domingo, 2 de agosto de 2020
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Não finjo!
Não, não finjo mais
que o tempo se eternizará em mim
nem mesmo as histórias que invento
e plasmo nos livros
terão a possibilidade de me enganar...
quando muito, o que as histórias podem,
e isso já é um anseio meu,
é de que me permitam pensar-me eterno
enquanto essa eternidade for possível,
pelas palavras que ficam,
livres, independentes
de qualquer ancora do tempo
31/7/2020
sábado, 25 de julho de 2020
quinta-feira, 23 de julho de 2020
quarta-feira, 22 de julho de 2020
poemas
...
Os meus poemas
são simples palavras
que eu, aleatoriamente,
solto nas mãos da brisa das emoções
de quem as lê,
e, se forem do agrado,
talvez se fixem nas páginas do tempo
José Carlos Moutinho
terça-feira, 21 de julho de 2020
Em jeito de improviso
Eram murmúrios o que se ouvia
nas tardes quentes de verão,
talvez fossem cantos ou poesia
pois havia sempre muita emoção
O ar perfumava-se de maresia
quando junto do mar se namorava,
a paixão era tanta que não cabia
no peito, se a paixão estonteava
Olhando a lonjura do horizonte
levados no vulcão das emoções,
nem toda a água vinda da fonte
apagava aquelas loucas paixões
21/7/2020
segunda-feira, 20 de julho de 2020
sexta-feira, 17 de julho de 2020
Passagem
...
Pelos caminhos do tempo
do tempo que se faz passagem
vive-se com alegria ou tristeza cada momento
porque a vida é, também, no tempo, uma paragem
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 15 de julho de 2020
segunda-feira, 13 de julho de 2020
Exorcizo
Nas tardes solitárias do meu viver
vagueio entre ruelas escondidas
desviando-me das desilusões...
E, teimosamente, busco
as esquinas das fantasias,
onde exorcizo meus pensamentos
domingo, 12 de julho de 2020
sábado, 11 de julho de 2020
Palavras, pétalas perfumadas
As palavras, pétalas perfumadas
adormecidas sobre o papel branco
ansiavam que mentes inspiradas
fizessem delas um poema franco
Eis que, mãos trémulas iniciaram
este simples soneto de ilusões,
versos começados que não acabavam,
pois, eram tremendas, as confusões
Todavia, sem pensar em desistir
lá foi surgindo inquieto o poema,
que aqui, vos é apresentado a sorrir…
Pode não ter muita graça, acredito,
mas pensando que não causa problema,
devemos considerá-lo inaudito!
José Carlos Moutinho
24/10/19
quinta-feira, 9 de julho de 2020
Não era hora
Dois rios marcaram minha vida
em Portugal no maravilhoso Tejo,
Angola no Kwanza, sorte atrevida,
sustos com o tempo de um beijo
Minha hora não era chegada
no primeiro a aflição foi imensa,
com o segundo mais controlada
a morte não marcara presença
José Carlos Moutinho
9/7/2020
quarta-feira, 8 de julho de 2020
Recordo-te, mãe
Estás sempre presente em mim, mãe!
teus olhos eram lagos cintilantes
onde eu mergulhava a minha inocência:
luz do meu caminho,
ternura da minha segurança,
teus braços tuas mãos eu fazia leito da minha acalmia
e a tua voz melodiosa, doce, fazia sentir-me sempre criança!
Tenho saudades de ti, mãe.
Bem sei que lá do alto,
uma estrela maior continua a brilhar,
não a distingo dos milhares que lá no céu cintilam,
mas sinto-a, mãe,
sinto-a no ardor dos meus desatinos
dessa luz de ti,
recebo a força para continuar a navegar
ainda que enfrente marés de inquietude
sei que tenho em ti, o meu porto de abrigo.
Tenho saudades de ti, mãe.
Não te dei o carinho que merecias…
pois de ti recebi tanto amor, tanta compreensão
o teu coração era feito de bondade e amor, mãe!
Foste benevolente e tolerante,
mesmo nos instantes em que a revolta podia ter mais força...
estende-me os teus braços mãe,
e deixa-me neles repousar
quero adormecer com o murmurar da tua voz,
estou cansado,
cansado desta estrada sem rumo,
deste deserto de mim
e da bruma perdida na miragem do meu tempo.
Estou cansado mãe!
Cansado deste tempo que me domina,
embora o tempo seja nada, que o próprio tempo ignora,
tenho saudades e estou cansado, mãe!
José Carlos Moutinho
In "Calemas"
agora também em e-book
segunda-feira, 6 de julho de 2020
domingo, 5 de julho de 2020
Dá-me um beijo
Dá-me só mais um beijo
minha querida linda morena,
satisfaz-me este meu desejo
vontade que não é pequena
Afinal que te custa um mais
foram tantos os que me deste,
teus beijos são doces florais
das emoções que me teceste
Vá lá, não sejas assim vaidosa
a não ser que não me queiras,
ainda ontem estavas amorosa
sob o perfume das laranjeiras
José Carlos Moutinho
5/7/2020
sábado, 4 de julho de 2020
Que não te disse
Não sei das palavras que não te disse,
o tempo levou-as na aragem do deserto
em que nos transformaste,
por vezes, parece-me ver-te em miragem,
mas quando fixo o horizonte,
já não te recordo,
sinto-te nuvem de alvura perdida,
vento em desalinho
e muito raramente, brisa,
ou onda perfumada de cheiro de mar
que foste...
ficaste-me na lembrança
pelo que não te disse,
porque as palavras esfumaram-se
quando nos ausentamos
dos abraços
4/7/2020
#Poema à vida
Poema à vida, que enalteço agora
por tudo o que ela me tem dado
que a felicidade não vá embora
continue eternamente a meu lado
Os caminhos colocam-se a nós
temos de os escolher serenamente
entre os que são contra ou os prós
procurando conviver com boa gente
José Carlos Moutinho
4/7/2020
sexta-feira, 3 de julho de 2020
O mal não estava na gaivota
Perguntei à serena gaivota
que no meu quintal descansava,
o que fazia ela à minha porta
se até ao mar, muito distava
Ela olhou-me, achando-me idiota
por lhe colocar aquela questão,
porque, se não fala, a gaivota
como poderia responder, então
Levantou voo a gaivota a grasnar,
ignorando-me com tal displicência
que, confesso, me deixou a matutar
se eu estava imbuído de demência
José Carlos Moutinho
3/7/2020
quinta-feira, 2 de julho de 2020
Outros tempos
Respiravam-se ilusões
sonhava-se de olhos abertos
fervilhavam as emoções
caminhava-se por desertos
quando eram escusa as paixões
Eram muitos os sentimentos
que a juventude acalentava
alguns feitos de tantos lamentos
outros, belos que a alma cantava
fugazes, porém, levados pelo ventos
2/7/2020
Foto tirada de um 7º andar da Avenida Marginal,
com a Baía de Luanda ao fundo
quarta-feira, 1 de julho de 2020
Era...
Era um tempo de perfumes de coco, manga e maresia
que se colavam nos sonhos de juventude
de onde brotavam paixões e amores
alguns realidade, outros platónicos
era um tempo de inocência e rebeldia
de atrevimento e timidez.
Era...foi...tudo acabou,
aconteceu mutação provocada pelo tempo,
sem retorno e que, inexoravelmente,
vai a caminho do desconhecido....
1/7/2020
terça-feira, 30 de junho de 2020
O poema é o que o poeta quiser
Não sei se escreva poemas
ou, talvez me dedique à pintura,
quando entendem que os temas
são queixas com alguma tortura
Assim, uma vez mais vou dizer,
poesia é sorriso e choro do poeta,
como tal o tema não tem que ser
o que o leitor pensa e arquitecta
Não escrevo as minhas dores
pois não me exponho ao mundo,
os poemas são espinhos e flores
alheios a mim, não me confundo
Então ao lerem a minha escrita
não se compadeçam de mim,
não sofro de qualquer desdita
pensem-me em constante festim.
30/6/2020
segunda-feira, 29 de junho de 2020
Palavras que falem
...
Gosto que as palavras me falem
apesar de serem tão silenciosas
deixam que os versos não calem
poemas de estrofes harmoniosas
jcm
29/6/2020
Caminhante
...
Caminhante da vida que passas altivo
quem te pensas, humana pessoa
pois, não és nada mais que um silvo
da passagem do tempo que por ti voa
jcm
29/6/2020
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Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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