quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
# 𝑸𝒖𝒂𝒅𝒓𝒂𝒔 𝒂𝒓𝒎𝒂𝒅𝒂𝒔 𝒆𝒎 𝒑𝒐𝒆𝒔𝒊𝒂
terça-feira, 4 de fevereiro de 2025
#Coisas do silêncio
que me rodeia
nada me diz?
Ele que faz parte de mim
nos momentos
em que me entrego à imaginação
das coisas que me faz pensar ser poesia…
Talvez o silêncio do silêncio
seja a razão da minha inspiração
e que sem ele, nada acontecesse…
Sei lá eu, dos mistérios do tempo
e das vontades acontecidas
oriundas das ideias
que se plasmam nas dóceis palavras!?
Admito que me sinto bem
apesar deste som calado
que me abraça e me envolve por inteiro
numa amizade intemporal!
Todavia, este meu amigo silente
é, por vezes, perturbado pelo som
produzido pelos meus dedos
sobre as alvas letras,
acomodadas no negro teclado
E…neste silêncio que é só meu
construí estas singelas estrofes,
perfumadas por esta paz
tão solitária, mas que é só minha
José Carlos Moutinho
19/1/2025
Portugal
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025
# Como poderei esquecer
Sim...
Confesso que no meu peito
há uma inquietude que se aconchega
na saudade daquele outro tempo...
tempo ainda tão curto na minha existência!
Agora, na serenidade dos meus pensamentos
recordo o sol que me aqueceu a alma
e as ilusões que me faziam apaixonado,
lembro nostalgicamente as acácias vermelhas
que floriam as ruas e caminhos do meu sonhar,
sinto falta do mar que me acolhia e abraçava
e... jamais esqueço o cheiro de terra molhada
que se entranhou na minha essência...
Como poderei eu esquecer os amores
que me tomavam por inteiro
e me faziam sonhar,
sonhos irrealizados...
melancolicamente platónicos!
Sim...
De repente apeteceu-me recordar
os velhos e bons amigos das farras das garagens
e a solidariedade que ainda não era palavra vazia...
E… a inquietude do meu peito vai acalmando
ao fixar a imagem
do meu rosto adolescente,
como se pudesse voltar ao outro tempo.
José Carlos Moutinho
Portugal
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
#Pelo menos
onde os versos fossem harmonia
as metáforas, brisas de felicidade
as estrofes, marés de amizade
as rimas, rios de amor
e dos poemas, um mar profundo e revolto
onde a hipocrisia
o ódio
a mentira
a desumanidade
a guerra
o atropelo
a indignidade
e a falta de carácter se afogassem
impiedosamente
Mas como será muito difícil conseguir
pelos menos que os ventos soprem serenamente
e os luares iluminem a humanidade
os sóis aqueçam a frieza de algumas almas
e que a paz seja uma realidade
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
#Trago comigo um relógio
Trago comigo um relógio
sem ponteiros, sem segundos e sem minutos e horas
mas sinto o seu tic tac
em cada suspiro dos meus dias
Por vezes, esse batimento sincopado é mais rápido
outras, pulsa tão suave que quase esmorece
E se quiserem saber
digo-vos que este relógio é tão antigo como eu
devo mesmo acrescentar
de que ele começou a bater
mal vi a luz desta minha vida
Desde então, tem sido um companheiro fantástico
sempre presente
jamais faltou um minuto sequer
durante estes longos anos do meu existir
Tenho a certeza…
de que este excelente regulador do meu tempo
só me abandonará
naquela hora em que eu deixarei
as caminhadas da vida,
ao partir para a viagem da eventual eternidade
Aí sim, este meu querido e excelso marcador dos minutos,
parará, também, definitivamente
Até lá, reloginho da minha vida e encanto meu
aceita o meu abraço de gratidão!
José Carlos Moutinho
terça-feira, 28 de janeiro de 2025
#Teias da vida
O sonho comanda a vida (disse o poeta)
Então que dizer de quem nunca sonhou vir a ter 16 livros publicados. Milagre? Não! Direi que tem sido muita teimosia, numa resiliência brava e, talvez, obessiva compulsão para a escrita.Sou famoso? Não! Também não tenho essa pretensão, mas sou, com toda a certeza, muito feliz pelos resultados que tenho tido e que devo, inquestionavelmente, aos meus leitores/amigos.
OBRIGADO!
Eis a TEIAS DA VIDA, Contos, Crónicas e Poemas.
domingo, 19 de janeiro de 2025
# Coisas do silêncio
que me rodeia
nos momentos
em que me entrego à imaginação
seja a razão da minha inspiração
e das vontades acontecidas
oriundas das ideias
apesar deste som calado
que me abraça e me envolve por inteiro
Todavia, este meu amigo silente
é, por vezes, perturbado pelo som
produzido pelos meus dedos
sobre as alvas letras,
construí estas singelas estrofes,
segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
#Milagre da escrita
O bater cadenciado do meu coração
é melodia que o silêncio do meu pensamento
necessita para seguir uma rota
nunca antes programada
Então, do nada, inesperadamente,
vão surgindo as notas que me permitem
criar, inventar ou sei lá…
imaginar poemas ou simples textos
Creiam, que a mim mesmo, deixa confuso,
o que me acontece,
pois, começo a escrever sem ideia preconcebida
e o “milagre” dá-se, como por inspiração divina!
Obviamente, será até uma heresia
esta minha alusão ao fenómeno
que me acompanha desde há muito tempo:
singelo à vontade
que me leva a fazer das palavras
miragens utópicas…
e a dança das metáforas, rimas e estrofes
em fantásticos e líricos passos
dá início a um encantado baile de versos…
Não! Não me considero um ser especial,
nem sequer o entendo nos poetas
ou naqueles que usam o léxico,
como instrumento de criação de suas obras
Direi que sou, somente, um privilegiado
em ter a sorte da imaginação
e de saber o ritmo da semântica
e de ter discernimento
da minha insignificância.
quinta-feira, 9 de janeiro de 2025
# Enleios
serenamente, nas asas do tempo
pelo sopro do vento
por lugares desconhecidos…
talvez encontre o paraíso
da tranquilidade e da maresia
por praias onde a tristeza se ausenta
e as areias sejam aconchego espiritual!
Então, encontrado este anseio
à sombra das palmeiras
deixo-me levar pela mente
por galáxias coloridas por sonhos…
e quando o mar me beijar os pés
e eu sinta a frescura da vida
terei a certeza de que os sonhos
serão realidade
se os sonharmos como tal!
Se o lirismo me tomar como refém
adoçando os meus pensamentos
na acalmia das horas esquecidas
sentir-me-ei feliz por existir
e ter a capacidade de pensar quimeras
José Carlos Moutinho
9/1/2025
segunda-feira, 6 de janeiro de 2025
# É o que quiserem
mas quando tentei iniciar tarefa
não me surgia qualquer tema
p’lo pensamento o caos atravessa
Tentei uma vez, outra e mais uma
a minha inspiração estava falida
meu pensar era de total bruma
desolado pela minha incapacidade
foi num louco e determinado afã
porém, surgiu um contratempo
Voltei com o vento a resmungar
sobrevoámos as ondas agitadas
porque eu queria abraçar o mar
Assim surgiu uma coisa qualquer
que não sei como devo classificar
pois que seja o que alguém quiser
José Carlos Moutinho
6/1/2025
domingo, 5 de janeiro de 2025
#Viver
Correm mansas águas pelos rios
e os dias, meses e anos por mim
viver é alegria e alguns calafrios
e eu vou fazendo quadras assim
Velozes vão passando os anos
que sequer nos apercebemos
não desistimos de fazer planos
incógnito é o futuro que teremos
Há que gritar ao vento liberdade
a maravilha e privilégio de viver
entre mentiras e alguma verdade
vamos prosseguindo até mais ver
pleno de conflitos e desumanidade
amor superado por ódio profundo
José Carlos Moutinho
5/1/2025
sábado, 28 de dezembro de 2024
# VEM EM PAZ…2025
trazendo o sonho da esperança
que esteja imbuído no seu clima
de muita paz e eterna bonança
Cada dia dos tantos de cada mês
sejam perfumados pela alegria
o realizar não seja simples talvez
porque viver é, também, poesia
2025 é o tal que está a chegar
deixando 2024 cansado para traz
que o novo conheça o verbo amar
e que traga ao mundo muita paz
Eu que não sou de meias medidas
desejo a todos saúde e felicidade
vamos por aí alegres com cantigas
mostrar que o amor é a verdade
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
# VENHA 2025, EM PAZ
quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
terça-feira, 17 de dezembro de 2024
# Natal, utopia?
e de ti, despojado de roupa, de sustento e
de alma,
e lembro-me, também, do soldado que morre
por ignorância e despotismo de ditadores!
Nesta data, dita festiva, que é, realmente,
não o é, todavia, para todos, infelizmente!
Há os desvalidos abandonados pela vida,
e, quantas vezes, pelas famílias,
que ao frio, sobrevivem
às tempestades de coisas nenhumas!
Natal: É cristandade, humildade e beleza
pelo nascer da humanidade,
porém, que significado tão utópico e tão
injusto!?
cada vez melhor, na sua real interpretação,
mas, lamentavelmente, a cada ano, nada melhora
tudo se modifica para pior:
José Carlos Moutinho
17/12/2024
quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
# Palavras com sentimento do Natal
As palavras são armas
silenciosas
que, displicentes, deixam-se manipular,
o perigo está em quem as usa
se não tiver discernimento na sua utilização
que de tão benéfica,
as palavras oram queimam, ora amam
E é no Natal, que a transformação social
toma um cariz deveras incompreensível,
tantos dos que passam o ano a vociferar
e a prejudicar os outros,
assim, nos poucos dias desta época,
usam as palavras com a ternura que jamais sentiram
José Carlos Moutinho
quarta-feira, 11 de dezembro de 2024
# Em jeito de reflexão
…nas curvas do tempo
e nos espaços dos minutos,
os pensamentos voavam
saltitando como colibris em polvorosa!
E também assim foi...
…nos luares da vida
nasciam tímidos os sonhos da ilusão
que se esgueiravam
pelas brisas dos sentimentos!
Mas nem sempre assim foi...
…que os sonhos e as ilusões
se realizassem, ao sabor das vontades
e se aconchegassem na felicidade dos dias!
Tempos houve,
que nem sonhos nem ilusões floriram,
mesmo em dias ensolarados,
porque os anseios fraquejaram
perante as dificuldades criadas
pelas intenções alheias!
Mas o que foi, já foi...
…o que há agora
é um manancial de resultados
jamais imaginados,
que fizeram subir ao pódio dos sucessos
a sensibilidade de um carácter simples
que na sua resiliente luta
nunca se deixou abater
ante os sopros bravios dos mares ocultos!
Podem ter-se extinguido as ilusões,
mas não os sonhos,
que, nas marés mansas da felicidade,
navegam à bolina
da alegria de viver as palavras da escrita
José Carlos Moutinho
11/12/2024
Portugal
segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
#Três simples quadras
junto ao caminho que eu percorria
no charco coaxavam rãs, bichos mais
lembrei-me agora com certa nostalgia
Que tempos inesquecíveis de outrora...
não é saudade, mas sim simples reviver
porque este tempo que se vive agora
tão perturbado, até nos faz esquecer
Era eu, pois, tão pequeno tão menino
comigo caminhava sempre a felicidade
sereno quase sempre, por vezes ladino
deste modo lembro eu minha realidade
José Carlos Moutinho
9/12/2024
Portugal
domingo, 8 de dezembro de 2024
# Os anos
os anos do nosso viver,
velosos como segundos,
em tropel displicente
pelos corcéis insensíveis
das horas!
Depois...
talvez em desenfreada competição
um após outro,
indiferentes às flores coloridas,
à fragância da maresia,
ao chilrear das canoras aves,
ao rumor agitado das árvores…
ignorando tudo e todos
voam como luz
puxando os que têm a felicidade
de os acompanhar…
Outros…
entregues a opaca e inexorável sorte,
vão-se desligando do calendário da vida
numa fatalidade, que, certamente,
nem os anos serão culpados…
Quem tiver a benesse
de poder ir contando um a um
dos 12 do seu anuário,
dará, obviamente,
tal como eu…
Graças à vida
e aos anos que me têm acompanhado
ou, talvez…
seja eu o feliz acompanhante!
José Carlos Moutinho
8/12/2024
sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
quarta-feira, 4 de dezembro de 2024
# Versos vadios
por sentidos anseios
foram sonhos vividos
ousadias sem receios
Imaginava-se o sonho
tempo negro cansado
até o sol era medonho
dor do viver desfasado
José Carlos Moutinho
4/12/2024
segunda-feira, 25 de novembro de 2024
#Caminhei
sábado, 23 de novembro de 2024
#Gosto da utopia
Gosto da utopia
Faz-me sentir um ser sonhador,
não é que me desagrade a distopia
mas, para mim, não é a mesma coisa
o mesmo sentimento, a mesma emoção
sei lá, não tenho explicação,
só sei que me agrada imaginar-me
na acalmia de um riacho
pensando-me corrente sem destino…
por vezes, sinto-me vento inquieto,
então sopro para bem longe
as vicissitudes desta vida
forçando-as a encontrarem
o caminho da racionalidade…
até já me senti, imaginem,
árvore e ave em simultâneo
numa partilha de amizade
em total harmonia,
ramos agitados pela brisa
enquanto o chilrear melodioso da ave
acompanhava aquela dança!
Claro…dirão alguns:
que coisa mais patética,
onde já se viu, alguém ser tudo
o que atrás foi descrito?!
Responderei com todo o gosto
pela minha convicta assertividade,
de que poderei sim,
ser tudo o que eu imaginar,
porque tenho a capacidade
de me envolver, ingenuamente,
pelos caminhos sensíveis do pensamento
levando-me a viajar, feliz, pela utopia
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
#Tempo que já foi meu
Acreditem houve um tempo
que foi realmente só meu
mas partiu nas asas do vento
deixou-me em noite de breu
É sempre assim com o tempo
faz o que quer, com egoísmo
depois, claro fica-nos lamento
perante tanta falta de civismo
Quando me decido a enfrentar
a atitude arrogante, autoritária
ignora-me o que me faz pensar
se ele acha toda a gente otária
Olhem, sabem que mais eu digo
perdi a vontade de o controlar
não vá ele deixar-me de castigo
tirar-me o tempo que me restar
José Carlos Moutinho
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
terça-feira, 12 de novembro de 2024
#Ignorem os palermas
De vez em quando um desequilibrado
ou desequilibrada, talvez, já nem sei
se lembra de ter nosso nome copiado
acham graça, porque eles não têm lei
Amigos avisaram que estou duplamente
aqui e no WhatsApp com a mesma foto,
só pode ser de gente pouco inteligente
quiçá, doente mental, ou algum garoto
Gente da minha página, ignorem pedidos
que desses energúmenos vos aborreçam
só tenho uma página, e é de bons amigos,
esses tristes são a atitude que expressam
Será uma brincadeira muito aparvalhada
de se fazerem passar por quem não são
já passou a ser uma coisa descontrolada
que o Facebook terá de colocar a mão
José Carlos Moutinho
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
#A Angola
de tanta gente que lá viveu
a guerra secou o belo jardim,
plantado por quem lá nasceu
Assim é, dos homens a ganância
que tudo transforma pro mal
depois de absoluta abundância
restou um triste e vazio quintal
Embora tudo já seja História
que da memória jamais sairá
perdeu-se tudo, triste inglória
ficou somente a saudade de lá
Que Angola festeje em paz
este seu dia de independência,
que tenha a capacidade capaz
de o povo viver com sapiência
José Carlos Moutinho
11/11/2024
sexta-feira, 1 de novembro de 2024
#Mar de sonhos
Sinto-me navegar em mar de sonhos
numa canoa de metáforas,
os versos são remos de emoções,
impulsionados pela força das palavras…
Em alto mar, vislumbro o horizonte
que está bem longe, onde o sol se espelha,
vibra dentro do meu peito
agitada ânsia de lhes tocar,
mas o sol e o horizonte são intocáveis!
A mim, simples navegador,
resta-me o privilégio de poder admirar
tanta beleza que, graciosamente,
me é oferecida.
E neste meu mar de ilusões
invento mundos e gentes
e tudo o que à minha mente
a inspiração me concede,
porque este mar de que falo
é feito de sonhos e esperanças
onde as marés são abraços
as ondas, carícias
que em espuma
beijam a areia da praia
do meu sentir
José Carlos Moutinho
30/10/2024
Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas
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