domingo, 30 de agosto de 2020

Gosto de olhar o mar

 Gosto de olhar o mar

Gosto de escutar o marulhar
e sentir o perfume da maresia
gosto da melodia do mar
que permite inventar-me poesia,
não, não sou poeta neste sentir
sou somente emoção do momento,
gosto de ver gaivotas a partir
das areias, sopradas pelo vento,
e neste cenário de encantamento
deixo-me levar pelo devaneio,
sol que se perde no firmamento
nesta saudade vestida de anseio

José Carlos Moutinho
30/8/2020

sábado, 29 de agosto de 2020

Reflexão do meu sentir

 Alimento o meu sentir a vida
com tão pouco, mas tão pouco
que algumas vezes se torna impossível
conseguir esse pouco...

pois, por ser pouco, dá-se pouco valor,
dizem que acrescenta pouco
ao tanto que muitos poucos têm,

mas eu, que sou pouco na ânsia do muito,
vivo assim com este sentir,
talvez por ser muito convencido
que o meu pouco é demasiado valioso,

dispenso o muito
que a mim pouco acrescenta,
salvo se esse muito
for emanado de sentimentos nobres,
como a humildade, que em mim,
alguns confundem com arrogância,

sou consciente das minhas capacidades,
não me deixando, porém,
ancorar nas limitações
que tento sempre ultrapassar,
se não conseguir,
não me farão sentir frustrado
porque tentei,
 
sou muito neste meu sentir a verdade
e tão, muito pouco, na demagogia
que, certamente, alguns dirão
ser a essência deste texto
 
José Carlos Moutinho
29/8/2020
 

 


quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Assim de repente

 Assim de repente...

Olho para trás neste meu tempo
sinto, inquieto, a sua celeridade
nem sequer adianta um lamento
porque a vida tem esta realidade

Ainda que procure convencer-me
de que tudo não passa de ilusão
não consigo evitar esmorecer-me
perante este meu sentir desilusão

José Carlos Moutinho
27/8/2020

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Como se fosse poema

Como se fosse poema

Ainda que as palavras me fujam...
ancorado em mim está o pensamento
com capacidade de reter
o que as palavras recusaram...

depois, na acalmia do papel
liberta-se o pensamento
jorrando partículas cristalinas
de emoção poética
que, eventualmente,
se plasmarão no tempo

José Carlos Moutinho
26/8/2020

domingo, 23 de agosto de 2020

Escutar o vento

 Escuto o vento

Gosto de escutar o vento
no seu sopro mais sereno
admito que é um tormento
quando ele se torna obsceno

Obsceno quando se inquieta
grita louco silvar assustador
e quando assim é uma treta
não gosto quando ele é pavor

Mas se depois vem a brisa
volta tudo à pacata serenidade
numa acalmia tão precisa
para que se sinta tranquilidade

José Carlos Moutinho
23/8/2020

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

MAR DE SAUDADE

 A sair em Setembro de 2020. Quem estiver interessado em adquirir este livro de poesia, envie-me uma mensagem, para o meu email: zemoutinho@gmail.com


quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Mar de Saudade

 

Pergunto ao vento

Pergunto ao vento
...
Pergunto ao vento que passa
para onde ele se dirige
e o vento que já passou
nada me respondeu

Então, olho para o tempo que não vejo
e pergunto para onde vou eu
e o tempo que não me responde,
deixa-me a pensar
como tudo é tão...
simplesmente passageiro

José Carlos Moutinho
19/8/2020

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Utopias

 Utopias

Ai esta suave brisa que me afaga
e cala as palavras vazias
que dizem que a vida acaba
não passam de simples utopias

Vivo emoções esqueço tristezas
há neste meu abençoado viver
um jardim de imensas belezas
que cultivo com alegre prazer

José Carlos Moutinho
18/8/2020

VENTOS AUSENTES

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Voltar

Voltar

Quero voltar ao tempo
das amoras silvestres do meu caminho,
pisar o chão calejado por pés empedernidos,
chutar as pedras como se fossem bolas...
quero voltar a ouvir os melros cantarem
nos campos esverdeados de sonhos,
fascinar-me com o girar
das velas dos moinhos de vento...
quero voltar a aspirar os cheiros
da terra que me viu nascer...
quero voltar a ser menino,
sonhar que o tempo não passou por mim,
quero simplesmente...
voltar

José Carlos Moutinho
17/8/2020

sábado, 15 de agosto de 2020

É tempo

...

É tempo de pensar...
para que valha a pena viver
é tempo de reflectir...
que a futilidade é inútil
é tempo de actuar...
fazendo da dignidade caminho
é tempo de viver...
com fraternidade,
humildade,
sinceridade
e...amizade
é tempo de entender a pandemia
para se saber usar o tempo

José Carlos Moutinho
15/8/2020

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Em jeito de reflexão

Em jeito de reflexão

Só quero falar de coisas
das mais simples da vida,
que gosto da luz do luar
e que sem sol sou tristeza,
que a brisa é como caricia
que traz o perfume da natureza!

Também quero falar das tais coisas
que de tão simples,
são difíceis de encontrar...
paradoxo, talvez seja,
porque a vida também o é,
falo da amizade e da verdade
da sinceridade e frontalidade
e falo do amor que anda em desvario!

Só quis falar das poucas grandes coisas
que podem fazer de nós, seres diferentes

José Carlos Moutinho
13/8/2020


quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Sentires

Sentires

Ainda que o dia se faça noite
nos caminhos por onde passo
levo comigo a luz do sol afoite
que me tira de qualquer embaraço

Mas se a noite se vestir de luar
sereno, contemplarei as estrelas
descanso do meu longo caminhar
enquanto penso em coisas belas

José Carlos Moutinho
12/8/2020 

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Não finjo!


Não, não finjo mais
que o tempo se eternizará em mim
nem mesmo as histórias que invento
e plasmo nos livros
terão a possibilidade de me enganar...

quando muito, o que as histórias podem,
e isso já é um anseio meu,
é de que me permitam pensar-me eterno
enquanto essa eternidade for possível,
pelas palavras que ficam,
livres, independentes
de qualquer ancora do tempo

31/7/2020

quarta-feira, 22 de julho de 2020

poemas

...
Os meus poemas
são simples palavras
que eu, aleatoriamente,
solto nas mãos da brisa das emoções
de quem as lê,
e, se forem do agrado,
talvez se fixem nas páginas do tempo

José Carlos Moutinho

AFECTOS DOS AVÓS

terça-feira, 21 de julho de 2020

Em jeito de improviso

Eram murmúrios o que se ouvia
nas tardes quentes de verão,
talvez fossem cantos ou poesia
pois havia sempre muita emoção

O ar perfumava-se de maresia
quando junto do mar se namorava,
a paixão era tanta que não cabia
no peito, se a paixão estonteava

Olhando a lonjura do horizonte
levados no vulcão das emoções,
nem toda a água vinda da fonte
apagava aquelas loucas paixões

21/7/2020

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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