sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Alegoria



Céu azul,
Chovem utopias,
Em chão florido de quimeras,
No ar bailam sonhos,
Ruas engalanadas com fantasias,
O vento parou,
Espera pelos abraços,
Vindos nas asas da esperança,
Árvores libertam perfumes,
Essências raras,
As flores têm corolas mais coloridas,
O chilreio das aves é melodia encantada,
Que nos acalma os sentidos,
Despertos e irrequietos,
O mar azul, nas suas ondas,
Leva-nos para o paraíso,
Onde o coração bate calmamente,
E a alma se liberta,
Das agressões do quotidiano,
E se deslumbra pela beleza,
Da vida.
Desta vida!

J.C.Moutinho

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Olhemos a luz das estrelas



Vem aconchegar-te nos braços do meu desejo
Cruza o bréu de ignomínias
Sente o calor do sol das ilusões
Atravessa os desertos das invejas
Contempla o oásis do tempo
Do viver tranquilo, das flores
E respirar o ar da emoção
Sonhemos o inimaginável
Vivamos o imprevisível
Alcancemos o impossível
Olhemos a luz das estrelas
E mergulhemos no mar da constelação
 Voemos nas asas dos meteoros
Deslumbremos a terra, com a nossa paz
E naveguemos em águas de amor,
Ainda que o luar esteja apagado
O sol adormecido
E a aurora tarde
O crepúsculo virá!

J.C.Moutinho

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Momentos



Deito-me no mar do teu desejo,
Rolo nas ondas do meu querer,
Corremos pela areia do prazer,
Nesta longa e iluminada praia!

Aspiramos os ventos dos sentidos,
Descobrimos tonalidades nas flores,
Voamos nas asas das ilusões,
Acalmamos o frémito das emoções,
Somos levados na etérea quietude!

Olhamos o horizonte,
Fascinados pelo crepúsculo,
Sentimos o ar da brisa,
Que nos refresca os rostos
E que faz aconchegarmo-nos mais,
Fazendo sentir-te em mim,
O teu eu é a minha vontade!

Esperamos pela alvorada,
De um novo dia de amor,
Das nossas vidas!

J.C.Moutinho

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Rio Tejo



Tu que vens de tão longe,
Pequeno, quase criança,
Deslizas, crescendo pela avenida do teu leito,
Ladeado pelas alamedas,
Verdejantes, arborizadas e floridas
Das margens da tua vida,
Tornas-te adulto,
Mais maduro e belo,
Quando os raios solares,
Reflectem no teu corpo,                                    
És romântico com o luar,
És sereno quando queres,
Turbulento, quando te provocam,
Podes ser a alegria e a morte,
Exiges respeito!

Não corras tão depressa,
Porque vais perder-te no mar

Um dia, recusaste-me,
Nas águas do teu ventre,
Devolveste-me à vida,
Toleraste a minha inocência!

Tens a grandeza da tua autoridade
Serás eternamente importante
Marcaste a minha vida
Meu Rio Tejo

J.C.Moutinho

domingo, 23 de janeiro de 2011

Enlevo



Subo pelas escadas do teu corpo,
Inebrio-me com o teu perfume,
Elevo-me no desejo de te abraçar,
Enfeitiço-me com a luz dos teus olhos
Que tornam as cores do arco-íris mais belas,
Neste dia de sol tímido!
Depois da chuvada dos deslumbramentos
E dos sentidos despertados,
Procuro o caminho do teu coração,
E nele me deixo repousar,
Auscultando o som melodioso da tua alma,
Que me deixa hipnotizado numa sonolência,
Fantástica de entorpecimento!             
Emoções vibrantes, controladas,
De dois corpos quentes de amor
E pensamentos fantasiosos!
Respiro o ar em ti,
Tu sentes o arfar em mim,
Em nosso enlevo!
Ignoramos o mundo que gira à nossa volta,
Os sons que nos envolvem,                                                                                 
Têm o lirismo de uma poesia,
Pessoas que correm, descontroladas
Parecem carrossel alucinante,
Este mundo é só nosso!

J.C.Moutinho

sábado, 22 de janeiro de 2011

Exclusão social



Entro na madrugada do meu tempo,
Encontro nuvens pesadas de inquietações,
Sopram ventos de desalentos,
Tempestades violentas de infortúnios,
Tortuosas ruelas de misérias,
Seres abandonados, sem teto,
Um mundo de desgraçados,
Engolidos pela fome.
São cenários de dura realidade,
Caixas do lixo, mesas dos infelizes,
Viadutos e arcadas, leitos dos esfarrapados,
Gente que calada, sofre no seu silêncio,
Cabisbaixos, envergonhados,
Como se a sua desgraça fosse a vergonha deles….
Quando a sociedade é a culpada
Descalços num frio enregelador,
Deambulam por entre os carros,
Como se fossem as suas ruas,
Tristeza que dói, mas não comove
Quem passa e desvia o olhar,
Gente que vegeta num mundo desvairado
E consumista!

J.C.Moutinho

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Emoções soltas

 
Quando vens com esse olhar cálido,
Numa volúpia atitude de entrega,
E te encostas a mim,
Despertas-me os sentidos,
Libertas-me as emoções,
Acordas-me o desejo,
Soltas-me os pensamentos que voam,
Numa devassa vontade de luxúria,
E loucura em querer subjugar-te,
Ao mesmo tempo tornar-me teu servo,
Do prazer, da entrega de irracionais paixões,
Quando beijamos, atingimos o inimaginável,
Que descontrola por completo,
A nossa razão e serenidade,
E transporta-nos a um outro mundo excitante,
Sentir em meus braços o teu corpo,
Fervendo numa ânsia imperiosa,
Que nos leva a esquecer tudo.

Libertemo-nos deste pecado
De não deixarmos de nos amarmos!

J.C.Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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