sábado, 29 de janeiro de 2011

Mulher



É bela, é feia
Culta e inculta,
Inteligente ou pouco,
Loira e morena,
Arrogante e humilde,
Arisca e provocadora,
Doce e carinhosa,
Perigosa e venenosa,
Terna e amorosa,
É fêmea que se entrega numa sensualidade total,
Como numa frieza assustadora,
É causadora da perturbação dos homens,
Faz deles o que quer,
Aos tais do sexo forte,
É a mulher na sua genética maravilhosa,
É mãe, irmã, filha,
É o ser que tem dor, no amor,
De dar à luz o filho,
É a mulher que amamenta, num gesto
Maravilhoso da natureza,
Mulher, sempre complexa
E desconhecida,
Mulher que ama e odeia nos limites,
Mas a mulher será sempre,
A fêmea desejada e amada.

J.C.Moutinho


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Alegoria



Céu azul,
Chovem utopias,
Em chão florido de quimeras,
No ar bailam sonhos,
Ruas engalanadas com fantasias,
O vento parou,
Espera pelos abraços,
Vindos nas asas da esperança,
Árvores libertam perfumes,
Essências raras,
As flores têm corolas mais coloridas,
O chilreio das aves é melodia encantada,
Que nos acalma os sentidos,
Despertos e irrequietos,
O mar azul, nas suas ondas,
Leva-nos para o paraíso,
Onde o coração bate calmamente,
E a alma se liberta,
Das agressões do quotidiano,
E se deslumbra pela beleza,
Da vida.
Desta vida!

J.C.Moutinho

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Olhemos a luz das estrelas



Vem aconchegar-te nos braços do meu desejo
Cruza o bréu de ignomínias
Sente o calor do sol das ilusões
Atravessa os desertos das invejas
Contempla o oásis do tempo
Do viver tranquilo, das flores
E respirar o ar da emoção
Sonhemos o inimaginável
Vivamos o imprevisível
Alcancemos o impossível
Olhemos a luz das estrelas
E mergulhemos no mar da constelação
 Voemos nas asas dos meteoros
Deslumbremos a terra, com a nossa paz
E naveguemos em águas de amor,
Ainda que o luar esteja apagado
O sol adormecido
E a aurora tarde
O crepúsculo virá!

J.C.Moutinho

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Momentos



Deito-me no mar do teu desejo,
Rolo nas ondas do meu querer,
Corremos pela areia do prazer,
Nesta longa e iluminada praia!

Aspiramos os ventos dos sentidos,
Descobrimos tonalidades nas flores,
Voamos nas asas das ilusões,
Acalmamos o frémito das emoções,
Somos levados na etérea quietude!

Olhamos o horizonte,
Fascinados pelo crepúsculo,
Sentimos o ar da brisa,
Que nos refresca os rostos
E que faz aconchegarmo-nos mais,
Fazendo sentir-te em mim,
O teu eu é a minha vontade!

Esperamos pela alvorada,
De um novo dia de amor,
Das nossas vidas!

J.C.Moutinho

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Rio Tejo



Tu que vens de tão longe,
Pequeno, quase criança,
Deslizas, crescendo pela avenida do teu leito,
Ladeado pelas alamedas,
Verdejantes, arborizadas e floridas
Das margens da tua vida,
Tornas-te adulto,
Mais maduro e belo,
Quando os raios solares,
Reflectem no teu corpo,                                    
És romântico com o luar,
És sereno quando queres,
Turbulento, quando te provocam,
Podes ser a alegria e a morte,
Exiges respeito!

Não corras tão depressa,
Porque vais perder-te no mar

Um dia, recusaste-me,
Nas águas do teu ventre,
Devolveste-me à vida,
Toleraste a minha inocência!

Tens a grandeza da tua autoridade
Serás eternamente importante
Marcaste a minha vida
Meu Rio Tejo

J.C.Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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