quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Insatisfeitos…




Chegou o verão e logo reclamam,
Está um calor horrível, insuportável,
No Inverno…que frio, exclamam
Não sabem o que querem afinal.

Como dizia o outro, em tempos.
É preso por ter cão e por não ter.
O quente provoca contratempos.
O frio atormenta-os a doer.

Se é próprio desta época estival,
Nada mais a fazer que aguentar,
Porque não tarda vem o frio aluvial,
E então é que é de arrepiar.

José Carlos Moutinho

Desalento nas palavras




Frequentemente, começo a escrever
E penso fazer um poema transcendental,
Tenho em mim a ideia a amadurecer,
Mas quando me inicio algo corre mal.

A beleza das palavras, em memória,
Esfuma-se nas asas do esquecimento,
A inspiração, teima na mesma trajectória,
Sem a alegria e a emoção do sentimento.

Invento, troco palavras e metáforas,
Num desespero em criar o belo,
O que me ocorre são palavras ásperas,
Que me fazem arrancar fios de cabelo.

Por vezes tudo sai lindo, como o luar,
Outras, até a estrelas deixam de brilhar,
Tenho a força de Hércules para lutar,
Por isso, insistirei no desejo de criar.

Gosto de metaforizar utopicamente,
Usar termos de paixão e encantamento,
Quando não acontece, torno-me demente
E levo-me nas águas frias do desalento.

José Carlos Moutinho

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Chuva de felicidade




Chove!
Suavemente chove…
Chuva de gotas miudinhas.
Que percorrem o meu corpo;
Sinto-me bem sob esta chuva,
Cuja melodia me afaga a alma
E me leva pelas nuvens dos sonhos!
De pés descalços,
Acariciados pela areia molhada,
Vagueio pela praia;
A chuva docemente beija-me o corpo,
Fascino-me na espuma alva das ondas,
Que vêem desmaiar a meus pés;
Flutuo no prazer da paz que me envolve,
O riacho de chuva que desliza por mim
E me alaga os sentidos,
Transmuta-me para um paraíso,
Quiçá, por inventar!
Esmorece a chuva, qual mágica;
Espontâneo, sorrindo, surge o sol,
Riscado pelas belas cores do arco-íris;
Total deslumbramento;
Grato, pela dádiva da vida
Faço da areia o meu leito,
Que me acolhe carinhosamente
E descanso na felicidade!

José Carlos Moutinho

domingo, 7 de agosto de 2011

O nosso Universo




O sol, ainda meio adormecido,
Vai despertando na magnitude da aurora,
Os seus raios,
Formam em ti um riacho de luz,
Tornando-te uma estrela resplandecente,
Na tua pele madrepérola!
O sol desperta enfim,
No teu sorriso esplendoroso
E qual tela de Monet,
És uma princesa, envolta por flores
Num jardim do Éden!
Os teus braços esbeltos,
Demonstram a ternura no teu abraço;
Mergulho na doçura dos teus olhos,
Entrego-me ao calor do teu peito,
Delicio-me na carícia das polpas dos teus dedos,
Que inventam vales e montanhas,
No meu corpo que estremece a cada toque!
A minha visão tolda-se no êxtase do sentir;
Em nosso redor, nada existe;
Só nós e o sol, nosso Universo!

José Carlos Moutinho

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Os meus poemas




Os meus poemas são pedaços da minha lua,
Que iluminam as palavras que a minha alma escreve;
São as minhas ilusões beijadas pelo papel onde se inserem!
Os meus poemas, são letras levadas no vento,
Para onde me leiam,
Eles levam o meu sentir,
Para além do meu ser;
Nas emoções que se perdem no infinito!
Os meus poemas têm no teu olhar o sentimento,
Do meu beijo da saudade em ti;
A ausência das palavras cantadas,
São a tristeza que os meus poemas choram!
Os meus poemas, são o murmúrio doce,
Das águas que beijam o leito do rio,
Na corrida para o mar;
Os meus poemas podem ser inventados ou vividos
Com musa ou sem ela,
Mas todos brotam,
Do mais profundo da minha alma!
Os meus poemas, podem não ser bons poemas,
Mas são a vibração da minha paixão,
No amor entre a alma e o coração.

José Carlos Moutinho

Entrevista com Planeta Azul, editora de Calemas

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