesta imagem de delirante beleza
Situada no Picote
Pequena aldeia transmontana
Me faz sonhar…
Sonhos que serão ilusões
Ou talvez simples devaneios
Pelos céus de etéreos voos!

Imagino o longe, muito longe,
Onde um fio de água,
Nascido em terras da estranja
Desliza pelas nossas, com a carícia
Que afaga estas nossas arribas,
E que irá, após muitas curvas e escombros,
Correndo por entre profundos vales,
Mergulhar no mar, lá longe, muito longe,
Abraçando-o, feliz pelo dever cumprido.

José Carlos Moutinho

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Desapontamento





Desviava-se dos ventos fustigantes
Convencendo-se de que lhe eram alheios,
mas as folhas secas que se colavam no seu rosto
despertavam-no para a realidade
que se esculpira na sua alma
sulcando-lhe o coração
com desilusões,
que antes se vestiam de utopias,
desfilando em coloridas ilusões
pelas passarelles da escrita…

...Mas a plateia inteligente e superior,
na sua envídia ignorância,
ia-o marcando negativamente
com traços negros de hipocrisia e falsidade
desfazendo sonhos,
abalando a sua anterior coragem
enegrecendo os caminhos do futuro…
…do futuro que se afunilava
para o túnel da resignação
roçando as paredes do desapontamento.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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