domingo, 25 de fevereiro de 2018

Escuta o Vento





Escuta-me com atenção,
Se puderes, escuta o vento
Calmamente, sem pressas e sem fobias,
Fecha os olhos…
ouve simplesmente o lamento
que o vento murmura docemente
quando fala contigo…
só tens de sentir o que ele sente
quando te sibila fantasias!

Se conseguires sentir o que ele te diz,
Acredita que tens o privilégio
E a graça de o entenderes
No Universo que é só teu!

Mas se o vento te assobiar
Ainda que suavemente
E não o entenderes,
Reflecte, porque certamente
Andarás perdida em algum outro Cosmos
Que o vento desconhece!

Então, escuta-me
ainda com mais atenção,
Volta a fechar os olhos…
Tenta escutar novamente
O que o vento te quer dizer,
Se te concentrares e acreditares
Verás que atingirás a glória
De entenderes os afagos do vento

José Carlos Moutinho

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Como se tudo fosse assim


Não sei mais o que faço
se te ignoro ou te dou um abraço,
tantas palavras sem nexo me disseste
que já nem sei se alguma vez me entendeste...

creio que fizeste o tempo tornar-se lasso
perdeste o teu rumo com errado passo,
agora resta-te seguir, serena, o teu caminho
bem diferente do que eu te oferecia com carinho...

só o tempo te mostrará se estavas certa
todavia, digo-te que terás a minha porta aberta,
há em mim o discernimento da quietude
que me permite ter para contigo esta atitude

José Carlos Moutinho
24/2/18

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

...

...
Soprava o vento pelas frestas dos sonhos
quando um arrepio me acolheu na saudade
daqueles momentos felizes e tão risonhos
que perpassam pelo lençol da realidade
que no meu quarto me cobre da escuridão
murmurando palavras que tocam meu coração


José Carlos Moutinho


...

...
O meu olhar é um mar de ilusões,
quando um dia ele se apagar
serei um campo seco, de emoções
se jamais conseguir voltar

José Carlos Moutinho

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

A Noite



A noite está dorida pela insónia
que a transtorna,
estremece com os estranhos sons do silêncio
e assusta-se com as sombras dos pensamentos!

Tenta adormecer, mas as estrelas não permitem
iluminam-lhe a madrugada...
concentra-se nos murmúrios do vento
e arrepia-se com o frio que lhe penetra o sono!

As horas voam-lhe pelas entranhas,
adormece ao som do chilreio das aves
que despertam com a alvorada!

A noite só descansou no cintilar do sol

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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