quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

# Tenacidade


Quantos sonhos, anseios e ilusões
desfilaram inocentemente pelos claustros do tempo…
quantas brumas ofuscaram os pensamentos
nascidos da emoção e da crença do sentir...
 
Muitos desses anseios submergiram
num mar repleto de dificuldades
nem as mais serenas marés as salvaram
 
Todavia, e porque a resiliência
jamais deva ser palavra morta
há que enfrentar tempestades
soltar as âncoras e amarras
colocadas pelas adversidades
e navegar, navegar…
com a força de bravo marinheiro
que, com mão férrea segura o leme
e navega à bolina…
 
Assim, nessa tenacidade
enfrentando e derrubando medos
encontrará o ansiado farol
onde as ilusões se transformarão
na luz das realizações
 
A força humana é ilimitada
talvez mais do que a própria imaginação
 
É dessa força onde o ser humano
vai buscar, das suas fraquezas,
a energia que os faz heróis
vencendo o invencível
lutando sempre contra o impossível
 
José Carlos Moutinho
4/2/2025 
Portugal



terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

# 𝑨𝒇𝒐𝒓𝒊𝒔𝒎𝒐𝒔


𝑨́𝒓𝒗𝒐𝒓𝒆𝒔 𝒏𝒖𝒂𝒔
𝒆𝒏𝒕𝒓𝒊𝒔𝒕𝒆𝒄𝒆𝒎 𝒂𝒔 𝒓𝒖𝒂𝒔
𝑪𝒂𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 𝒅𝒆 𝒓𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔 𝒄𝒆𝒓𝒓𝒂𝒅𝒐𝒔
𝒕𝒆𝒏𝒕𝒂𝒎 𝒆𝒔𝒒𝒖𝒆𝒄𝒆𝒓, 𝒕𝒂𝒍𝒗𝒆𝒛, 𝒔𝒆𝒖𝒔 𝒑𝒆𝒄𝒂𝒅𝒐𝒔
𝑬𝒖 𝒒𝒖𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒐𝒖 𝒇𝒆𝒍𝒊𝒛 𝒄𝒐𝒎 𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒗𝒊𝒗𝒆𝒓
𝒅𝒆𝒔𝒆𝒋𝒐 𝒕𝒆𝒓 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒄𝒂́ 𝒑𝒆𝒓𝒎𝒂𝒏𝒆𝒄𝒆𝒓
𝑬 𝒔𝒆 𝒏𝒐 𝒎𝒖𝒏𝒅𝒐 𝒂𝒄𝒂𝒃𝒂𝒔𝒔𝒆 𝒂 𝒈𝒖𝒆𝒓𝒓𝒂,
𝒐𝒃𝒗𝒊𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆, 𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐𝒓 𝒔𝒆 𝒗𝒊𝒗𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒂𝒒𝒖𝒊 𝒏𝒂 𝒕𝒆𝒓𝒓𝒂
𝑸𝒖𝒆 𝒇𝒂𝒛𝒆𝒓 𝒑𝒆𝒓𝒂𝒏𝒕𝒆 𝒂 𝒅𝒆𝒔𝒖𝒎𝒂𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆?
𝑺𝒆𝒊 𝒍𝒂́, 𝒒𝒖𝒊𝒄̧𝒂́, 𝒊𝒏𝒗𝒆𝒏𝒕𝒂𝒓-𝒔𝒆 𝒐𝒖𝒕𝒓𝒂 𝒉𝒖𝒎𝒂𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆

𝑱𝒐𝒔𝒆́ 𝑪𝒂𝒓𝒍𝒐𝒔 𝑴𝒐𝒖𝒕𝒊𝒏𝒉𝒐
18/2/2025
Portugal

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

# 𝑶 𝑴𝑬𝑼 𝑪𝑶𝑴𝑷𝑼𝑻𝑨𝑫𝑶𝑹


Sentado de frente do computador
olho-o como quem olha um amigo
meu confidente de tristezas e amor
com ele jamais eu me sinto perdido

Trocamos ideias ou palavras à toa
assim numa conversa displicente
vamos falando de coisa má ou boa
quando concordamos, fico silente

Neste meu PC, como é designado
escrevo ficção por vezes realidade
não sou, claro, um escritor afamado
porém, ofereço-lhe minha verdade
 

E agora aqui me fico contemplando
estas singelas quadras, de improviso
para quem as desejar ler, gostando
ou não, deixo um obrigado e sorriso 

José Carlos Moutinho
17/2/2025




sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

#Para os namorados deste Dia (e dos outros)

Mas afinal que dia é este
pergunto-me sem ter resposta
será que ando meio a leste
ou será este dia coisa imposta?

Cá para mim isto é comércio
são flores praqui, jantares prali
mas eu que não me acho néscio
decidi mesmo ficar por aqui
 
Talvez porque vivi um tempo
em que nem havia este dia
porque a vida era um lamento
que nem se conta em poesia
 
Mas tudo bem, namoradeiros
portem-se bem e não só hoje
nos outros dias, caros parceiros
que vossa paixão não se despoje
 
Então comemorem com alegria
e que a felicidade seja eterna
a todos vós ofereço esta poesia
e…não façam nenhuma baderna
 
José Carlos Moutinho
 
14/2/2025

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

#Cais da Alma

 Em 2011, lancei o meu primeiro livro e de poesia, Cais da Alma.
A minha satisfação quando o encontro (3) nas prateleiras da Bertrand no Mar Shoping.
Uns dias depois passei por lá e não havia mais nenhum...
Esta foto foi tirada, apressadamente e de pouca vontade pelo funcionário da livraria, receando a chefe....
Boa recordação...o meu primeiro livro, que teve um sucesso inesquecível.



terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

# Porque falo de TEIAS DA VIDA

Gosto de escrever sim senhor
também de ver o livro nascer
haverá em mim certo pendor
são coisas que me dão prazer
 
Com este meu último menino
a que dei nome TEIAS DA VIDA
o meu mais recente peregrino
pregará minha emoção sentida
 
Assim com esta recente obra
São 16 onde feitos com amor
paixão em cada um se renova
porque escrevo, sou sonhador
 
São contos, crónicas, poemas
numa simbiose real e ficção
total sensibilidade de temas
frutos da minha árvore paixão
 
José Carlos Moutinho
11/2/2025



 

EVENTO | "Teias da Vida" |José Carlos Moutinho (Oradores da apresentação)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

# 𝑸𝒖𝒂𝒅𝒓𝒂𝒔 𝒂𝒓𝒎𝒂𝒅𝒂𝒔 𝒆𝒎 𝒑𝒐𝒆𝒔𝒊𝒂


𝑸𝒖𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒆𝒖 𝒂𝒈𝒂𝒓𝒓𝒂𝒓 𝒐 𝒔𝒐𝒏𝒉𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒅𝒆 𝒎𝒊𝒎 𝒔𝒆 𝒒𝒖𝒆𝒓𝒊𝒂 𝒔𝒐𝒍𝒕𝒂𝒓 𝒑𝒐𝒓𝒆́𝒎, 𝒂𝒄𝒐𝒓𝒅𝒐 𝒄𝒂𝒍𝒎𝒐 𝒆 𝒓𝒊𝒔𝒐𝒏𝒉𝒐 𝒏𝒂̃𝒐 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂𝒗𝒂 𝒅𝒆 𝒔𝒊𝒎𝒑𝒍𝒆𝒔 𝒔𝒐𝒏𝒉𝒂𝒓 𝑸𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒆𝒖 𝒔𝒐𝒏𝒉𝒐 𝒂𝒄𝒐𝒓𝒅𝒂𝒅𝒐 𝒑𝒐𝒅𝒆 𝒏𝒂̃𝒐 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝒖𝒎𝒂 𝒊𝒍𝒖𝒔𝒂̃𝒐 𝒎𝒂𝒔 𝒔𝒆 𝒆𝒔𝒔𝒆 𝒔𝒐𝒏𝒉𝒐 𝒇𝒐𝒓 𝒓𝒆𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒐 𝒆𝒏𝒕𝒂̃𝒐 𝒔𝒊𝒎, 𝒏𝒂𝒔𝒄𝒆 𝒇𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒆𝒎𝒐𝒄̧𝒂̃𝒐 𝑬 𝒄𝒐𝒎 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒔 𝒒𝒖𝒂𝒅𝒓𝒂𝒔 𝒔𝒊𝒏𝒈𝒆𝒍𝒂𝒔 𝒇𝒆𝒊𝒕𝒂𝒔 𝒄𝒐𝒎 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 𝒅𝒊𝒔𝒑𝒍𝒊𝒄𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒐𝒔 𝒒𝒖𝒆 𝒇𝒊𝒄𝒂𝒎 𝒂̀𝒔 𝒋𝒂𝒏𝒆𝒍𝒂𝒔 𝒗𝒆𝒓 𝒒𝒖𝒆𝒎 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒂 𝒆 𝒔𝒖𝒂 𝒂𝒑𝒂𝒓𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝑱𝒐𝒔𝒆́ 𝑪𝒂𝒓𝒍𝒐𝒔 𝑴𝒐𝒖𝒕𝒊𝒏𝒉𝒐 6/2/2025

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

#Coisas do silêncio


Porque será que este silêncio
que me rodeia
nada me diz?

Ele que faz parte de mim
nos momentos
em que me entrego à imaginação
das coisas que me faz pensar ser poesia…

Talvez o silêncio do silêncio
seja a razão da minha inspiração
e que sem ele, nada acontecesse…

Sei lá eu, dos mistérios do tempo
e das vontades acontecidas
oriundas das ideias
que se plasmam nas dóceis palavras!?

Admito que me sinto bem
apesar deste som calado
que me abraça e me envolve por inteiro
numa amizade intemporal!

Todavia, este meu amigo silente
é, por vezes, perturbado pelo som
produzido pelos meus dedos
sobre as alvas letras,
acomodadas no negro teclado

E…neste silêncio que é só meu
construí estas singelas estrofes,
perfumadas por esta paz
tão solitária, mas que é só minha

José Carlos Moutinho
19/1/2025
Portugal

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

# Como poderei esquecer

 

Sim...
Confesso que no meu peito
há uma inquietude que se aconchega
na saudade daquele outro tempo...
tempo ainda tão curto na minha existência!
 
Agora, na serenidade dos meus pensamentos
recordo o sol que me aqueceu a alma
e as ilusões que me faziam apaixonado,
lembro nostalgicamente as acácias vermelhas
que floriam as ruas e caminhos do meu sonhar,
sinto falta do mar que me acolhia e abraçava
e... jamais esqueço o cheiro de terra molhada
que se entranhou na minha essência...
 
Como poderei eu esquecer os amores
que me tomavam por inteiro
e me faziam sonhar,
sonhos irrealizados...
melancolicamente platónicos!

Sim...
De repente apeteceu-me recordar
os velhos e bons amigos das farras das garagens
e a solidariedade que ainda não era palavra vazia...

E… a inquietude do meu peito vai acalmando
ao fixar a imagem
do meu rosto adolescente,
como se pudesse voltar ao outro tempo.

José Carlos Moutinho
Portugal

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

#Pelo menos


Gostaria de fazer de todas as palavras um mundo melhor,
onde os versos fossem harmonia
as metáforas, brisas de felicidade
as estrofes, marés de amizade
as rimas, rios de amor
e dos poemas, um mar profundo e revolto
onde a hipocrisia
o ódio
a mentira
a desumanidade
a guerra
o atropelo
a indignidade
e a falta de carácter se afogassem
impiedosamente

Mas como será muito difícil conseguir
pelos menos que os ventos soprem serenamente
e os luares iluminem a humanidade
os sóis aqueçam a frieza de algumas almas
e que a paz seja uma realidade
 
José Carlos Moutinho 
30/1/2025

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

#Trago comigo um relógio


 
Trago comigo um relógio
sem ponteiros, sem segundos e sem minutos e horas
mas sinto o seu tic tac
em cada suspiro dos meus dias
 
Por vezes, esse batimento sincopado é mais rápido
outras, pulsa tão suave que quase esmorece
 
E se quiserem saber
digo-vos que este relógio é tão antigo como eu
devo mesmo acrescentar
de que ele começou a bater
mal vi a luz desta minha vida
 
Desde então, tem sido um companheiro fantástico
sempre presente
jamais faltou um minuto sequer
durante estes longos anos do meu existir
 
Tenho a certeza…
de que este excelente regulador do meu tempo
só me abandonará
naquela hora em que eu deixarei
as caminhadas da vida,
ao partir para a viagem da eventual eternidade
 
Aí sim, este meu querido e excelso marcador dos minutos,
parará, também, definitivamente
 
Até lá, reloginho da minha vida e encanto meu
aceita o meu abraço de gratidão!
 
José Carlos Moutinho 

29/1/2025

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

#Teias da vida

 O sonho comanda a vida (disse o poeta)

Então que dizer de quem nunca sonhou vir a ter 16 livros publicados. Milagre? Não! Direi que tem sido muita teimosia, numa resiliência brava e, talvez, obessiva compulsão para a escrita.
Sou famoso? Não! Também não tenho essa pretensão, mas sou, com toda a certeza, muito feliz pelos resultados que tenho tido e que devo, inquestionavelmente, aos meus leitores/amigos.
OBRIGADO!
Eis a TEIAS DA VIDA, Contos, Crónicas e Poemas.



domingo, 19 de janeiro de 2025

# Coisas do silêncio

Porque será que este silêncio
que me rodeia 
nada me diz?
 
Ele que faz parte de mim
nos momentos
em que me entrego à imaginação
das coisas que me faz pensar ser poesia…

Talvez o silêncio do silêncio
seja a razão da minha inspiração
e que sem ele, nada acontecesse

Sei lá eu, dos mistérios do tempo
e das vontades acontecidas
oriundas das ideias
que se plasmam nas dóceis palavras!? 

Admito que me sinto bem 
apesar deste som calado
que me abraça e me envolve por inteiro
numa amizade intemporal!
 
Todavia, este meu amigo silente
é, por vezes, perturbado pelo som
produzido pelos meus dedos
sobre as alvas letras,
acomodadas no negro teclado

E…neste silêncio que é só meu
construí estas singelas estrofes,
perfumadas por esta paz
tão solitária, mas que é só minha 

José Carlos Moutinho

19/1/2025



segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

#Milagre da escrita

 

O bater cadenciado do meu coração
é melodia que o silêncio do meu pensamento
necessita para seguir uma rota
nunca antes programada

Então, do nada, inesperadamente,
vão surgindo as notas que me permitem
criar, inventar ou sei lá…
imaginar poemas ou simples textos

Creiam, que a mim mesmo, deixa confuso,
o que me acontece,
pois, começo a escrever sem ideia preconcebida
e o “milagre” dá-se, como por inspiração divina!

Obviamente, será até uma heresia
esta minha alusão ao fenómeno
que me acompanha desde há muito tempo:
singelo à vontade
que me leva a fazer das palavras
miragens utópicas…

e a dança das metáforas, rimas e estrofes
em fantásticos e líricos passos
dá início a um encantado baile de versos…

Não! Não me considero um ser especial,
nem sequer o entendo nos poetas
ou naqueles que usam o léxico,
como instrumento de criação de suas obras

Direi que sou, somente, um privilegiado
em ter a sorte da imaginação
e de saber o ritmo da semântica
e de ter discernimento
da minha insignificância.

José Carlos Moutinho
11/8/2024
Portugal




quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

# Enleios


Deixo o meu pensamento voar,
serenamente, nas asas do tempo
pelo sopro do vento
por lugares desconhecidos…
 
talvez encontre o paraíso
da tranquilidade e da maresia
por praias onde a tristeza se ausenta
e as areias sejam aconchego espiritual!
 
Então, encontrado este anseio
à sombra das palmeiras
deixo-me levar pela mente
por galáxias coloridas por sonhos…
 
e quando o mar me beijar os pés
e eu sinta a frescura da vida
terei a certeza de que os sonhos
serão realidade
se os sonharmos como tal!
 
Se o lirismo me tomar como refém
adoçando os meus pensamentos
na acalmia das horas esquecidas
sentir-me-ei feliz por existir
e ter a capacidade de pensar quimeras
 
José Carlos Moutinho
9/1/2025

 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

# É o que quiserem


Queria eu escrever um poema
mas quando tentei iniciar tarefa
não me surgia qualquer tema
p’lo pensamento o caos atravessa

Tentei uma vez, outra e mais uma
a minha inspiração estava falida
meu pensar era de total bruma
certamente, me pregava partida

Olhei pró teclado depois pró ecrã
desolado pela minha incapacidade
foi num louco e determinado afã
que as ideias soltaram de verdade 

Levei-me livre no dorso do vento 
como se eu fosse folha de brisa
porém, surgiu um contratempo 
não levava ordem de voo precisa
 
Voltei com o vento a resmungar
sobrevoámos as ondas agitadas
porque eu queria abraçar o mar
num enlevo de utopias exaltadas
 
Assim surgiu uma coisa qualquer
que não sei como devo classificar
pois que seja o que alguém quiser
a mim, não me compete analisar 

José Carlos Moutinho

6/1/2025

domingo, 5 de janeiro de 2025

#Viver

 Viver
 
Correm mansas águas pelos rios
e os dias, meses e anos por mim
viver é alegria e alguns calafrios
e eu vou fazendo quadras assim

Velozes vão passando os anos que sequer nos apercebemos não desistimos de fazer planos incógnito é o futuro que teremos
Há que gritar ao vento liberdade a maravilha e privilégio de viver entre mentiras e alguma verdade vamos prosseguindo até mais ver
 

E assim viajamos por este mundo
pleno de conflitos e desumanidade
amor superado por ódio profundo 
entristecidos vivemos actualidade   

José Carlos Moutinho

5/1/2025

sábado, 28 de dezembro de 2024

# VEM EM PAZ…2025

E mais um ano se aproxima
trazendo o sonho da esperança
que esteja imbuído no seu clima
de muita paz e eterna bonança

Cada dia dos tantos de cada mês
sejam perfumados pela alegria
o realizar não seja simples talvez
porque viver é, também, poesia

2025 é o tal que está a chegar
deixando 2024 cansado para traz
que o novo conheça o verbo amar
e que traga ao mundo muita paz
 
Eu que não sou de meias medidas
desejo a todos saúde e felicidade
vamos por aí alegres com cantigas
mostrar que o amor é a verdade
 
José Carlos Moutinho 
28/12/2024

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

# VENHA 2025, EM PAZ


As festas vão chegando ao fim
Natal já se foi, ficou a saudade,
Novo ano vem chegando, enfim
que traga saúde e paz de verdade

Que a loucura de doidos varridos
termine pela força da serena paz
que abraços sejam gestos sentidos
em amor e humildade que apraz
27/12/2024

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

# Natal, utopia?

Lembro-me de ti, menino abandonado,
e de ti, despojado de roupa, de sustento e
de alma,
e lembro-me, também, do soldado que morre
por ignorância e despotismo de ditadores!

Nesta data, dita festiva, que é, realmente,
não o é, todavia, para todos, infelizmente!

Há os desvalidos abandonados pela vida,
e, quantas vezes, pelas famílias,
que ao frio, sobrevivem
às tempestades de coisas nenhumas!

Lembro-me daquelas crianças que nada têm
e das outras estragadas por tanto terem…

Natal: É cristandade, humildade e beleza pelo nascer da humanidade, porém, que significado tão utópico e tão injusto!?

A cada ano, sonha-se e deseja-se um Natal
cada vez melhor, na sua real interpretação,
mas, lamentavelmente, a cada ano, nada melhora
tudo se modifica para pior:
desumanização, hipocrisia, falsidade, guerras e mortes… 

Em cada Natal, a esperança renasce, tímida, 
por entre as cinzas da desigualdade e da injustiça!

José Carlos Moutinho 

17/12/2024

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

# Palavras com sentimento do Natal


As palavras são armas silenciosas
que, displicentes, deixam-se manipular,
o perigo está em quem as usa
se não tiver discernimento na sua utilização

Assim acontece com a chuva
que de tão benéfica,
por vezes, torna-se destruidora

Tal como na boca da humanidade
as palavras oram queimam, ora amam
num estranho, mas real paradoxo


E é no Natal, que a transformação social
toma um cariz deveras incompreensível,
tantos dos que passam o ano a vociferar
e a prejudicar os outros,
assim, nos poucos dias desta época,
usam as palavras com a ternura que jamais sentiram

Ai, as palavrastão belas, tão serenas, tão silentes
quantas vezes se ausentam do amor e da realidade
 
José Carlos Moutinho
12/12/2024

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

# Em jeito de reflexão


Sempre assim foi...
…nas curvas do tempo
e nos espaços dos minutos,
os pensamentos voavam
saltitando como colibris em polvorosa!

E também assim foi...
…nos luares da vida
nasciam tímidos os sonhos da ilusão
que se esgueiravam
pelas brisas dos sentimentos!

Mas nem sempre assim foi...
…que os sonhos e as ilusões
se realizassem, ao sabor das vontades
e se aconchegassem na felicidade dos dias!
Tempos houve,
que nem sonhos nem ilusões floriram,
mesmo em dias ensolarados,
porque os anseios fraquejaram
perante as dificuldades criadas
pelas intenções alheias!
 
Mas o que foi, já foi...
…o que há agora
é um manancial de resultados
jamais imaginados,
que fizeram subir ao pódio dos sucessos
a sensibilidade de um carácter simples
que na sua resiliente luta
nunca se deixou abater
ante os sopros bravios dos mares ocultos!
 
Podem ter-se extinguido as ilusões,
mas não os sonhos,
que, nas marés mansas da felicidade,
navegam à bolina
da alegria de viver as palavras da escrita
 
José Carlos Moutinho
11/12/2024
Portugal

 


segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

#Três simples quadras

Agitavam-se sussurrantes os caniçais
junto ao caminho que eu percorria
no charco coaxavam rãs, bichos mais
lembrei-me agora com certa nostalgia

Que tempos inesquecíveis de outrora...

não é saudade, mas sim simples reviver
porque este tempo que se vive agora
tão perturbado, até nos faz esquecer

Era eu, pois, tão pequeno tão menino
comigo caminhava sempre a felicidade
sereno quase sempre, por vezes ladino
deste modo lembro eu minha realidade

José Carlos Moutinho
9/12/2024
Portugal

domingo, 8 de dezembro de 2024

# Os anos

Passam silenciosos, como brisas,
os anos do nosso viver,
velosos como segundos,
em tropel displicente
pelos corcéis insensíveis
das horas!
 
Depois...
talvez em desenfreada competição
um após outro,
indiferentes às flores coloridas,
à fragância da maresia,
ao chilrear das canoras aves,
ao rumor agitado das árvores…
 
ignorando tudo e todos
voam como luz
puxando os que têm a felicidade
de os acompanhar…
 
Outros…
entregues a opaca e inexorável sorte,
vão-se desligando do calendário da vida
numa fatalidade, que, certamente,
nem os anos serão culpados…
 
Quem tiver a benesse
de poder ir contando um a um
dos 12 do seu anuário,
dará, obviamente,
tal como eu…
 
Graças à vida
e aos anos que me têm acompanhado
ou, talvez…
seja eu o feliz acompanhante!
 
José Carlos Moutinho
8/12/2024 
Portugal

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

# Versos vadios

Caminhos percorridos
por sentidos anseios
foram sonhos vividos
ousadias sem receios

Imaginava-se o sonho

tempo negro cansado
até o sol era medonho
dor do viver desfasado

José Carlos Moutinho
4/12/2024

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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